PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nida Tounes vence legislativas na Tunísia com 85 assentos
Túnis, Tunísia (PANA) – O partido laico tunisino Nida Tounes foi oficialmente declarado vencedor das eleições legislativas de domingo passado com 85 assentos dos 217 que formam o novo Parlamento, segundo os resultados preliminares proclamados quarta-feira à noite pela Instância Encarregada da Organização do Escrutínio.
O partido vitorioso, dirigido pelo antigo primeiro-ministro Béji Caid Essebsi, 87 anos de idade, ultrapassa em 16 assentos o movimento islamita Ennahdha, que totalizou 69 assentos.
Embora tido como o partido melhor organizado e com uma maior base popular, o Ennahdha parece ter sido penalizado pelo « balanço negativo » dos dois anos que passou no poder depois da sua ampla vitória nas primeiras eleições livres organizadas na Tunísia em 2011, após a destituição do antigo regime ditatorial de Ben Ali, segundo o analista Chawki Gaddes.
A União Patriótica Livre (UPL), um partido criado pouco depois da Revolução de 2011 pelo milionário Slim Riahi, foi a surpresa do escrutínio, colocando-se na terceira posição com 16 assentos e ultrapassando em um assento a Frente Popular (FP), uma formação da extrema esquerda liderada pelo ativista Hamma Hammami.
O partido Afek Tounes de Yassine Brahim, um técnico de informática franco-tunisino, obteve oito assentos.
Estes « pequenos » partidos deverão ser particularmente importantes para o Nida Tounes que deles necessitará para ter a maioria parlamentar necessária para governar (pelo menos 109 assentos), a menos que o partido de Caid Essebsi conclua uma aliança com os islamitas de Cheikh Rached Ghannouchi, uma hipótese pouco provável, mas não totalmente excluída.
Os cinco primeiros partidos na classificação totalizam 193 assentos, enquanto os restantes 24 lugares estão divididos entre uma dezena de outras formações que obtiveram um a três deputados cada um.
Os grandes perdedores destas eleições são manifestamente os partidos de longo percurso militante contra o destituído regime opressivo, como os partidos Joumhouri (Republicano) e Ettakatol.
Estas duas formações apenas obtiveram surpreendentemente um assento cada uma. São dirigidas por figuras políticas conhecidas como o opositor Ahmed Néjib Chebbi e Mustapha Ben Jaafar, presidente da Assembleia Constituinte e aliado de Ennahdha. Ambos são candidatos às presidenciais de 23 de novembro próximo.
-0- PANA BB/JSG/MAR/IZ 30out2014
O partido vitorioso, dirigido pelo antigo primeiro-ministro Béji Caid Essebsi, 87 anos de idade, ultrapassa em 16 assentos o movimento islamita Ennahdha, que totalizou 69 assentos.
Embora tido como o partido melhor organizado e com uma maior base popular, o Ennahdha parece ter sido penalizado pelo « balanço negativo » dos dois anos que passou no poder depois da sua ampla vitória nas primeiras eleições livres organizadas na Tunísia em 2011, após a destituição do antigo regime ditatorial de Ben Ali, segundo o analista Chawki Gaddes.
A União Patriótica Livre (UPL), um partido criado pouco depois da Revolução de 2011 pelo milionário Slim Riahi, foi a surpresa do escrutínio, colocando-se na terceira posição com 16 assentos e ultrapassando em um assento a Frente Popular (FP), uma formação da extrema esquerda liderada pelo ativista Hamma Hammami.
O partido Afek Tounes de Yassine Brahim, um técnico de informática franco-tunisino, obteve oito assentos.
Estes « pequenos » partidos deverão ser particularmente importantes para o Nida Tounes que deles necessitará para ter a maioria parlamentar necessária para governar (pelo menos 109 assentos), a menos que o partido de Caid Essebsi conclua uma aliança com os islamitas de Cheikh Rached Ghannouchi, uma hipótese pouco provável, mas não totalmente excluída.
Os cinco primeiros partidos na classificação totalizam 193 assentos, enquanto os restantes 24 lugares estão divididos entre uma dezena de outras formações que obtiveram um a três deputados cada um.
Os grandes perdedores destas eleições são manifestamente os partidos de longo percurso militante contra o destituído regime opressivo, como os partidos Joumhouri (Republicano) e Ettakatol.
Estas duas formações apenas obtiveram surpreendentemente um assento cada uma. São dirigidas por figuras políticas conhecidas como o opositor Ahmed Néjib Chebbi e Mustapha Ben Jaafar, presidente da Assembleia Constituinte e aliado de Ennahdha. Ambos são candidatos às presidenciais de 23 de novembro próximo.
-0- PANA BB/JSG/MAR/IZ 30out2014