PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mulheres e homens com atitudes muito diferentes quanto à política em Cabo Verde, diz estudo
Praia, Cabo Verde (PANA) - Existe uma “diferença significativa” nas atitudes e no comportamento das mulheres e dos homens no tocante à política em Cabo Verde, de acordo com um estudo divulgado, segunda-feira, na cidade da Praia.
Intitulado, “Participação eleitoral em Cabo Verde: Uma perspetiva de género”, o estudo indica que que as mulheres no arquipélago cabo-verdiano estão menos expostas às informações políticas, bem como às lideranças onde os homens predominam.
De acordo com os dados revelados pela consultora do estudo, Roselma Évora, 38,6 porcento das mulheres em Cabo Verde, cuja idade é compreendida entre os 18 e mais anos, dizem ler notícias sobre a política raras vezes, contra 32,9 porcento dos homens da mesma faixa etária.
Da mesma forma, 13,7% das mulheres afirmam que nunca leram ou ouviram notícias contra 9,1 porcento dos homens correspondentes.
O estudo revela também que a maioria dos jovens de 24 a 34 anos, dos 11 porcento do eleitorado cabo-verdiano inquirido e que admite ter sido aliciado para vender o voto, na sua maioria são mulheres.
O documento indica também que 67,7 porcento das mulheres contra 61,3 porcento dos homens estão contra o “voto obrigatório”, enquanto 83,7 porcento das mulheres contra 75% dos homens estão “muito favoráveis” ao aumento do número da camada feminina na política.
Referindo-se à importância do estudo, a consultora disse tratar-se de um instrumento que dá indicações de vários aspetos do Código Eleitoral que necessitam de ser revistos, nomeadamente a de lista fechada, pois, prossegue o documento, “se a mulher estiver numa posição não favorável, ela nunca será eleita”.
Nestas condições, Roselma Évora é de opinião que, por mais que Cabo Verde seja indicado como exemplo de país de paridade em termos de quota de membros do Governo (ministras), isso não altera muito a situação em termos de equidade enquanto nas assembleias municipais, no executivo local e na Assembleia Nacional (Parlamento) a mulher for minoria.
Para alterar esta situação, a coordenadora do estudo propõe um trabalho a nível dos partidos políticos, para que se cumpra a igualdade e equidade do género inscrita na Constituição do país quanto ao acesso a cargos políticos.
O estudo, cujo resultado foi apresentado no âmbito do “mês de Março e da mulher”, foi financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no quadro do projeto ProPalop –Timor-Leste e tem como objetivo analisar a participação eleitoral numa perspetiva de género, por faixa etária, bem como atitudes e práticas que regem o comportamento eleitoral dos Cabo-verdianos.
O estudo foi feito com base num inquérito que abrangeu dois mil e 261 indivíduos de 18 e mais anos de idade, tanto do sexo feminino quanto do masculino, nas ilhas de Santo Antão, São Vicente, Sal, Fogo, Santiago Sul e Santiago Norte.
-0- PANA CS/DD 19mar2014
Intitulado, “Participação eleitoral em Cabo Verde: Uma perspetiva de género”, o estudo indica que que as mulheres no arquipélago cabo-verdiano estão menos expostas às informações políticas, bem como às lideranças onde os homens predominam.
De acordo com os dados revelados pela consultora do estudo, Roselma Évora, 38,6 porcento das mulheres em Cabo Verde, cuja idade é compreendida entre os 18 e mais anos, dizem ler notícias sobre a política raras vezes, contra 32,9 porcento dos homens da mesma faixa etária.
Da mesma forma, 13,7% das mulheres afirmam que nunca leram ou ouviram notícias contra 9,1 porcento dos homens correspondentes.
O estudo revela também que a maioria dos jovens de 24 a 34 anos, dos 11 porcento do eleitorado cabo-verdiano inquirido e que admite ter sido aliciado para vender o voto, na sua maioria são mulheres.
O documento indica também que 67,7 porcento das mulheres contra 61,3 porcento dos homens estão contra o “voto obrigatório”, enquanto 83,7 porcento das mulheres contra 75% dos homens estão “muito favoráveis” ao aumento do número da camada feminina na política.
Referindo-se à importância do estudo, a consultora disse tratar-se de um instrumento que dá indicações de vários aspetos do Código Eleitoral que necessitam de ser revistos, nomeadamente a de lista fechada, pois, prossegue o documento, “se a mulher estiver numa posição não favorável, ela nunca será eleita”.
Nestas condições, Roselma Évora é de opinião que, por mais que Cabo Verde seja indicado como exemplo de país de paridade em termos de quota de membros do Governo (ministras), isso não altera muito a situação em termos de equidade enquanto nas assembleias municipais, no executivo local e na Assembleia Nacional (Parlamento) a mulher for minoria.
Para alterar esta situação, a coordenadora do estudo propõe um trabalho a nível dos partidos políticos, para que se cumpra a igualdade e equidade do género inscrita na Constituição do país quanto ao acesso a cargos políticos.
O estudo, cujo resultado foi apresentado no âmbito do “mês de Março e da mulher”, foi financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no quadro do projeto ProPalop –Timor-Leste e tem como objetivo analisar a participação eleitoral numa perspetiva de género, por faixa etária, bem como atitudes e práticas que regem o comportamento eleitoral dos Cabo-verdianos.
O estudo foi feito com base num inquérito que abrangeu dois mil e 261 indivíduos de 18 e mais anos de idade, tanto do sexo feminino quanto do masculino, nas ilhas de Santo Antão, São Vicente, Sal, Fogo, Santiago Sul e Santiago Norte.
-0- PANA CS/DD 19mar2014