PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Notação financeira prevê crescimento "mais favorável" do PIB de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - A agência de notação financeira Standard & Poors (S&P) prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde "mais favorável" até 2017, baseado numa recuperação gradual da economia da Zona Euro, apurou a PANA terça-feira, na cidade da Praia.
O mais recente relatório da agência de notação financeira, citado esta terça-feira pelo Ministério cabo-verdiano das Finanças, manteve o "rating" do arquipélago nos riscos da dívida a longo prazo em "B/B", com perspetiva estável.
Para além da evolução favorável na Zona Euro, de que o arquipélago ainda tem uma grande dependência, a S&P baseia a sua perspetiva de uma evolução favorável da economia de Cabo Verde nos três próximos anos (2014-2017) na melhoria do desempenho de setores como a agricultura e pescas.
No entender da agência, as receitas do turismo nas ilhas do Sal e Boavista deverão também continuar a crescer, esperando-se também que a aposta do Governo na infraestruturação e modernização dos respetivos aeroportos permitirá “elevar o tráfego de passageiros”.
O relatório destaca ainda que o investimento público em água e energia contribuirá igualmente para manter a sustentação das boas perspetivas económicas, reforçadas pela melhoria na demanda interna e na performance do turismo.
O facto de Cabo Verde ser considerado pela S&P como "uma das democracias mais estáveis em África", no entender do Governo cabo-verdiano, "reforça a confiança e a continuidade do apoio dos vários parceiros" internacionais.
A agência de notação financeira antevê que o Governo continuará a consolidar e a finalizar os projetos do setor público na janela de financiamento concessional atual e que, apesar do aumento das receitas fiscais em 2013, o défice fiscal "poderá contrair gradualmente" de 8,5 porcento no ano passado para um patamar médio de 6,2 porcento do PIB no período 2014/17.
Conforme vem sendo referenciado pela ministra cabo-verdiana das Finanças, Cristina Duarte, a S&P salientou, igualmente, que a acumulação da dívida de Cabo Verde desde 2009, está diretamente ligada aos fortes investimentos, sobretudo na infraestruturação do país e que se trata de uma dívida "consciente e controlada".
Por outro lado, a S&P estimou que a dívida pública líquida atingirá um pico de 100 porcento do PIB, em 2016, iniciando-se, a partir daí, uma redução "gradual".
A agência considerou que o rácio de juros sobre receitas deverá permanecer abaixo de 10 porcento até 2017.
Neste ponto, fonte do Ministério das Finanças recorda que está em curso um conjunto de reformas na administração tributária, desde a desmaterialização do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), ao combate à evasão fiscal, o que perspetiva uma "boa arrecadação de receitas" no período em análise.
Para 2014, espera-se um aumento do Investimento Direto Externo (IDE) e maiores exportações de bens de capital, ao mesmo tempo que o défice comercial deverá subir para uma média de 9,7 porcento do PIB até 2017.
A S&P constatou, porém, que o aumento das receitas do turismo, os fluxos de remessas da diáspora e de assistência oficial ao desenvolvimento irão, "provavelmente, mitigar alguns dos riscos associados" aos défices comerciais projetados.
Estima-se que as necessidades de financiamento externo bruto (a relação entre as receitas de conta corrente, mais as reservas) atingirão em média 165 porcento no período 2014/17, superior em comparação com os 140 porcento do período 2010/13.
A S&P concluiu ainda que o endividamento externo líquido provavelmente representará 105 porcento das receitas da conta corrente durante os próximos três anos.
-0- PANA CS/IZ 17junho2014
O mais recente relatório da agência de notação financeira, citado esta terça-feira pelo Ministério cabo-verdiano das Finanças, manteve o "rating" do arquipélago nos riscos da dívida a longo prazo em "B/B", com perspetiva estável.
Para além da evolução favorável na Zona Euro, de que o arquipélago ainda tem uma grande dependência, a S&P baseia a sua perspetiva de uma evolução favorável da economia de Cabo Verde nos três próximos anos (2014-2017) na melhoria do desempenho de setores como a agricultura e pescas.
No entender da agência, as receitas do turismo nas ilhas do Sal e Boavista deverão também continuar a crescer, esperando-se também que a aposta do Governo na infraestruturação e modernização dos respetivos aeroportos permitirá “elevar o tráfego de passageiros”.
O relatório destaca ainda que o investimento público em água e energia contribuirá igualmente para manter a sustentação das boas perspetivas económicas, reforçadas pela melhoria na demanda interna e na performance do turismo.
O facto de Cabo Verde ser considerado pela S&P como "uma das democracias mais estáveis em África", no entender do Governo cabo-verdiano, "reforça a confiança e a continuidade do apoio dos vários parceiros" internacionais.
A agência de notação financeira antevê que o Governo continuará a consolidar e a finalizar os projetos do setor público na janela de financiamento concessional atual e que, apesar do aumento das receitas fiscais em 2013, o défice fiscal "poderá contrair gradualmente" de 8,5 porcento no ano passado para um patamar médio de 6,2 porcento do PIB no período 2014/17.
Conforme vem sendo referenciado pela ministra cabo-verdiana das Finanças, Cristina Duarte, a S&P salientou, igualmente, que a acumulação da dívida de Cabo Verde desde 2009, está diretamente ligada aos fortes investimentos, sobretudo na infraestruturação do país e que se trata de uma dívida "consciente e controlada".
Por outro lado, a S&P estimou que a dívida pública líquida atingirá um pico de 100 porcento do PIB, em 2016, iniciando-se, a partir daí, uma redução "gradual".
A agência considerou que o rácio de juros sobre receitas deverá permanecer abaixo de 10 porcento até 2017.
Neste ponto, fonte do Ministério das Finanças recorda que está em curso um conjunto de reformas na administração tributária, desde a desmaterialização do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), ao combate à evasão fiscal, o que perspetiva uma "boa arrecadação de receitas" no período em análise.
Para 2014, espera-se um aumento do Investimento Direto Externo (IDE) e maiores exportações de bens de capital, ao mesmo tempo que o défice comercial deverá subir para uma média de 9,7 porcento do PIB até 2017.
A S&P constatou, porém, que o aumento das receitas do turismo, os fluxos de remessas da diáspora e de assistência oficial ao desenvolvimento irão, "provavelmente, mitigar alguns dos riscos associados" aos défices comerciais projetados.
Estima-se que as necessidades de financiamento externo bruto (a relação entre as receitas de conta corrente, mais as reservas) atingirão em média 165 porcento no período 2014/17, superior em comparação com os 140 porcento do período 2010/13.
A S&P concluiu ainda que o endividamento externo líquido provavelmente representará 105 porcento das receitas da conta corrente durante os próximos três anos.
-0- PANA CS/IZ 17junho2014