PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mulheres principais vítimas de assédio sexual nas redes sociais em Maputo
Maputo, Moçambique (PANA) – As mulheres são as que mais sofrem de assédio sexual e moral nas redes sociais na cidade de Maputo, revela um estudo do Instituto de Investigação Científica, Inovação e Tecnologia de Informação e Comunicação (SIITRI) lançado quinta-feira, na capital moçambicana.
O estudo foi apresentando pela coordenadora do projeto "Direitos das Mulheres Online", Alsácia Nhacumbe, em conferência de imprensa para anunciar a realização da primeira Conferência sobre a Igualdade Digital e Direitos das Mulheres, um evento que tem lugar esta sexta-feira, em Maputo.
Segundo Nhacumbe, o estudo, que se iniciou em 2015 e terminou no ano passado, teve como grupo alvo um grupo de mulheres e homens de 29 bairros periféricos da capital moçambicana.
O estudo também tinha por objetivo avaliar o nível de acesso às tecnologias de informação e comunicação, por parte das mulheres.
“Durante o inquérito, realizado apenas na cidade de Maputo, foram ouvidas mil e 44 pessoas, residentes em 29 bairros periféricos da cidade. De entre elas 786 mulheres e 258 homens”, explicou.
“Trinta e uma mulheres e 29 homens revelaram que sofreram algum tipo de violência ou assédio sexual por via de Facebook e por via de Whatsapp”, acrescentou
Os assédios sexuais, de acordo com a coordenadora, são igualmente protagonizados através do Serviço de Mensagens Curtas (SMS). As mulheres têm sido o maior alvo deste tipo de assédio.
Por isso, o estudo sugere ao Governo aprovar políticas e estratégias apropriadas que abordem a violência e o assédio e a proteção de mulheres e raparigas nas redes sociais e outros meios de comunicação.
“Isto inclui sensibilizar políticos e a sociedade civil em geral sobre o enquadramento apropriado para garantir os direitos on-line.”
O estudo constatou que todas as mulheres e homens possuem um celular, mas apenas um terço de mulheres, em um total de cerca de 600, está conectada à internet.
Para ultrapassar esta situação, que na verdade é um dos objetivos do projeto, sugere-se a introdução de subsídios de dados para Internet gratuitos mensalmente.
“Deve-se ainda criar programas de empoderamento digital de mulheres. Criar iniciativas educacionais públicas para formar mulheres e raparigas na utilização das tecnologias de informação, de forma a apoiar o seu acesso à informação e a serviços vitais ligados à educação, meio de subsistência, direitos e bem-estar.”
Além disso, o estudo sugere que se garanta às mulheres acesso público à internet e acesso livre às tecnologias de informação e comunicação em centros de saúde, bibliotecas e centros de empregos, apoiando as mulheres a acederem e utilizar a tecnologia em espaços públicos seguros.
No encontro desta sexta-feira, vai ser divulgado o boletim sobre os direitos da mulher online da Fundação Web em parceria com SIITRI, uma iniciativa que poderá contribuir para o empoderamento das mulheres em zonas periurbanas da cidade de Maputo.
-0- PANA AIM/IZ 27jan2017
O estudo foi apresentando pela coordenadora do projeto "Direitos das Mulheres Online", Alsácia Nhacumbe, em conferência de imprensa para anunciar a realização da primeira Conferência sobre a Igualdade Digital e Direitos das Mulheres, um evento que tem lugar esta sexta-feira, em Maputo.
Segundo Nhacumbe, o estudo, que se iniciou em 2015 e terminou no ano passado, teve como grupo alvo um grupo de mulheres e homens de 29 bairros periféricos da capital moçambicana.
O estudo também tinha por objetivo avaliar o nível de acesso às tecnologias de informação e comunicação, por parte das mulheres.
“Durante o inquérito, realizado apenas na cidade de Maputo, foram ouvidas mil e 44 pessoas, residentes em 29 bairros periféricos da cidade. De entre elas 786 mulheres e 258 homens”, explicou.
“Trinta e uma mulheres e 29 homens revelaram que sofreram algum tipo de violência ou assédio sexual por via de Facebook e por via de Whatsapp”, acrescentou
Os assédios sexuais, de acordo com a coordenadora, são igualmente protagonizados através do Serviço de Mensagens Curtas (SMS). As mulheres têm sido o maior alvo deste tipo de assédio.
Por isso, o estudo sugere ao Governo aprovar políticas e estratégias apropriadas que abordem a violência e o assédio e a proteção de mulheres e raparigas nas redes sociais e outros meios de comunicação.
“Isto inclui sensibilizar políticos e a sociedade civil em geral sobre o enquadramento apropriado para garantir os direitos on-line.”
O estudo constatou que todas as mulheres e homens possuem um celular, mas apenas um terço de mulheres, em um total de cerca de 600, está conectada à internet.
Para ultrapassar esta situação, que na verdade é um dos objetivos do projeto, sugere-se a introdução de subsídios de dados para Internet gratuitos mensalmente.
“Deve-se ainda criar programas de empoderamento digital de mulheres. Criar iniciativas educacionais públicas para formar mulheres e raparigas na utilização das tecnologias de informação, de forma a apoiar o seu acesso à informação e a serviços vitais ligados à educação, meio de subsistência, direitos e bem-estar.”
Além disso, o estudo sugere que se garanta às mulheres acesso público à internet e acesso livre às tecnologias de informação e comunicação em centros de saúde, bibliotecas e centros de empregos, apoiando as mulheres a acederem e utilizar a tecnologia em espaços públicos seguros.
No encontro desta sexta-feira, vai ser divulgado o boletim sobre os direitos da mulher online da Fundação Web em parceria com SIITRI, uma iniciativa que poderá contribuir para o empoderamento das mulheres em zonas periurbanas da cidade de Maputo.
-0- PANA AIM/IZ 27jan2017