PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nigéria explica razões de abandono de processo contra Dick Cheney
Lagos, Nigéria (PANA) - A Nigéria declarou ter abandonado o processo judicial contra o antigo Vice-Presidente americano, Dick Cheney, e preferido privilegiar a negociação porque é incapaz de sustentar as acusações de suborno quando ele diriga a empresa americana de prestação de serviços pretrolíferos Halliburton.
Farida Waziri, que dirige a Comissão de Luta contra os Crimes Económicos e Financeiros da Nigéria (EFCC), declarou no fim-de-semana aos jornalistas que a decisão é igualmente justificada pela lentidão do sistema judicial do país e pelo facto de que a solução penal é menos vantajosa para o país.
« Decidimos privilegiar esta opção por uma série de razões, porque a negociação é a prática mais usada no mundo, nomeadamente nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, mas igualmente devido à incapacidade da Nigéria de sustentar as acusações », indicou.
Atribuiu igualmente esta opção à « lentidão do nosso sistema judicial » e ao facto de que « um julgamento adiado é geralmente perdido ».
No início deste mês, a Nigéria abandonou o processo judicial em troca dum acordo que lhe permite receber 168 milhões de dólares americanos da Halliburton e de várias outras multinacionais implicadas em corrupção, como a Siemens, a Shell e a Julius Berger, bem como de vários responsáveis nigerianos.
A Nigéria queixou-se contra Dick Cheney diante dum tribunal de Abuja e emitiu um mandado de captura contra ele, acusando-o de corrupção que implica a empresa de engenharia Kellogg Brown Root (KBR), então filial da Halliburton, que admitiu ter corrompido responsáveis nigerianos para assinar contratos chorudos relativos à construção duma fábrica de gás natural na região do Delta do Níger.
No ano passado, a KBR, que pagou 180 milhões de dólares americanos em subornos antes de 2007 numa altura em que as duas empresas trabalhavam juntas, rejeitou as acusações e aceitou pagar 579 milhões de dólares americanos ao Tesouro dos Estados Unidos.
-0- PANA SEG/ASA/SSB/IBA/MAR/TON 27Dez2010
Farida Waziri, que dirige a Comissão de Luta contra os Crimes Económicos e Financeiros da Nigéria (EFCC), declarou no fim-de-semana aos jornalistas que a decisão é igualmente justificada pela lentidão do sistema judicial do país e pelo facto de que a solução penal é menos vantajosa para o país.
« Decidimos privilegiar esta opção por uma série de razões, porque a negociação é a prática mais usada no mundo, nomeadamente nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, mas igualmente devido à incapacidade da Nigéria de sustentar as acusações », indicou.
Atribuiu igualmente esta opção à « lentidão do nosso sistema judicial » e ao facto de que « um julgamento adiado é geralmente perdido ».
No início deste mês, a Nigéria abandonou o processo judicial em troca dum acordo que lhe permite receber 168 milhões de dólares americanos da Halliburton e de várias outras multinacionais implicadas em corrupção, como a Siemens, a Shell e a Julius Berger, bem como de vários responsáveis nigerianos.
A Nigéria queixou-se contra Dick Cheney diante dum tribunal de Abuja e emitiu um mandado de captura contra ele, acusando-o de corrupção que implica a empresa de engenharia Kellogg Brown Root (KBR), então filial da Halliburton, que admitiu ter corrompido responsáveis nigerianos para assinar contratos chorudos relativos à construção duma fábrica de gás natural na região do Delta do Níger.
No ano passado, a KBR, que pagou 180 milhões de dólares americanos em subornos antes de 2007 numa altura em que as duas empresas trabalhavam juntas, rejeitou as acusações e aceitou pagar 579 milhões de dólares americanos ao Tesouro dos Estados Unidos.
-0- PANA SEG/ASA/SSB/IBA/MAR/TON 27Dez2010