Agência Panafricana de Notícias

Nova presidente de Conselho de Eleições promete escrutínio incontestável em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) – A nova presidente do Conselho Nacional de Eleições (CNE) de Cabo Verde, a magistrada Maria do Rosário Pereira, prometeu quinta-feira na cidade da Praia criar todas as condições para que o próximo ciclo eleitoral, em 2016, decorra sem reclamações, garantindo um tratamento equitativo dos candidatos e dos eleitores.

Maria do Rosário Pereira, que vai ocupar um cargo vago desde 2011 na sequência do pedido de demissão da anterior presidente da CNE, a também magistrada Rosa Vicente, afirmou que a ideia principal da equipa que dirige era “fazer eleições em que não haja reclamações futuras, ou seja, fazer com que os partidos políticos consigam ter condições para trabalhar no terreno, convencer os eleitores e minimizar as sucessivas reclamações que de certa forma, acreditamos, dificulta o exercício do trabalho cabal da CNE”.

A magistrada sublinha também que a nova direção da CNE, constituída também por Arlindo Tavares, Cristina Leite, Elba Pires, e Amadeu Barbosa, é uma equipa que garante ser “coesa, trabalhadora, responsável, transparente” e terá a responsabilidade de fazer com que as futuras eleições em Cabo Verde aconteçam num quadro de normalidade.

A nova presidente da CNE admitiu que, embora o recenseamento pela via do registo civil não possa ainda ser efetivado, há possibilidade de isto vir a materializar-se, uma vez que ela acredita que os deputados reunirão as condições para fazer com que o referido diploma legal seja aprovado pelo Parlamento a tempo de entrar em vigor antes das próximas eleições.

Se isso não for possível, ela garante que a CNE fará uso dos outros métodos existentes para garantir que o recenseamento se alargue “o máximo possível” e que todos consigam exercer o direito de voto.

No entanto, Maria do Rosário Pereira reconhece que apenas isso “não implicará a diminuição da abstenção”, já que a mesma não está ligada ao recenseamento, mas sim “à vontade do eleitor ou condições que o mesmo tem para dirigir-se às urnas”.

“Primeiramente é garantir que todos os cidadãos fiquem devidamente recenseados, em segundo lugar, que saibam o local onde vão votar e, em terceiro lugar, criar condições para que todos possam ter vontade de participarem no processo eleitoral”, precisou.

A emposse da nova CNE, conferida pelo presidente do Parlamento, Basílio Mosso Ramos, é o culminar de um longo processo de negociação entre as duas principais forças políticas representadas no Parlamento, o partido no poder (PAICV) e o partido da oposição (MpD), e que foi concluído com a votação para a eleição dos membros pelos deputados na sessão plenária de março último.

-0- PANA CS/TON 08maio2015