PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Narcotraficantes conakry-guineenses confessam em directo na Televisão
Conakry- Guiné-Conakry (PANA) -- Três presumíveis narcotraficantes conakry-guineenses, dos quais um cunhado do falecido Presidente Lansana Conté, foram ouvidos durante um debate televisivo difundido segunda-feira à noite durante mais de três horas nos estudios da televisão nacional, constatou a PANA no local.
Trata-se de Trata Mamady Kallo, Saturin Bangoura (cunhado do falecido Presidente Lansana Conté) e Charles Pascal Tolno que foram interrogados pelo autoproclamado chefe do Estado, o capitão Moussa Dadis Camara, e pelo secretário de Estado encarregue da Luta Anti- Droga, o capitão Moussa Tiégboro Camara.
Os réus declararam ter sido todos "bem tratados" e confessaram os seus delitos sem nenhuma pressão durante um debate organizado domingo no campo Alpha Yaya, quartel da junta no poder na Guiné-Conakry desde 23 de Dezembro de 2008, um dia depois da morte do Presidente Lansana Conté.
Saturin Bangoura, funcionário da Presidência da República, confessou ter participado em Setembro último num tráfico de cocaína, desepejada à noite no aeroporto de Boké, no norte de Conakry, na presença de vários militares de que ele não deu a identidade apesar da insistência do líder da junta no poder.
"Após a fuga dos meus amigos colombianos, participei numa reunião de família da ex-Primeira Dama (Henriette Conté) no campo Samory Touré onde apresentei desculpas à minha família e renovo-as aqui ao povo da Guiné-Conakry", disse.
Saturin reconheceu ocupar, no alto subúrbio de Conakry, uma sumptuosa casa pertencente à sua irmã e onde vários narcotraficantes, dos quais oficiais do Exército, Europeus e outros Latino-Americanos se encontravam para negócios.
Por sua vez, Kallo, muito próximo da família de Conté, reconheceu ter-se servido dos seus privilégios para trabalhar no meio da droga que lhe deu muito dinheiro e outros bens.
"Eu peço desculpa à Guiné-Conakry e à comunidade internacional", disse Kallo, recusando-se no entado a dizer se ele trabalhava com o capitão Ousmane Conté e Ansoumane Conté, ambos filhos do falecido Presidente Conté, e cujos nomes são conotados desde há muito tempo com o tráfico de droga.
O chefe de Estado pediu a Charles Pascal Tolno, que viveu mais de seis anos na América Latina, entre 2002 e 2008, para "dizer toda a verdade".
"Vim à Guiné-Conakry em 2008 para me encontrar com o Presidente Conté porque eu desejava criar uma companhia de viagens com amigos latino- americanos (.
.
.
) Puseram-me em contacto com Kallo que, aparentemente, podia introduzir-me facilmente", declarou Tolno, afirmando ter sido recebido pelo Presidente Conté que o teria orientado para o seu então primeiro-ministro, Ahmed Tidiane Souaré.
Mais tarde, ele deu o dito por não dito, negando ter sido recebido pelo defunto chefe do Estado por causa da sua doença, mas confessou ter enviado à Direcção das Alfândegas um pedido de compra dum veículo confiscado no caso de droga de Boké.
O Presidente autoproclamado prometeu nessa ocasião que o tráfico de droga será elucidado e que todas as pessoas implicadas nesta negociata serão detidas.
O capitão Moussa Dadis Camara disse ter sido testemunha de vários casos de tráfico de droga e de pedras preciosas no círculo do falecido Presidente, principalmente no salão privado do aeroporto de Conakry para onde transitava várias embalagens de estupefacientes.
O chefe da junta no poder na Guiné-Conakry confiou ao seu ministro da Justiça, o coronel Siba Nolamou, os três presumíveis narcotraficantes e mais de 10 indivíduos todos eles de nacionalidade conakry- guineense, acusados de ligação com o meio de droga.
O coronel Siba Nolamou prometeu organizar um julgamento justo e equitativo para os arguídos.
