PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nações Unidas elogiam esforços de Cabo Verde no combate à desertificação
Cabo Verde (PANA) – As Nações Unidas consideram que os esforços feitos por Cabo Verde, desde a independência, em 1975, no combate à desertificação, são notórios e os resultados palpáveis, apurou a PANA de diplomática.
São apontados como exemplos dos resultados obtidos o aumento “exponencial” das áreas florestadas, o controlo da erosão e do escoamento superficial nas bacias hidrográficas, a recarga dos recursos dos lençóis freáticos e a mobilização das águas superficiais.
Segundo a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson-Golinski, essas ações têm tido impactos “muito positivos” na mobilização de água, na diminuição da perda e salinização dos solos, e, consequentemente, na melhoria do bem-estar económico e social das comunidades.
Richardson-Golinski falava na abertura esta semana do ateliê de apresentação do projeto de atualização do programa de ação de luta contra a desertificação no arquipélago e seu alinhamento com a Estratégia Decenal da Convenção das Nações Unidas contra a Desertificação (UNCCD).
Para ela, os ganhos do esforço de conservação dos recursos ambientais têm contribuído de forma decisiva para que Cabo Verde pudesse alcançar as metas preconizadas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Entretanto, a ministra cabo-verdiana do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, reconhece que apesar do combate “persistente” que Cabo Verde tem vindo a fazer contra a desertificação, os planos atualmente existentes padecem de vários constrangimentos.
Entre estes apontou a falta de base científica e de capacitação institucional desses planos, que necessitam ainda de serem alinhados com os ODM e com as próprias estratégias da governação do país.
Eva Ortet considera necessário fazer esse alinhamento e implicar, sobretudo, a sociedade civil, o que, segundo ela, tem sido um dos grandes constrangimentos, porque o combate à desertificação “não é tarefa somente do Governo”.
“É essa interação que vamos fazer para que o nosso plano seja efetivamente implementado com resultados concretos”, salientou a governante.
Contudo, a titular da pasta do Desenvolvimento Rural frisou que, apesar das lacunas, que atrasaram “um pouco” a implementação em Cabo Verde da Convenção das Nações Unidas contra a Desertificação, o país registou ganhos significativos nesta luta, pelo que, neste momento, vai ter de enfrentar outros desafios.
Eva Ortet citou como exemplo de novos desafios a questão das mudanças climáticas que, por sua vez, coloca em cima da mesa o problema da água e do solo.
“Estamos a investir fortemente para a resolução do problema da água e, ao fazermos o ordenamento das bacias hidrográficas e a reflorestação, estamos também a trabalhar para monitorarmos os solos agrícolas em Cabo Verde”, disse a governante.
Apontou o maior envolvimento da sociedade civil, o desenvolvimento do ‘plaidoyer’, os esforços na busca de mais financiamento e a capacitação institucional como “os grandes enfoques” a serem levados em conta na elaboração da atualização do programa de ação de luta contra desertificação.
O Governo espera também que com a implementação desse projeto de revisão do programa de ação nacional de luta contra a desertificação e seu alinhamento com a Estratégia Decenal da UNCCD, Cabo Verde venha a ter acesso a novos instrumentos para a sua execução.
-0- PANA CS/IZ 09nov2013
São apontados como exemplos dos resultados obtidos o aumento “exponencial” das áreas florestadas, o controlo da erosão e do escoamento superficial nas bacias hidrográficas, a recarga dos recursos dos lençóis freáticos e a mobilização das águas superficiais.
Segundo a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson-Golinski, essas ações têm tido impactos “muito positivos” na mobilização de água, na diminuição da perda e salinização dos solos, e, consequentemente, na melhoria do bem-estar económico e social das comunidades.
Richardson-Golinski falava na abertura esta semana do ateliê de apresentação do projeto de atualização do programa de ação de luta contra a desertificação no arquipélago e seu alinhamento com a Estratégia Decenal da Convenção das Nações Unidas contra a Desertificação (UNCCD).
Para ela, os ganhos do esforço de conservação dos recursos ambientais têm contribuído de forma decisiva para que Cabo Verde pudesse alcançar as metas preconizadas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Entretanto, a ministra cabo-verdiana do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, reconhece que apesar do combate “persistente” que Cabo Verde tem vindo a fazer contra a desertificação, os planos atualmente existentes padecem de vários constrangimentos.
Entre estes apontou a falta de base científica e de capacitação institucional desses planos, que necessitam ainda de serem alinhados com os ODM e com as próprias estratégias da governação do país.
Eva Ortet considera necessário fazer esse alinhamento e implicar, sobretudo, a sociedade civil, o que, segundo ela, tem sido um dos grandes constrangimentos, porque o combate à desertificação “não é tarefa somente do Governo”.
“É essa interação que vamos fazer para que o nosso plano seja efetivamente implementado com resultados concretos”, salientou a governante.
Contudo, a titular da pasta do Desenvolvimento Rural frisou que, apesar das lacunas, que atrasaram “um pouco” a implementação em Cabo Verde da Convenção das Nações Unidas contra a Desertificação, o país registou ganhos significativos nesta luta, pelo que, neste momento, vai ter de enfrentar outros desafios.
Eva Ortet citou como exemplo de novos desafios a questão das mudanças climáticas que, por sua vez, coloca em cima da mesa o problema da água e do solo.
“Estamos a investir fortemente para a resolução do problema da água e, ao fazermos o ordenamento das bacias hidrográficas e a reflorestação, estamos também a trabalhar para monitorarmos os solos agrícolas em Cabo Verde”, disse a governante.
Apontou o maior envolvimento da sociedade civil, o desenvolvimento do ‘plaidoyer’, os esforços na busca de mais financiamento e a capacitação institucional como “os grandes enfoques” a serem levados em conta na elaboração da atualização do programa de ação de luta contra desertificação.
O Governo espera também que com a implementação desse projeto de revisão do programa de ação nacional de luta contra a desertificação e seu alinhamento com a Estratégia Decenal da UNCCD, Cabo Verde venha a ter acesso a novos instrumentos para a sua execução.
-0- PANA CS/IZ 09nov2013