Agência Panafricana de Notícias

Nova equipa criada para investigar sobre crianças desaparecidas na cidade da Praia

Praia, Cabo Verde (PANA) -Uma equipa conjunta da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional foi criada para investigar sobre o desaparecimento de crianças na capital cabo-verdiana, anunciou terça-feira o Ministério Público de Cabo Verde.

Em nota enviada à imprensa, o ministério público esclareceu que a equipa, a ser coordenada por um magistrado seu, deverá apresentar, no prazo de 30 dias, um relatório sobre a evolução da investigação sobre este fenómeno que está a indignar os cidadãos, uma vez que, frisou, até ao momento, as autoridades policias ainda não conseguiram desvendar este mistério.

Na nota, o MP confirma que estão registados na Procuradoria da República da Comarca da Praia “quatro autos de instrução nos quais se investigam factos suscetíveis de indiciarem a prática do crime de sequestro”.

“Foram desencadeadas diligências de investigação, com vista à localização e libertação das pessoas desaparecidas, na sua maioria crianças, o que, até ao momento, não foi possível”, acrescenta.

Neste sentido, a Procuradoria Geral da República (PGR) determinou “com efeito imediato” a constituição de “uma equipa conjunta de investigação, composta por dois magistrados do Ministério Público, três elementos da Polícia Judiciária e dois da Polícia Nacional, com o objetivo de proceder à investigação das quatro situações”.

Entretanto, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, mostrou-se, no mesmo dia, preocupado com estes casos de crianças desaparecidas na cidade da Praia e pede ajuda da população para os solucionar.

Garantiu que o Executivo vai travar um “forte” combate ao fenómeno.

“Estamos preocupados, assim como a sociedade. Trata-se de fenómenos que aparecem de uma forma recorrente, pelo menos nas últimas notícias, e estamos empenhados em dar forte combate, quer a nível das entidades judiciárias, neste caso, a Polícia Judiciária, mas também é preciso que, havendo informações, que as pessoas colaborem”, afirmou.

Segundo Ulisses Correia e Silva, a população deve fazer chegar à Polícia Judiciária (PJ) qualquer informação que permita depois a procura destas crianças desaparecidas, o que passa, ainda, pelo “reforço” da polícia de investigação e o “reforço” na educação para a segurança.

O primeiro-ministro disse também estar ciente de que é preciso melhorar “toda a eficiência” do sistema policial e judicial nacional, assim como a educação para a segurança para que as pessoas estejam informadas que é preciso proteger e que a família também proteja e fazendo com que a informação possa circular.

O caso mais recente deste desaparecimento tem a ver com duas crianças, das quais um rapaz de nove anos de idade e uma menina de 11 anos de idade, que, desde a tarde do passado sábado, na regressaram à casa no bairro de Achada Limpo, nos arredores da cidade da Praia, pelo que se presume que os mesmos tenham sido raptados, refere-se

Também um outra menina, de 10 anos de idade, residente no bairro de Eugénio Lima, Praia, está em parte incerta desde 14 de novembro de 2017.

Do mesmo modo, uma rapariga de 19 anos de idade, com um seu bebé, na altura com nove meses, residentes em Achada Grande Frente, na cidade da Praia também estão a ser procurados desde 28 de agosto último.

-0- PANA CS/DD 08fev2018