Nações Unidas prorroram sua Missão na Líbia até 15 de setembro de 2022
Trípoli, Líbia (PANA) - O Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas votou quarta-feira em Nova Iorque (Estados Unidos), por unanimidade, uma resolução sobre a prorrogação do mandato da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL) para 15 de setembro de 2022, de acordo com imagens retransmitidas em direto na televisão da sessão de votação da referida instância executiva onusina.
O texto proposto sexta-feira última pelo Reino Unido foi revisado após várias negociações entre as grandes potências, das quais a Rússia e a China se opuseram à primeira versão do projeto des resolução; submetido quarta-feira última à votação para se porrogar o mandato da MANUL apara 15 de setemoro de 2022.
As negociações sobre o texto tiveram em conta propostas de um relatório estratégico independente da MANUL que o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, distribuiu aos membros do CS.
O exame estratégico recomenda à MANUL “reforçar e intensificar as suas negociações, os seus esforços de mediação e o seu compromisso com os países vizinhos da Líbia, nomeadamente no que diz respeito à retirada das forças estrangeiras.”
O projeto de resolução sublinhou igualmente a importância do compromisso com os atores regionais, reconhecendo o papel chave dos países vizinhos e da região.
No plano da reestruturação da missão onusina, o relatório também recomenda que o enviado especial das Nações Unidas seja transferido de Genebra (Suíça) para Trípoli (Ĺíbia), e que o seu posto se torne de novo no título de representante especial, apoiado por dois representantes especiais adjuntos, dos quais um para os Assuntos Políticos e outro coordenador residente e humanitário, como foi o caso antes da última reforma na Resolução 2542 de 15 de setembro de 2020.
Os esforços da MANUL e da Comunidade Internacional estão orientados para a organização das eleições legislativas e presidenciais na data de 24 de dezembro próximo, em conformidade com o roteiro do Fórum de Diálogo Político Líbio.
Porém, esta dinâmica esbarra contra a persistência das divergências, entre as partes líbias, sobre a adoção de uma legislação e de um quadro jurídico para as eleições.
-0- PANA BY/IS/SOC/FK/DD 16setembro2021