PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nigéria justifica reconhecimento do CNT após morte de Kadafi
Lagos, Nigéria (PANA) – As autoridades nigerianas afirmaram que a morte do líder líbio, Muamar Kadafi, justificava o seu reconhecimento rápido do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, numa altura em que a União Africana (UA) ainda não tinha iniciado este procedimento.
«A Nigéria tomou conhecimento da morte de Kadafi. Este acontecimento justifica a nossa previsão e a nossa visão que consistiram em reconhecer o CNT”, indicou o Ministério nigeriano dos Negócios Estrangeiros num comunicado citado este sábado pelo diário privado “Guardian”.
« Mais de 40 países juntaram-se depois à nossa iniciativa de apoio à luta do povo líbio para o libertar dum regime opressivo », sublinhou o comunicado, acrescentando que « a Nigéria demonstrou liderança e coragem nesta luta apesar das vivas críticas duma certa imprensa. A posição do Governo Federal da Nigéria baseou-se em princípios politicamente corretos ».
O Governo nigeriano tinha sido fortemente criticado por se ter apressado a reconhecer o CNT, pouco após a tomada de Tripoli, a capital líbia.
Os seus detratores afirmavam que este reconhecimento precipitado dos combatentes do CNT não impediam aos seus combatentes de prender e de matar os migrantes da África Subsariana, dos quais Nigerianos, alegando que eles eram mercenários à mercê de Kadafi.
As relações entre a Nigéria e a Líbia deterioraram-se depois de o ex-líder líbio apelar abertamente para o desmembramento daquele país da África Ocidental como solução para os incessantes conflitos etno-religiosos.
No entanto, um ex-professor universitário e editorialista do « Guardian », Edwin Madunagwu, condenou o assassinato de Kadafi.
« Não se passa nada de novo na Líbia. Estava previsto que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) assassine Kadafi desta forma. Não se deve congratular-se com a morte de Kadafi. Nenhum líder africano jubila, contrariamente a pessoas como o Presidente norte-americano, Barack Obama, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, o Presidente francês, Nicolas Sarkozy", afirmou.
« É vergonhoso que os Africanos não tenham orgulho », declarou o docente, sublinhando que não foram os rebeldes líbios que mataram Kadafi mas a NATO que organizou os bombardeamentos da Líbia.
« A crise na Líbia não se deveu à longevidade do regime de Kadafi. Há quanto tempo reina a Rainha Elizabeth da Inglaterra ? Os partidos trabalhistas e conservadores ocupam alternadamente o posto de primeiro-ministro da Grã-Bretanha desde muito tempo, isto é agarrar-se ao poder ?”, interrogou-se.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/SOC/FK/TON 23out2011
«A Nigéria tomou conhecimento da morte de Kadafi. Este acontecimento justifica a nossa previsão e a nossa visão que consistiram em reconhecer o CNT”, indicou o Ministério nigeriano dos Negócios Estrangeiros num comunicado citado este sábado pelo diário privado “Guardian”.
« Mais de 40 países juntaram-se depois à nossa iniciativa de apoio à luta do povo líbio para o libertar dum regime opressivo », sublinhou o comunicado, acrescentando que « a Nigéria demonstrou liderança e coragem nesta luta apesar das vivas críticas duma certa imprensa. A posição do Governo Federal da Nigéria baseou-se em princípios politicamente corretos ».
O Governo nigeriano tinha sido fortemente criticado por se ter apressado a reconhecer o CNT, pouco após a tomada de Tripoli, a capital líbia.
Os seus detratores afirmavam que este reconhecimento precipitado dos combatentes do CNT não impediam aos seus combatentes de prender e de matar os migrantes da África Subsariana, dos quais Nigerianos, alegando que eles eram mercenários à mercê de Kadafi.
As relações entre a Nigéria e a Líbia deterioraram-se depois de o ex-líder líbio apelar abertamente para o desmembramento daquele país da África Ocidental como solução para os incessantes conflitos etno-religiosos.
No entanto, um ex-professor universitário e editorialista do « Guardian », Edwin Madunagwu, condenou o assassinato de Kadafi.
« Não se passa nada de novo na Líbia. Estava previsto que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) assassine Kadafi desta forma. Não se deve congratular-se com a morte de Kadafi. Nenhum líder africano jubila, contrariamente a pessoas como o Presidente norte-americano, Barack Obama, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, o Presidente francês, Nicolas Sarkozy", afirmou.
« É vergonhoso que os Africanos não tenham orgulho », declarou o docente, sublinhando que não foram os rebeldes líbios que mataram Kadafi mas a NATO que organizou os bombardeamentos da Líbia.
« A crise na Líbia não se deveu à longevidade do regime de Kadafi. Há quanto tempo reina a Rainha Elizabeth da Inglaterra ? Os partidos trabalhistas e conservadores ocupam alternadamente o posto de primeiro-ministro da Grã-Bretanha desde muito tempo, isto é agarrar-se ao poder ?”, interrogou-se.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/SOC/FK/TON 23out2011