PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Novo Presidente angolano escolhe África do Sul para primeira visita de Estado
Luanda, Angola (PANA) - O novo Presidente angolano, João Lourenço, declarou sexta-feira, que a escolha da África do Sul para a sua primeira visita de Estado não foi aleatória mas em reconhecimento da importância dos laços históricos que unem os dois países.
Segundo ele, trata-se de "uma opção consciente de reconhecer a importância dos laços históricos que de há muito unem os nossos dois países e que se fundam num combate comum contra o 'apartheid' e a favor da libertação e democratização de toda a região austral de África".
Num discurso proferido em Pretória, João Lourenço argumentou que foram os esforços e sacrifícios dos dois povos, em comum com os de outros países da sub-região, que permitiram edificar uma África do Sul livre, democrática e economicamente forte.
"As nossas relações de amizade e solidariedade têm hoje pela frente novos desafios, em especial no campo económico e social", afirmou Lourenço na abertura de conversações oficiais entre os dois países no quadro da sua visita oficial iniciada quinta-feira.
Na visão do novo chefe de Estado angolano, trata-se agora de conjugar esforços para desenvolver e consolidar as economias dos dois países.
Nesta perspetiva, defendeu que os dois Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) devem pugnar por uma integração económica cada vez mais efetiva, favorecendo a livre circulação de pessoas e bens e o incremento das relações comerciais.
Ele sublinhou que a recente proposta de abolição de vistos em passaportes ordinários para os cidadãos dos dois países "pode ser um passo importante nessa direção".
Admitiu, todavia, que, pelas condições concretas de Angola, este processo de integração se deve fazer por enquanto de forma gradual e ao nível bilateral, podendo evoluir desde acordos de comércio preferencial até à criação de áreas de comércio livre.
Pelo grau de desenvolvimento e em especial pelo seu potencial, disse, Angola e África do Sul têm responsabilidades acrescidas na condução desse processo e devem assumir-se, no quadro da SADC, "como motores da nova dinâmica que pretendemos imprimir à cooperação na África Austral".
"Essa integração tem, além do mais, o propósito político de reforçar as relações de segurança, paz e boa vizinhança entre os países que dela participam e poderá constituir um exemplo para outras regiões do nosso continente, em permanente estado de conflito", insistiu.
Defendeu igualmente a necessidade de se compreender as vantagens de uma cooperação mais próxima e concreta, "sem necessidade de recorrer a mercados longínquos e tantas vezes inadequados para satisfazer as reais necessidades dos nossos povos".
"A nossa ação comum no plano bilateral e no quadro da SADC pode potenciar o desenvolvimento dos nossos dois países, da região e mesmo do continente africano. Isto porque os problemas africanos devem ser resolvidos pelos próprios africanos, para benefício do bem-estar geral", realçou.
Para João Lourenço, Angola deve aprender com a África do Sul o processo de transformação de uma economia paralela e informal em "uma economia onde as empresas são devidamente auditadas e cotadas em bolsa, proporcionando assim maiores ganhos e maior transparência na gestão da coisa pública".
"Temos um vasto mercado na África Austral, com mais de 63 milhões de habitantes, mas de nada valerá o poderio interno de cada um dos nossos países se os consumidores da nossa região não tiverem suficiente capacidade aquisitiva e se as nossas economias não se tornarem competitivas ao nível global", concluiu.
-0- PANA IZ 24nov2017
Segundo ele, trata-se de "uma opção consciente de reconhecer a importância dos laços históricos que de há muito unem os nossos dois países e que se fundam num combate comum contra o 'apartheid' e a favor da libertação e democratização de toda a região austral de África".
Num discurso proferido em Pretória, João Lourenço argumentou que foram os esforços e sacrifícios dos dois povos, em comum com os de outros países da sub-região, que permitiram edificar uma África do Sul livre, democrática e economicamente forte.
"As nossas relações de amizade e solidariedade têm hoje pela frente novos desafios, em especial no campo económico e social", afirmou Lourenço na abertura de conversações oficiais entre os dois países no quadro da sua visita oficial iniciada quinta-feira.
Na visão do novo chefe de Estado angolano, trata-se agora de conjugar esforços para desenvolver e consolidar as economias dos dois países.
Nesta perspetiva, defendeu que os dois Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) devem pugnar por uma integração económica cada vez mais efetiva, favorecendo a livre circulação de pessoas e bens e o incremento das relações comerciais.
Ele sublinhou que a recente proposta de abolição de vistos em passaportes ordinários para os cidadãos dos dois países "pode ser um passo importante nessa direção".
Admitiu, todavia, que, pelas condições concretas de Angola, este processo de integração se deve fazer por enquanto de forma gradual e ao nível bilateral, podendo evoluir desde acordos de comércio preferencial até à criação de áreas de comércio livre.
Pelo grau de desenvolvimento e em especial pelo seu potencial, disse, Angola e África do Sul têm responsabilidades acrescidas na condução desse processo e devem assumir-se, no quadro da SADC, "como motores da nova dinâmica que pretendemos imprimir à cooperação na África Austral".
"Essa integração tem, além do mais, o propósito político de reforçar as relações de segurança, paz e boa vizinhança entre os países que dela participam e poderá constituir um exemplo para outras regiões do nosso continente, em permanente estado de conflito", insistiu.
Defendeu igualmente a necessidade de se compreender as vantagens de uma cooperação mais próxima e concreta, "sem necessidade de recorrer a mercados longínquos e tantas vezes inadequados para satisfazer as reais necessidades dos nossos povos".
"A nossa ação comum no plano bilateral e no quadro da SADC pode potenciar o desenvolvimento dos nossos dois países, da região e mesmo do continente africano. Isto porque os problemas africanos devem ser resolvidos pelos próprios africanos, para benefício do bem-estar geral", realçou.
Para João Lourenço, Angola deve aprender com a África do Sul o processo de transformação de uma economia paralela e informal em "uma economia onde as empresas são devidamente auditadas e cotadas em bolsa, proporcionando assim maiores ganhos e maior transparência na gestão da coisa pública".
"Temos um vasto mercado na África Austral, com mais de 63 milhões de habitantes, mas de nada valerá o poderio interno de cada um dos nossos países se os consumidores da nossa região não tiverem suficiente capacidade aquisitiva e se as nossas economias não se tornarem competitivas ao nível global", concluiu.
-0- PANA IZ 24nov2017