PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Museveni disposto a aceitar limitação de mandato presidencial no Uganda
Nairobi, Quénia (PANA) - O Presidente ugandês, Yoweri Museveni, declarou-se pronto para cooperar com os demais membros da Comunidade da África Oriental (EAC) para a formação duma federação regional se esta última fizer da limitação dos mandatos uma obrigação.
No poder desde 1986, Museveni indicou, em entrevista à Televisão Nacional "NTV", que não era necessário limitar os mandatos presidenciais, mas que ele não teria outra escolha senão cooperar com os dirigentes da EAC se estes fizessem disso uma condição para formar uma federação.
« Vou cooperar com os países da EAC se eles decidirem limitar os mandatos », indicou Museveni à NTV.
Os cinco membros da EAC (Burundi, Quénia, Rwanda, Tanzânia e Uganda) estão a trabalhar atualmente num projeto de formação duma Federação dos Países da África Oriental.
Museveni, que estava em visita privada ao Quénia, recusou-se a dizer em que momento previa retirar-se da política, precisando que ficará o tempo que o Movimento da Resistência Nacional (NRM), partido no poder, desejar que ele presida aos destinos do país.
« O problema de África não é a limitação dos mandatos mas os fundamentais como a educação, as estradas, a eletricidade pelos quais continuo a bater-me. Se as pessoas põem-se a votar, a escolha é sua », sublinhou Museveni.
Museveni sublinhou que não tinha medo das manifestações na África do Norte que destituíram os Presidentes tunisino e egípcio que permaneceram durante muito tempo no poder, precisando que os modos de governação destes países eram bastante diferentes da política no Uganda.
O dirigente ugandês falou igualmente da repressão da Polícia contra as manifestações na capital ugandesa, Kampla, negando qualquer laço entre estas e as crises que abalam a África do Norte.
« Não sei se os sistemas políticos no Egito e na Tunísia conhecem limitações de mandatos. O problema coloca-se em termos de competitividade do sistema. Será que os sistemas tunisino e egípcio são competitivos? Não sei. Em todo o caso, o sistema ugandês é competitivo”, acrescentou.
O líder da oposição ugandesa, Kizza Besigye, está internado num hospital de Nairobi, capital do vizinho Quénia, após ter sido brutalmente batido pela Polícia ugandesa durante uma manifestação. Museveni acusou o seu opositor de ter atacado a Polícia durante as eleições de fevereiro passado.
Ele considerou que a repressão da Polícia visava evitar a pilhagem por parte dos militantes da oposição, precisando « que pretendiam atrair as multidões para começar a pilhar ».
-0- PANA AO/BOS/LSA/TBM/SOC/MAR/IZ 03maio2011
No poder desde 1986, Museveni indicou, em entrevista à Televisão Nacional "NTV", que não era necessário limitar os mandatos presidenciais, mas que ele não teria outra escolha senão cooperar com os dirigentes da EAC se estes fizessem disso uma condição para formar uma federação.
« Vou cooperar com os países da EAC se eles decidirem limitar os mandatos », indicou Museveni à NTV.
Os cinco membros da EAC (Burundi, Quénia, Rwanda, Tanzânia e Uganda) estão a trabalhar atualmente num projeto de formação duma Federação dos Países da África Oriental.
Museveni, que estava em visita privada ao Quénia, recusou-se a dizer em que momento previa retirar-se da política, precisando que ficará o tempo que o Movimento da Resistência Nacional (NRM), partido no poder, desejar que ele presida aos destinos do país.
« O problema de África não é a limitação dos mandatos mas os fundamentais como a educação, as estradas, a eletricidade pelos quais continuo a bater-me. Se as pessoas põem-se a votar, a escolha é sua », sublinhou Museveni.
Museveni sublinhou que não tinha medo das manifestações na África do Norte que destituíram os Presidentes tunisino e egípcio que permaneceram durante muito tempo no poder, precisando que os modos de governação destes países eram bastante diferentes da política no Uganda.
O dirigente ugandês falou igualmente da repressão da Polícia contra as manifestações na capital ugandesa, Kampla, negando qualquer laço entre estas e as crises que abalam a África do Norte.
« Não sei se os sistemas políticos no Egito e na Tunísia conhecem limitações de mandatos. O problema coloca-se em termos de competitividade do sistema. Será que os sistemas tunisino e egípcio são competitivos? Não sei. Em todo o caso, o sistema ugandês é competitivo”, acrescentou.
O líder da oposição ugandesa, Kizza Besigye, está internado num hospital de Nairobi, capital do vizinho Quénia, após ter sido brutalmente batido pela Polícia ugandesa durante uma manifestação. Museveni acusou o seu opositor de ter atacado a Polícia durante as eleições de fevereiro passado.
Ele considerou que a repressão da Polícia visava evitar a pilhagem por parte dos militantes da oposição, precisando « que pretendiam atrair as multidões para começar a pilhar ».
-0- PANA AO/BOS/LSA/TBM/SOC/MAR/IZ 03maio2011