Navio com 42 migrantes africanos a bordo dirige-se à ilha italiana de Lampedusa
Bruxelas, Bélgica (PANA) – Um navio de tipo Sea-Watch, com 42 migrantes africanos a bordo, forçou a passagem pelas águas terroritoriais italianas, dirigindo-se ao porto da ilha de Lampedusa, anunciou à imprensa a sua capitã, a Alemã Carola Rackete, por meio do rádio.
Face a condições de higiene cada vez mais insuportáveis a bordo do navio, sem que nenhum país europeu se predispusesse a acolher os migrantes, a capitã viu-se obrigada a forçar a passagem pelas águas territoriais italianas para atracar na ilha de Lampedusa, apesar de a mesma estar encerrada por ordem do ministro italiano do Interior, Matteo Salvini.
O calendário internacional está mais do que cheio para líderes europeus que estão presentemente em Osaka, no Japão, para uma cimeira do G20, e que deverão reunir-se, domingo próximo, em Bruxelas (Bélgica) para uma cimeira extraordinária consagrada à designação do novo presidente da Comissão Europeia.
O horário está demasiado cheio para eles decidirem sobre o futuro dos 42 migrantes africanos a bordo de Sea-Watch.
Matteo Salvini propõe que os Países Baixos, de que o Sea-Watch ostenta a bandeira, acolham uma metade dos migrantes socorridos e que a restante metade vá para a Alemanha, país de origem da Organização Não Governamental (ONG) Sea-Watch.
Ignora-se, por enquanto, se este ponto será finalmente incluso na agenda da cimeira extraordinária da União Europeia (UE) de domingo próximo em Bruxelas.
Finalmente, o Sea-Watch atracará em Lampedusa, e a Itália será obrigada a ocupar-se dos 42 migrantes em apreço, predispondo-se, no entanto, a cuidar de apenas 10.
-0- PANA AK/JSG/FK/DD 27junho2019