PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nigéria recambia 56 novos passageiros sul-africanos
Lagos, Nigéria (PANA) – A Nigéria deportou terça-feira um outro grupo de 56 cidadãos da África do Sul, elevando para 84 o número de nacionais deste país proibidos de entrada no seu território desde o início, na última semana, do conflito diplomático entre os dois países.
Os Sul-Africanos foram recambiados a partir do aeroporto internacional Murtala Mohammed de Lagos após a sua chegada a bordo dum voo da companhia aérea South African Airways (SA).
A África do Sul começou as hostilidades com a rejeição, quinta-feira última, de 125 passageiros nigerianos à sua chegada ao aeroporto internacional Oliver Tambo de Joanesburgo por alegada falta de caderneta válida de vacinação contra a febre amarela.
Esta medida irritou as autoridades nigerianas que, em represália, decidiram aplicar a "diplomacia da reciprocidade".
A Nigéria expulsou segunda-feira 28 Sul-Africanos, após ter convocado o embaixador sul-africano no paísa, Kingsley Mabolo, para se explicar sobre os maus tratamentos infligidos aos cidadãos nigerianos.
O chefe da diplomacia nigeriana, Olugbenga Ashiru, tem sido muito contundente desde o início deste litígio.
Falando terça-feira diante da Comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes em Abuja, o ministro avisou "que nenhuma nação deve abusar do contexto económico amigável que temos na Nigéria, graças ao qual as empresas, incluindo Sul-Africanas, fazem mais lucros na Nigéria do que na África do Sul".
Numa indicação de que o seu Governo vai doravante reagir com prontidão sempre que um cidadão seu for maltratado em qualquer lugar, ele advertiu que "será olho por olho, não deixaremos passar sem reciprocidade".
"Este sinal deve ser válido não apenas para a África do Sul como também para o resto do mundo, que saibam que quando se trata os Nigeriano com desrespeito, encontraremos também um meio de tratar os vossos cidadãos com desrespeito", ameaçou.
Por outro lado, o jornal privado "Nation" relatou quarta-feira que o Governo nigeriano pediu à África do Sul cinco condições a serem cumpridas para pôr termo a esta querela diplomática.
O Governo nigeriano teria pedido nomeadamente à África do Sul que apresentasse as suas desculpas na sequência da deportação, quinta-feira última, dos 125 passageiros nigerianos do aeroporto internacional Oliver Tambo de Joanesburgo e indemnizasse todas as vítimas nigerianas deste "tratamento cruel"
Teria igualmente solicitado a aplicação de medidas disciplinares contra todo agente implicado nestes "atos cruéis" contra os Nigerianos e a revisão da política da caderneta de vacinação contra a febre amarela bem como o compromisso de que um tal erro diplomático não mais se reproduzirá.
Os analistas políticos na Nigéria consideram que esta "guerra fria" entre as duas nações "amigas" tem motivações políticas, em alusão à recusa da Nigéria de apoiar a candidata da África do Sul ao posto de presidente da Comissão da União Africana.
Por outro lado, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Bolaji Akinyemi, saudou a decisão do Governo de deportar os passageiros sul-africanos.
"A Nigéria agiu como se deve, é isto que a África do Sul merece", sentenciou numa entrevista a um jornal.
-0- PANA SEG/NFB/JSG/CJB/IZ 07mar2012
Os Sul-Africanos foram recambiados a partir do aeroporto internacional Murtala Mohammed de Lagos após a sua chegada a bordo dum voo da companhia aérea South African Airways (SA).
A África do Sul começou as hostilidades com a rejeição, quinta-feira última, de 125 passageiros nigerianos à sua chegada ao aeroporto internacional Oliver Tambo de Joanesburgo por alegada falta de caderneta válida de vacinação contra a febre amarela.
Esta medida irritou as autoridades nigerianas que, em represália, decidiram aplicar a "diplomacia da reciprocidade".
A Nigéria expulsou segunda-feira 28 Sul-Africanos, após ter convocado o embaixador sul-africano no paísa, Kingsley Mabolo, para se explicar sobre os maus tratamentos infligidos aos cidadãos nigerianos.
O chefe da diplomacia nigeriana, Olugbenga Ashiru, tem sido muito contundente desde o início deste litígio.
Falando terça-feira diante da Comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes em Abuja, o ministro avisou "que nenhuma nação deve abusar do contexto económico amigável que temos na Nigéria, graças ao qual as empresas, incluindo Sul-Africanas, fazem mais lucros na Nigéria do que na África do Sul".
Numa indicação de que o seu Governo vai doravante reagir com prontidão sempre que um cidadão seu for maltratado em qualquer lugar, ele advertiu que "será olho por olho, não deixaremos passar sem reciprocidade".
"Este sinal deve ser válido não apenas para a África do Sul como também para o resto do mundo, que saibam que quando se trata os Nigeriano com desrespeito, encontraremos também um meio de tratar os vossos cidadãos com desrespeito", ameaçou.
Por outro lado, o jornal privado "Nation" relatou quarta-feira que o Governo nigeriano pediu à África do Sul cinco condições a serem cumpridas para pôr termo a esta querela diplomática.
O Governo nigeriano teria pedido nomeadamente à África do Sul que apresentasse as suas desculpas na sequência da deportação, quinta-feira última, dos 125 passageiros nigerianos do aeroporto internacional Oliver Tambo de Joanesburgo e indemnizasse todas as vítimas nigerianas deste "tratamento cruel"
Teria igualmente solicitado a aplicação de medidas disciplinares contra todo agente implicado nestes "atos cruéis" contra os Nigerianos e a revisão da política da caderneta de vacinação contra a febre amarela bem como o compromisso de que um tal erro diplomático não mais se reproduzirá.
Os analistas políticos na Nigéria consideram que esta "guerra fria" entre as duas nações "amigas" tem motivações políticas, em alusão à recusa da Nigéria de apoiar a candidata da África do Sul ao posto de presidente da Comissão da União Africana.
Por outro lado, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Bolaji Akinyemi, saudou a decisão do Governo de deportar os passageiros sul-africanos.
"A Nigéria agiu como se deve, é isto que a África do Sul merece", sentenciou numa entrevista a um jornal.
-0- PANA SEG/NFB/JSG/CJB/IZ 07mar2012