Agência Panafricana de Notícias

Mundo perde $260 biliões anuais por má qualidade de água, segundo Presidente liberiana

Monróvia, Libéria (PANA) – A laureada do Prémio Nobel da Paz e Presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, avisou quarta-feira que as perdas económicas devidas à má qualidade da água e do acesso ao saneamento a nível mundial custam 260 biliões de dólares americanos cada ano.

Ela fez esta advertência diante de um painel de alto nível da Organização das Nações Unidas (ONU) que se reúne esta semana para discutir sobre o futuro dos esforços internacionais de luta contra a pobreza.

"Temos de levar esta questão mais a sério", declarou Johnson-Sirleaf, que figura entre os três co-presidentes do painel de alto nível do Secretário-Geral da ONU sobre o programa de desenvolvimento pós-2015.

Muitas vezes, argumentou, o acesso ao saneamento adequado, nomeadamente, é considerado "antes como um resultado do desenvolvimento do que um motor do desenvolvimento económico e de redução da pobreza".

A Coreia do Sul, a Malásia e a Singapura mostraram, nos anos 1960 e 1970, o potencial do estímulo ao desenvolvimento económico, resolvendo o problema do saneamento, disse.

O painel de alto nível da ONU, que integra 27 líderes governamentais, do setor privado e da sociedade civil, é co-presidido pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, pelo Presidente Susilo Bambang Yudhoyono da Indonésia e pela Presidente Johnson-Sirleaf.

O grupo foi encarregue de apresentar um relatório em maio próximo ao Secretário-Geral da ONU com recomendações para um programa de desenvolvimento mundial.

A Libéria é em muitos aspetos típica da África Subsariana com um acesso à água potável de 73 porcento da população, muito além dos níveis de acesso ao saneamento decente, estimado em apenas 18 porcento. A média nesta região do continente é de 61 porcento para a água e apenas 30 porcento para o saneamento.

Segundo um relatório da WaterAid divulgado em 2012, cerca dois milhões e meio de vidas humanas poderão ser salvas no mundo cada ano se todos os países tiverem acesso à água potável e ao saneamento adequado.

-0- PANA PR/VAO/AKA/TBM/IZ 31jan2013