PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nova barragem inicia geração de eletricidade em Angola
Luanda, Angola (PANA) - A nova Barragem Hidroelétrica de Laúca (BHL), em construção na província nortenha angolana de Malanje, iniciou esta sexta-feira a produção comercial de energia elétrica, com a entrada em funcionamento da sua primeira turbina de 334 megawatts.
O arranque desta turbina, a primeira de um total de seis que compõem a central hidroelétrica de Laúca, foi testemunhado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que acionou o botão para o efeito pouco depois de descerrar a placa e proceder ao corte da fita.
Na ocasião, José Eduardo dos Santos, que visita as obras pela terceira vez recebeu explicações sobre o sistema de aproveitamento da BHL, um empreendimento de 156 metros de
altura e mil e 200 metros de comprimento numa área de 24 mil hectares.
Para além da central principal formada pelos seis grupos geradores de 334 megawatts cada, a barragem inclui tembém uma central ecológica de 65 megawatts, totalizando uma produção de dois mil e 70 megawatts.
Estima-se que, após a sua conclusão total prevista para 2018, as duas centrais da bacia do Médio Kwanza poderão beneficiar oito milhões de pessoas no norte, centro e sul de Angola.
Com obras iniciadas em 2012, a BHL localiza-se num espaço do curso do rio Kwanza, entre a confluência dos rios Sevi e Catoco, no limite entre as províncias de Malanje e Cuanza-Sul.
A sua central ecológica enquadra-se num projeto destinado a preservar as espécies aquáticas pela manutenção de um caudal mínimo no leito do rio a ser desviado durante a execução das obras.
O arranque da primeira turbina seguiu-se à finalização dos testes de sincronização de cargas iniciados a 9 de julho último.
Para tornar possível a geração de energia da barragem, iniciou-se, a 11 de março de 2017, o enchimento do reservatório de Laúca, para aprovisionar água suficiente até dois biliões e 680 milhões de metros cúbicos e mover as seis turbinas.
O empreendimento é apresentado como a maior obra de engenharia civil e hidroelétrica do país num investimento do Estado angolano avaliado em quatro biliões e 500 milhões de dólares americanos, e constitui mais do que o dobro da maior barragem atualmente funcionamento no país, a de Cambambe, com 960 megawatts.
Espera-se que a sua conclusão total em 2018 permita trazer estabilidade energética ao país e dar-se início ao processo de interligação dos sistemas norte, centro e sul do país, fazendo crescer a produção na ordem dos 122 porcento.
A partir da subestação de Laúca, de 400/200/60 KV, linhas de transporte de muito alta tensão sairão para as províncias do Huambo, passando pelas do Cuanza-Sul e Benguela, todas na região centro do país, o que "impulsionará o desenvolvimento da indústria, da agricultura, do turismo e de outros setores da atividade, tornando a economia nacional competitiva".
Segundo fontes do Ministério da Energia e Águas, a linha do Huambo irá prolongar-se até à província da Huíla, no sul país, devendo o seu prolongamento efetivar-se com a conclusão, em 2022, das obras de uma outra central no Cuanza-Norte, a Barragem de Caculo Cabaça (BCC).
Tudo isso adicionado à Central de Ciclo combinado do Soyo, com 750 megawatts na província nortenha do Zaire, o setor elétrico angolano poderá passar a ter uma capacidade instalada de cinco mil megawatts em 2018, para atingir a meta de nove mil megawatts, em 2025.
Segundo as mesmas fontes, as projeções da procura doméstica apontam para um aumento na ordem dos 70 porcento.
O projeto Laúca surgiu a partir de um estudo de inventário realizado na década de 1950, solicitado pela então empresa pública Sociedade Nacional de Estudo e Financiamento de Empreendimentos Ultramarinos (Sonefe) à empresa Hydrotechnic Corporation, dos Estados Unidos, que concluiu que, na bacia do Médio Kwanza, podem ser construídas sete barragens.
