PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nóbel Wole Soyinka receia intervenção de militares no processo político nigeriano
Abidjan , Côte d’Ivoire (PANA) – O Prémio Nobel da Literatura nigeriano, Wole Soyinka, exprimiu, numa entrevista à rádio pública alemã, Deutsche Welle, as suas preocupações por uma intervenção possível das Forças Armadas do seu país no processo político.
Segundo Wole Soyinka, ex-oficiais militares e de segurança estão a descartar adversários políticos e utilizar o pretexto duma instabilidade política para instaurar um Governo de Transição.
Este Governo de Transição terá a aparência dum Governo não saído duma intervenção militar com o apoio de líderes políticos e de personalidades civis de reputação que trabalharão para lhe conferir um aspeto civil, sublinhou.
“Mas, inicialmente, é uma forma de intervenção política", argumentou Wole Soyinka.
O vencedor do Prémio Nobel da Literatura deplorou também o "aspeto agressivo" da campanha eleitoral após um apelo da Primeira Dama, Patience Jonathan, pedindo aos apoiantes do seu esposo para atirarem pedras contra os que desejam a sua partida da Presidência nigeriana.
Por outro lado, Soyinka afirmou que não existe uma possibilidade de vitória rápida sobre o grupo djihadista Boko Haram, apesar das vitórias militares da forças coligadas camaronesas, tchadianas e nigerinas.
“Levará pelo menos uma geração para se conter este flagelo », vaticinou.
As eleições presidenciais na Nigéria, inicialmente previstas para meados de fevereiro deste ano, foram adiadas para 28 de março corrente, alegadamente por razões de segurança, devido à ameaça do grupo djihadista Boko Haram.
Elas oporão o Presidente cessante, Goodluck Jonathan, a Muhammadu Buhari, investido sob a bandeira do partido da oposição Congresso de Todos os Progressistas (APC).
-0- PANA BAL/BEH/FK/IZ 18março2015
Segundo Wole Soyinka, ex-oficiais militares e de segurança estão a descartar adversários políticos e utilizar o pretexto duma instabilidade política para instaurar um Governo de Transição.
Este Governo de Transição terá a aparência dum Governo não saído duma intervenção militar com o apoio de líderes políticos e de personalidades civis de reputação que trabalharão para lhe conferir um aspeto civil, sublinhou.
“Mas, inicialmente, é uma forma de intervenção política", argumentou Wole Soyinka.
O vencedor do Prémio Nobel da Literatura deplorou também o "aspeto agressivo" da campanha eleitoral após um apelo da Primeira Dama, Patience Jonathan, pedindo aos apoiantes do seu esposo para atirarem pedras contra os que desejam a sua partida da Presidência nigeriana.
Por outro lado, Soyinka afirmou que não existe uma possibilidade de vitória rápida sobre o grupo djihadista Boko Haram, apesar das vitórias militares da forças coligadas camaronesas, tchadianas e nigerinas.
“Levará pelo menos uma geração para se conter este flagelo », vaticinou.
As eleições presidenciais na Nigéria, inicialmente previstas para meados de fevereiro deste ano, foram adiadas para 28 de março corrente, alegadamente por razões de segurança, devido à ameaça do grupo djihadista Boko Haram.
Elas oporão o Presidente cessante, Goodluck Jonathan, a Muhammadu Buhari, investido sob a bandeira do partido da oposição Congresso de Todos os Progressistas (APC).
-0- PANA BAL/BEH/FK/IZ 18março2015