PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Naturalização ivoiriense de Blaise Compaoré suscita forte polémica no Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Visado por um mandado de captura internacional, o ex-Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, destituído pela rua em finais de outubro de 2014, obteve a nacionalidade ivoiriense, suscitando forte polémica no seio da opinião pública burkinabe.
Segundo o jornal oficial do Governo ivoiriense, foi assinado um decreto presidencial, « naturalizando ivoiriense Compaoré Blaise, nascido a 3 de fevereiro de 1951, em Ouagadougou », e o seu irmão mais novo François Compaoré.
« Uma decisão soberana que nada vai induzir », disse a porta-voz adjunta do Governo ivoiriense, Affoussiata Bamba-Lamine, ministra ivoiriense da Comunicação
Etienne Traoré, professor de Filosofia Moral e Política, deplora por seu turno uma « vergonhosa ivoirisação de Blaise Compaoré que quer escapar à Justiça do seu verdadeiro país ».
« É tanto mais vergonhoso que sei da minha esposa, Moaga, que, no seu costume, não pode um marido refugiar-se na casa da sua esposa. Acrescento que, em virtude das funções supremas ocupadas por Blaise Compaoré desde 1983, nunca deveria ele prevalecer-se duma outra nacionalidade. Está em causa a segurança do nosso país e da sua honra pessoal », reagiu numa tribuna.
Blaise Compaoré, chegado ao poder em 1987 por um golpe de Estado no qual o pai da revolução, Thomas Sankara, foi morto, foi destituído pela rua em outubro de 2014.
Desde então, tem processo no Alto Tribunal de Justiça por « alta traição, atentado à Constituição » e é objeto dum mandado de captura internacional.
Desde a sua destituição, anda exilado na Côte d'Ivoire donde é originária a sua esposa, e este país não extradita os seus cidadãos.
-0- PANA NDT/BEH/MAR/IZ 26fev2016
Segundo o jornal oficial do Governo ivoiriense, foi assinado um decreto presidencial, « naturalizando ivoiriense Compaoré Blaise, nascido a 3 de fevereiro de 1951, em Ouagadougou », e o seu irmão mais novo François Compaoré.
« Uma decisão soberana que nada vai induzir », disse a porta-voz adjunta do Governo ivoiriense, Affoussiata Bamba-Lamine, ministra ivoiriense da Comunicação
Etienne Traoré, professor de Filosofia Moral e Política, deplora por seu turno uma « vergonhosa ivoirisação de Blaise Compaoré que quer escapar à Justiça do seu verdadeiro país ».
« É tanto mais vergonhoso que sei da minha esposa, Moaga, que, no seu costume, não pode um marido refugiar-se na casa da sua esposa. Acrescento que, em virtude das funções supremas ocupadas por Blaise Compaoré desde 1983, nunca deveria ele prevalecer-se duma outra nacionalidade. Está em causa a segurança do nosso país e da sua honra pessoal », reagiu numa tribuna.
Blaise Compaoré, chegado ao poder em 1987 por um golpe de Estado no qual o pai da revolução, Thomas Sankara, foi morto, foi destituído pela rua em outubro de 2014.
Desde então, tem processo no Alto Tribunal de Justiça por « alta traição, atentado à Constituição » e é objeto dum mandado de captura internacional.
Desde a sua destituição, anda exilado na Côte d'Ivoire donde é originária a sua esposa, e este país não extradita os seus cidadãos.
-0- PANA NDT/BEH/MAR/IZ 26fev2016