Agência Panafricana de Notícias

Nacionalidade norte-americana recusada a cidadã rwandesa supostamente genocida

Kigali, Rwanda (PANA) – Um Tribunal norte-americano recusou a nacionalidade norte-americana a uma cidadã rwandesa, Béatrice Munyenyesi, residente atualmente no Estado de New Hampshire e que é acusada de crimes cometidos no seu país em 1994, noticiou esta sexta-feira a imprensa local em Kigali.

Munyenyenzi é a esposa de Shalom Ntahobali, um ex-líder miliciano rwandês igualmente processado por genocídio pelo Tribunal Penal Internacional para o Rwanda (TPIR), enquanto a sua sogra, ex-ministra do Género durante o genocídio de 1994, Pauline Nyuramasuhuko, já foi condenada à prisão perpétua por esta jurisdição onusina.

Ela é processada pela Justiça norte-americana por incitação a violações sexuais coletivas contra várias mulheres Tutsi (tribo minoritária vitima do genocídio), na administração de Butare (sul) durante o genocídio de 1994.

Munyenyezi figura na lista dos suspeitos notáveis em busca de asilo na Europa e na América do Norte, e que fazem objeto de mandados de captura internacionais emitidos pela Justiça rwandesa.

A pedido do Gpveerno rwandês, a Justiça norte-americana já repatriou para o Rwanda pelo menos três suspeitos genocidas, a fim de que eles sejam julgados no local por crimes.

-0- PANA TWA/JSG/IBA/FK/DD 22fev2013