Novo Presidente burkinabe quer reorganizar Exército contra terrorismo
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O novo Presidente burkinabe, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, prometeu nesta quarta-feira, em Ouagadougou, reorganizar o Exército para reforçar a luta contra o terrorismo.
"A restauração da integridade do nosso território, prioridade absoluta, passará por uma reorganização de todas as forças de combate, de forma a torná-las complementares e interativas para uma cobertura eficiente do território nacional", declarou Damiba depois de empossado como Presidente da República do Burkina Faso.
Segundo ele, este projeto, já iniciado com a criação do Comando Nacional de Operações de Teatro Nacional (COTN), implica a necessidade de revitalizar a conexão entre a função de inteligência e operações de campo.
"Isto epermitirá apoiar melhor a nossa escolha estratégica de orientar resolutamente a nossa ação para a ofensiva contra todos os grupos armados que permanecerem numa lógica de espalhar cegamente para dentro das nossas comunidades", advertiu.
Para ele, tudo isso, aliado a todos os reajustes que intervêm atualmente no seio das forças, permitirão, sem dúvidas, a situação.
"Mas para se vencer verdadeira e definitivamente o inimigo, será preciso, por amor ao nosso país, revoltarmo-nos e convencermo-nos de que, como nação, temos mais do que o necessário para ganharmos esta guerra." , disse o chefe do Estado burkinabe.
Damiba explicou que o Exército, na linha de frente desta luta, deve "dar ao nosso povo razões para ter esperança."
"Devemos soprar-lhe a nossa determinação a vencer. Devemos dar-lhes o desejo de se juntar a nós e nos apoiar com todas as suas forças", acrescentou.
Também disse ser preciso, sobretudo, devolver-se a estes milhares de deslocados internos o direito de sonharam, voltarem às suas casas, cultivarem suas terras, manterem suas famílias e terem um futuro para eles e seus filhos.
Além da prioridade de segurança, o tenente-coronel Damiba considerou que a transformação a que os Burkinabes aspiram também deve ocorrer dentro da administração e na gestão dos assuntos públicos.
"É por isso que vamos proceder a uma despolitização sistemática, metódica e progressiva da administração pública. Só devem prevalecer a capacidade técnica e a probidade", frisou.
Afirmou que o combate à corrupção, uma verdadeira serpente marinha no nosso país há várias décadas, deve tomar uma nova dinâmica.
"Na mesma senda, a justiça e as estruturas anti-corrupção terão um papel crucial a desempenhar. De facto, será necessário que os casos de crimes económicos, que ficaram muito tempo nas gavetas, sejam examinados o mais rápido possível para limpar as bases da nova administração", disse.
-0- PANA TNDD/JSG/MAR/DD 16fevereiro2022