Das sete barragens planeadas para o Médio Kwanza, três já se encontram construídas (Cambambe, Capanda e Laúca), faltando as do Tumulo do Caçador, Luime, Zenzo I e Zenzo II.
-0- PANA ANGOP/IZ 05ago2017
O arranque desta turbina, a primeira de um total de seis que compõem a central hidroelétrica de Laúca, foi testemunhado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que acionou o botão para o efeito pouco depois de descerrar a placa e proceder ao corte da fita.
Na ocasião, José Eduardo dos Santos, que visita as obras pela terceira vez recebeu explicações sobre o sistema de aproveitamento da BHL, um empreendimento de 156 metros de
altura e mil e 200 metros de comprimento numa área de 24 mil hectares.
Para além da central principal formada pelos seis grupos geradores de 334 megawatts cada, a barragem inclui tembém uma central ecológica de 65 megawatts, totalizando uma produção de dois mil e 70 megawatts.
Estima-se que, após a sua conclusão total prevista para 2018, as duas centrais da bacia do Médio Kwanza poderão beneficiar oito milhões de pessoas no norte, centro e sul de Angola.
Com obras iniciadas em 2012, a BHL localiza-se num espaço do curso do rio Kwanza, entre a confluência dos rios Sevi e Catoco, no limite entre as províncias de Malanje e Cuanza-Sul.
A sua central ecológica enquadra-se num projeto destinado a preservar as espécies aquáticas pela manutenção de um caudal mínimo no leito do rio a ser desviado durante a execução das obras.
O arranque da primeira turbina seguiu-se à finalização dos testes de sincronização de cargas iniciados a 9 de julho último.
Para tornar possível a geração de energia da barragem, iniciou-se, a 11 de março de 2017, o enchimento do reservatório de Laúca, para aprovisionar água suficiente até dois biliões e 680 milhões de metros cúbicos e mover as seis turbinas.
O empreendimento é apresentado como a maior obra de engenharia civil e hidroelétrica do país num investimento do Estado angolano avaliado em quatro biliões e 500 milhões de dólares americanos, e constitui mais do que o dobro da maior barragem atualmente funcionamento no país, a de Cambambe, com 960 megawatts.
Espera-se que a sua conclusão total em 2018 permita trazer estabilidade energética ao país e dar-se início ao processo de interligação dos sistemas norte, centro e sul do país, fazendo crescer a produção na ordem dos 122 porcento.
A partir da subestação de Laúca, de 400/200/60 KV, linhas de transporte de muito alta tensão sairão para as províncias do Huambo, passando pelas do Cuanza-Sul e Benguela, todas na região centro do país, o que "impulsionará o desenvolvimento da indústria, da agricultura, do turismo e de outros setores da atividade, tornando a economia nacional competitiva".
Segundo fontes do Ministério da Energia e Águas, a linha do Huambo irá prolongar-se até à província da Huíla, no sul país, devendo o seu prolongamento efetivar-se com a conclusão, em 2022, das obras de uma outra central no Cuanza-Norte, a Barragem de Caculo Cabaça (BCC).
Tudo isso adicionado à Central de Ciclo combinado do Soyo, com 750 megawatts na província nortenha do Zaire, o setor elétrico angolano poderá passar a ter uma capacidade instalada de cinco mil megawatts em 2018, para atingir a meta de nove mil megawatts, em 2025.
Segundo as mesmas fontes, as projeções da procura doméstica apontam para um aumento na ordem dos 70 porcento.
O projeto Laúca surgiu a partir de um estudo de inventário realizado na década de 1950, solicitado pela então empresa pública Sociedade Nacional de Estudo e Financiamento de Empreendimentos Ultramarinos (Sonefe) à empresa Hydrotechnic Corporation, dos Estados Unidos, que concluiu que, na bacia do Médio Kwanza, podem ser construídas sete barragens.
Das sete barragens planeadas para o Médio Kwanza, três já se encontram construídas (Cambambe, Capanda e Laúca), faltando as do Tumulo do Caçador, Luime, Zenzo I e Zenzo II.
-0- PANA ANGOP/IZ 05ago2017