Agência Panafricana de Notícias

Nova Constituição do Quénia largamente aprovada

Nairobi- Quénia (PANA) -- Os cidadãos quenianos votaram largamente a favor da nova Constituição, que deverá redefinir a paisagem política local e facilitar a comparência dum Presidente em funções diante do Tribunal Penal Internacional (TPI) para responder por diversos crimes.
O genocídio figura entre os crimes capazes de levar um Presidente da República a tribunal, no quadro da panóplia das reformas jurídicas lançadas por este país da África Oriental.
O projeto de Constituição do Quénia foi aprovado facilmente por pelo menos 67,9 porcento dos eleitores, ou seja cinco milhões 200 mil pessoas, segundo os resultados provisórios divulgados, enquanto 33 por cento (dois milhões 300 mil eleitores) teriam votado contra a nova Lei Fundamental.
Os responsáveis da Igreja foram os principais líderes do campo do "Não", ao passo que o Presidente queniano Mwai Kibaki e o seu primeiro-ministro Raila Odinga se destacaram na campanha pelo "Sim".
A Igreja fez campanha para a rejeição do projeto de lei, pois o texto autoriza o aborto se os médicos julgarem que a vida da mãe está em perigo.
Este escrutínio favorável ao projeto da nova Constituição abre a via para a reforma do sistema judicial do Quénia.
O anúnico dos resultados foi acolhido por gritos de alegria e celebrações em todo o país.