PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mulheres da oposição exigem libertação imediata de jovens detidos em Luanda
Luanda, Angola (PANA) - As mulheres filiadas na CASA‐CE, segundo maior partido da oposição em Angola, manifestaram quarta-feira a sua "repulsa" pela detenção na capital, Luanda, de 15 jovens acusados de "conspiração" contra o poder instituído.
Numa declaração à imprensa, as mulheres da CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação Nacional - Coligação Eleitoral) consideram que o único pecado dos jovens detidos "é pensar diferente, ter uma visão crítica da governação atual, e lutar pela mudança deste regime corrupto e completamente antipovo".
No seu documento, elas indicam que, para além de "corrupto e antipovo", o atual regime sustentado pelo MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) vai dando cada vez mais "sinais de incompetência e incapacidade para governar".
"As mulheres da CASA‐CE, embuídas do sentimento materno e de solidariedade que carateriza todas as mulheres angolanas, vêm por esta via exigir que sejam restituídos imediata e incondicionalmente à liberdade os 15 jovens revolucionários detidos injustamente", reclamam.
Elas argumentam que o comportamento dos jovens "é apenas baseado no princípio do estímulo e da resposta, porquanto, as autoridades policiais auxiliadas pelos serviços de informação, por milícias ilegais, há muito vêm pisoteando os direitos de reunião, de manifestação e de reivindicação destes jovens, constitucionalmente consagrados (...)".
"(...) em todos os países e sociedades existem grupos cuja autoestima elevada não lhes permite conformar‐se com o 'status quo' e por isso lutam para mudá‐lo", sublinha a nota.
Para as mulheres da CASA-CE, só assim se explicou a mobilização geral para a luta sem quartel contra o colonialismo português em que milhares de Angolanos, mobilizados por estes grupos, partiram para a luta até que o país se tornou independente.
"A História já demonstrou que neste processo não há Angolanos mais patriotas que outros e, por isso, a gesta heroica é de todo o povo que suportou as agruras e o sofrimento", indicam.
Nesta base, prosseguem, é completamente condenável a atitude e a ação repressiva do Estado dirigido por antigos "revolucionários” transformados hoje "numa pequena oligarquia reacionária, cuja ação é a expressão mais brutal, exacerbada, e acabada da ditadura, camuflada com roupagens da democracia".
No seu entender, "a tradição totalitária do MPLA está a falar mais alto e o caráter reacionário da sua filosofia direcionada contra o nosso martirizado povo de Cabinda ao Cunene é uma evidência irrefutável".
Elas acusam as autoridades judiciárias de transformarem os jovens detidos em “bode expiatório” de uma governação "completamente ausente e distante da satisfação das necessidades mais elementares e aspirações do nosso povo".
Lembram, a propósito, que a detenção destes jovens surge numa altura em que a Procuradoria Geral da República ainda não encontrou soluções para os casos anteriores de assassinato e agressões físicas contra opositores e outros graves de corrupção e desvio de fundos públicos.
-0- PANA IZ 02julho2015
Numa declaração à imprensa, as mulheres da CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação Nacional - Coligação Eleitoral) consideram que o único pecado dos jovens detidos "é pensar diferente, ter uma visão crítica da governação atual, e lutar pela mudança deste regime corrupto e completamente antipovo".
No seu documento, elas indicam que, para além de "corrupto e antipovo", o atual regime sustentado pelo MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) vai dando cada vez mais "sinais de incompetência e incapacidade para governar".
"As mulheres da CASA‐CE, embuídas do sentimento materno e de solidariedade que carateriza todas as mulheres angolanas, vêm por esta via exigir que sejam restituídos imediata e incondicionalmente à liberdade os 15 jovens revolucionários detidos injustamente", reclamam.
Elas argumentam que o comportamento dos jovens "é apenas baseado no princípio do estímulo e da resposta, porquanto, as autoridades policiais auxiliadas pelos serviços de informação, por milícias ilegais, há muito vêm pisoteando os direitos de reunião, de manifestação e de reivindicação destes jovens, constitucionalmente consagrados (...)".
"(...) em todos os países e sociedades existem grupos cuja autoestima elevada não lhes permite conformar‐se com o 'status quo' e por isso lutam para mudá‐lo", sublinha a nota.
Para as mulheres da CASA-CE, só assim se explicou a mobilização geral para a luta sem quartel contra o colonialismo português em que milhares de Angolanos, mobilizados por estes grupos, partiram para a luta até que o país se tornou independente.
"A História já demonstrou que neste processo não há Angolanos mais patriotas que outros e, por isso, a gesta heroica é de todo o povo que suportou as agruras e o sofrimento", indicam.
Nesta base, prosseguem, é completamente condenável a atitude e a ação repressiva do Estado dirigido por antigos "revolucionários” transformados hoje "numa pequena oligarquia reacionária, cuja ação é a expressão mais brutal, exacerbada, e acabada da ditadura, camuflada com roupagens da democracia".
No seu entender, "a tradição totalitária do MPLA está a falar mais alto e o caráter reacionário da sua filosofia direcionada contra o nosso martirizado povo de Cabinda ao Cunene é uma evidência irrefutável".
Elas acusam as autoridades judiciárias de transformarem os jovens detidos em “bode expiatório” de uma governação "completamente ausente e distante da satisfação das necessidades mais elementares e aspirações do nosso povo".
Lembram, a propósito, que a detenção destes jovens surge numa altura em que a Procuradoria Geral da República ainda não encontrou soluções para os casos anteriores de assassinato e agressões físicas contra opositores e outros graves de corrupção e desvio de fundos públicos.
-0- PANA IZ 02julho2015