Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, declarou quinta-feira última que a negação do apartheid é uma traição e um crime contra a humanidade.
Ramaphosa fez esta declaração, aludindo ao ex-Presidente sul-africano, FW De Klerk (último Presidente branco da África do Sul), que, ao comentar, segunda-feira da última semana (11 de fevereiro corrente), o 30.º aniversário da libertação de prisão de Nelson Mandela, declarou oficialmente que "o apartheid não foi um crime contra a humanidade como definido pelo Tribunal Penal Internacional" (TPI).
As Nações Unidas, que declararam e qualificaram o apartheid de "crime contra a humanidade" não se enganaram, já que “um crime duma grande envergadura foi cometido contra a maioria” dos Sul-africanos, defendeu Ramaphosa.
Considerou o apartheid como "uma instituição imoral e devastadora que afetou todos os Sul-africanos que o vivenciaram."
A seu ver, negar a existência do apartheid equivale a cometer um ato de traição.
Porém, o Presidente Ramaphosa indicou que o objetivo do seu Governo é construir uma sociedade multiracial que defina "a nossa nação democrática”.
De Klerk (Presidente sul-africano, de 1989 a 1994) e Mandela (Presidente sul-africano, de 1994 a 1999), foram conjuntamente laureados do Prémio Nobel da Paz em 1993.
-0- PANA CU/AR/BAI/IS/MAR/DD 21fev2020