PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nações Unidas preocupadas por deterioração da situação humanitária na RCA
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon declarou-se fortemente preocupado pela deterioração da situação na República Centroafricana (RCA) e advertiu que esta poderá ter graves consequências para o país.
"O nível horrível de violência e a deslocação maciça de populações mudam a demografia do país, com eventuais consequências a longo prazo", sublinhou num relatório ao Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova Iorque.
Ele exortou igualmente a comunidade internacional a agir imediatamente para salvar a situação e afirmou que é preciso "agir agora". Ele apelou igualmente para uma cooperação com os países vizinhos da RCA com vista a alcançar uma resolução duradoura do conflito.
Ban notou ainda que os ataques levados a cabo pelas milícias antibalaka em dezembro em Bangui contra os ex-rebeldes da Seleka inverteram a dinâmica do conflito e desencadearam um ciclo vicioso de represálias no seio das populações civis e confrontos entre as milícias armadas que afetaram profundamente as populações civis através do país.
Os esforços da comunidade internacional, em particular o rápido desdobramento da missão internacional africana sob a égide da União Africana na RCA (MISCA) e a operação francesa Sangaris das forças francesas, foram determinantes para salvar a vida dos civis, disse.
Saudou igualmente a decisão de aumentar os efetivos das forças internacionais, incluindo pelo desdobramento duma força da União Europeia (UE) e o compromisso dos outros líderes de fornecer tropas e pessoal da Polícia suplementar durante esta fase transitória crítica.
Sobre a situação política no país, o Secretário-Geral disse estar encorajado, depois da formação rápida dum Governo de transição sob a direção da nova chefe de Estado, Catherine Samba-Panza, e pela sua vontade de fazer face aos numerosos e enormes desafios futuros.
Afirmou que o Governo de transição necessitará contudo do engajamento duradouro dos seus vizinhos e da comunidade internacional em geral para tirar o país da crise atual, precisando que embora as Nações Unidas e a comunidade internacional em geral estejam prontas para apoiar a RCA, incumbe em primeiro lugar aos Centroafricanos a encontrar uma solução aos sofrimentos infligidos ao seu país.
"Lanço contudo um apelo às partes centroafricanas para que aproveitem a oportunidade deste período de transição para resolver os problemas imediatos com que estão confrontados, pôr termo à violência e restaurar a tradição secular de coexistência pacífica no país, estabelecendo as bases para uma paz e uma estabilidade duradouras", sublinhou.
O Secretário-Geral exortou-as a cooperar plenamente com a MISCA e as outras forças internacionais e com o representante especial das Nações Unidas no terreno, bem como com a missão prevista para a manutenção da paz, uma vez desdobrada.
Ban anunciou ter submetido ao Conselho de Segurança uma iniciativa de seis pontos, propondo medidas imediatas para pôr termo à violência e aos massacres, proteger os civis, impedir a divisão de facto do país, facilitar a distribuição da ajuda humanitária e fornecer ao Governo de transição o apoio urgente de que necessita.
"Os problemas na Repúbica Centroafricana são enormes e complexos", declarou o Secretário-Geral, sublinhando que "a resposta à crise deve ser global, multidimensional e apoiada, para ajudar o país a estabilizar-se, restabelecer a lei e a ordem e reconstruir as instituições do Estado que poderão proteger o país e proteger as populações".
Declarou que a missão das Nações Unidas prevê uma cooperação forte e estreita com o Banco Mundial e com o Banco Africano de Desenvolvimento, entre outras instituições financeiras, para reconstruir a República Centroafricana.
-0- PANA MA/ASA/SSB/MAR/IZ 9mar2014
"O nível horrível de violência e a deslocação maciça de populações mudam a demografia do país, com eventuais consequências a longo prazo", sublinhou num relatório ao Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova Iorque.
Ele exortou igualmente a comunidade internacional a agir imediatamente para salvar a situação e afirmou que é preciso "agir agora". Ele apelou igualmente para uma cooperação com os países vizinhos da RCA com vista a alcançar uma resolução duradoura do conflito.
Ban notou ainda que os ataques levados a cabo pelas milícias antibalaka em dezembro em Bangui contra os ex-rebeldes da Seleka inverteram a dinâmica do conflito e desencadearam um ciclo vicioso de represálias no seio das populações civis e confrontos entre as milícias armadas que afetaram profundamente as populações civis através do país.
Os esforços da comunidade internacional, em particular o rápido desdobramento da missão internacional africana sob a égide da União Africana na RCA (MISCA) e a operação francesa Sangaris das forças francesas, foram determinantes para salvar a vida dos civis, disse.
Saudou igualmente a decisão de aumentar os efetivos das forças internacionais, incluindo pelo desdobramento duma força da União Europeia (UE) e o compromisso dos outros líderes de fornecer tropas e pessoal da Polícia suplementar durante esta fase transitória crítica.
Sobre a situação política no país, o Secretário-Geral disse estar encorajado, depois da formação rápida dum Governo de transição sob a direção da nova chefe de Estado, Catherine Samba-Panza, e pela sua vontade de fazer face aos numerosos e enormes desafios futuros.
Afirmou que o Governo de transição necessitará contudo do engajamento duradouro dos seus vizinhos e da comunidade internacional em geral para tirar o país da crise atual, precisando que embora as Nações Unidas e a comunidade internacional em geral estejam prontas para apoiar a RCA, incumbe em primeiro lugar aos Centroafricanos a encontrar uma solução aos sofrimentos infligidos ao seu país.
"Lanço contudo um apelo às partes centroafricanas para que aproveitem a oportunidade deste período de transição para resolver os problemas imediatos com que estão confrontados, pôr termo à violência e restaurar a tradição secular de coexistência pacífica no país, estabelecendo as bases para uma paz e uma estabilidade duradouras", sublinhou.
O Secretário-Geral exortou-as a cooperar plenamente com a MISCA e as outras forças internacionais e com o representante especial das Nações Unidas no terreno, bem como com a missão prevista para a manutenção da paz, uma vez desdobrada.
Ban anunciou ter submetido ao Conselho de Segurança uma iniciativa de seis pontos, propondo medidas imediatas para pôr termo à violência e aos massacres, proteger os civis, impedir a divisão de facto do país, facilitar a distribuição da ajuda humanitária e fornecer ao Governo de transição o apoio urgente de que necessita.
"Os problemas na Repúbica Centroafricana são enormes e complexos", declarou o Secretário-Geral, sublinhando que "a resposta à crise deve ser global, multidimensional e apoiada, para ajudar o país a estabilizar-se, restabelecer a lei e a ordem e reconstruir as instituições do Estado que poderão proteger o país e proteger as populações".
Declarou que a missão das Nações Unidas prevê uma cooperação forte e estreita com o Banco Mundial e com o Banco Africano de Desenvolvimento, entre outras instituições financeiras, para reconstruir a República Centroafricana.
-0- PANA MA/ASA/SSB/MAR/IZ 9mar2014