Sexta-feira passada, vários altos quadros da Polícia foram detidos e conduzidos ao campo Alpha Yaya, quartel-geral do Conselho Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (CNDD, junta no poder).
Trata-se de Trata Mamady Kallo, Saturin Bangoura (cunhado do falecido Presidente Lansana Conté) e Charles Pascal Tolno que foram interrogados pelo autoproclamado chefe do Estado, o capitão Moussa Dadis Camara, e pelo secretário de Estado encarregue da Luta Anti- Droga, o capitão Moussa Tiégboro Camara.
Os réus declararam ter sido todos "bem tratados" e confessaram os seus delitos sem nenhuma pressão durante um debate organizado domingo no campo Alpha Yaya, quartel da junta no poder na Guiné-Conakry desde 23 de Dezembro de 2008, um dia depois da morte do Presidente Lansana Conté.
Saturin Bangoura, funcionário da Presidência da República, confessou ter participado em Setembro último num tráfico de cocaína, desepejada à noite no aeroporto de Boké, no norte de Conakry, na presença de vários militares de que ele não deu a identidade apesar da insistência do líder da junta no poder.
"Após a fuga dos meus amigos colombianos, participei numa reunião de família da ex-Primeira Dama (Henriette Conté) no campo Samory Touré onde apresentei desculpas à minha família e renovo-as aqui ao povo da Guiné-Conakry", disse.
Saturin reconheceu ocupar, no alto subúrbio de Conakry, uma sumptuosa casa pertencente à sua irmã e onde vários narcotraficantes, dos quais oficiais do Exército, Europeus e outros Latino-Americanos se encontravam para negócios.
Por sua vez, Kallo, muito próximo da família de Conté, reconheceu ter-se servido dos seus privilégios para trabalhar no meio da droga que lhe deu muito dinheiro e outros bens.
"Eu peço desculpa à Guiné-Conakry e à comunidade internacional", disse Kallo, recusando-se no entado a dizer se ele trabalhava com o capitão Ousmane Conté e Ansoumane Conté, ambos filhos do falecido Presidente Conté, e cujos nomes são conotados desde há muito tempo com o tráfico de droga.
O chefe de Estado pediu a Charles Pascal Tolno, que viveu mais de seis anos na América Latina, entre 2002 e 2008, para "dizer toda a verdade".
"Vim à Guiné-Conakry em 2008 para me encontrar com o Presidente Conté porque eu desejava criar uma companhia de viagens com amigos latino- americanos (.
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) Puseram-me em contacto com Kallo que, aparentemente, podia introduzir-me facilmente", declarou Tolno, afirmando ter sido recebido pelo Presidente Conté que o teria orientado para o seu então primeiro-ministro, Ahmed Tidiane Souaré.
Mais tarde, ele deu o dito por não dito, negando ter sido recebido pelo defunto chefe do Estado por causa da sua doença, mas confessou ter enviado à Direcção das Alfândegas um pedido de compra dum veículo confiscado no caso de droga de Boké.
O Presidente autoproclamado prometeu nessa ocasião que o tráfico de droga será elucidado e que todas as pessoas implicadas nesta negociata serão detidas.
O capitão Moussa Dadis Camara disse ter sido testemunha de vários casos de tráfico de droga e de pedras preciosas no círculo do falecido Presidente, principalmente no salão privado do aeroporto de Conakry para onde transitava várias embalagens de estupefacientes.
O chefe da junta no poder na Guiné-Conakry confiou ao seu ministro da Justiça, o coronel Siba Nolamou, os três presumíveis narcotraficantes e mais de 10 indivíduos todos eles de nacionalidade conakry- guineense, acusados de ligação com o meio de droga.
O coronel Siba Nolamou prometeu organizar um julgamento justo e equitativo para os arguídos.
Sexta-feira passada, vários altos quadros da Polícia foram detidos e conduzidos ao campo Alpha Yaya, quartel-geral do Conselho Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (CNDD, junta no poder).