PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mulher morre electrocutada em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Uma mulher de 54 anos de idade morreu esta quarta-feira depois de ser eletrocutada por uma ligação clandestina de eletricidade na localidade de Chão de Rodrigues, no município de São Salvador do Mundo, na ilha cabo-verdiana de Santiago, soube a PANA de fonte policial.
De acordo com a fonte, Elisa Varela Monteiro morreu quando trabalhava num campo agrícola onde terá tocado, inadvertidamente, com a mão num cabo elétrico que estava no chão e que fazia parte de uma rede clandestina de roubo de energia por parte de moradores locais.
A mulher foi levada ainda para o centro de saúde da cidade de Achada Igreja, sede do município de São Salvador do Mundo, mas acabou por morrer minutos depois.
A fonte policial revelou ainda que recentemente a esquadra local da Polícia Nacional enviou um auto de denúncia ao Ministério Público e à Electra, empresa de eletricidade, dando conta de um caso semelhante na localidade de Burbur.
“Felizmente, a pessoa envolvida no incidente também durante a atividade agrícola ao constatar que havia cabos elétricos no chão suspendeu o seu trabalho”, disse a fonte.
Entretanto, a filial da Electra na zona sul do arquipélago já confirmou, através de um comunicado, que o incidente desta quarta-feira é mais uma situação provocada por ligação clandestina de roubo de energia.
A Electra-Sul precisa que a ligação clandestina que provocou a morte da camponesa foi feita a partir de um poste de madeira da rede de distribuição de energia, de onde derivara também uma alimentação clandestina a mais de uma dúzia de casas próximas e distantes do local da ocorrência.
"A Electra-Sul foi chamada ao local do incidente pela Polícia Nacional, tendo constatado que a ligação ainda permanecia e, por conseguinte, também o perigo de eletrocussão de qualquer pessoa que estivesse nas proximidades", refere o comunicado, precisando que “a referida rede clandestina é feita em duas derivações, uma aérea e duas subterrâneas, executada com cabos de telecomunicações inapropriados para este tipo de utilização e instalado sem quaisquer condições de segurança”.
A empresa produtora de eletricidade considerou que tal tipo de ligação constitui “um verdadeiro atentado à integridade física de pessoas que circulem nas proximidades".
A Electra informa ainda que depois de permitir à Polícia a recolha de eventuais elementos de prova, uma equipa técnica da empresa irá proceder ao desmantelamento de toda a rede clandestina existente na localidade, ao que se segue as diligências necessárias para notificar todos os moradores das casas alimentadas por essa rede clandestina, para posterior apresentação ao Tribunal.
Esta foi a segunda morte provocada por eletrocussão em semana na ilha de Santiago devido ao roubo de energia elétrica na rede pública de distribuição.
O roubo de energia elétrica em Cabo Verde passou este ano a ser um crime punível com multa e prisão efetiva na sequência da aprovação pelo Parlamento, no passado mês de julho, da proposta de lei que estabelece o regime jurídico de combate à fraude e ao furto de energia.
A lei, que institui também medidas de fiscalização do sistema de fornecimento da energia elétrica em residências, empresas e outras instalações, prevê ainda punições aos funcionários das empresas públicas e privadas de eletricidade que efetuam ligações clandestinas.
O Governo realça a necessidade da nova lei para debelar a fraude e o roubo de energia, responsáveis por 37% das perdas na produção total de eletricidade em Cabo Verde.
Essas perdas acarretam à Electra um custo mensal que oscila entre 200 e 300 mil contos (1,8 e 2,7 milhões de euros), o que tem posto em causa a sua sustentabilidade financeira.
-0- PANA CS/TON 01out2014
De acordo com a fonte, Elisa Varela Monteiro morreu quando trabalhava num campo agrícola onde terá tocado, inadvertidamente, com a mão num cabo elétrico que estava no chão e que fazia parte de uma rede clandestina de roubo de energia por parte de moradores locais.
A mulher foi levada ainda para o centro de saúde da cidade de Achada Igreja, sede do município de São Salvador do Mundo, mas acabou por morrer minutos depois.
A fonte policial revelou ainda que recentemente a esquadra local da Polícia Nacional enviou um auto de denúncia ao Ministério Público e à Electra, empresa de eletricidade, dando conta de um caso semelhante na localidade de Burbur.
“Felizmente, a pessoa envolvida no incidente também durante a atividade agrícola ao constatar que havia cabos elétricos no chão suspendeu o seu trabalho”, disse a fonte.
Entretanto, a filial da Electra na zona sul do arquipélago já confirmou, através de um comunicado, que o incidente desta quarta-feira é mais uma situação provocada por ligação clandestina de roubo de energia.
A Electra-Sul precisa que a ligação clandestina que provocou a morte da camponesa foi feita a partir de um poste de madeira da rede de distribuição de energia, de onde derivara também uma alimentação clandestina a mais de uma dúzia de casas próximas e distantes do local da ocorrência.
"A Electra-Sul foi chamada ao local do incidente pela Polícia Nacional, tendo constatado que a ligação ainda permanecia e, por conseguinte, também o perigo de eletrocussão de qualquer pessoa que estivesse nas proximidades", refere o comunicado, precisando que “a referida rede clandestina é feita em duas derivações, uma aérea e duas subterrâneas, executada com cabos de telecomunicações inapropriados para este tipo de utilização e instalado sem quaisquer condições de segurança”.
A empresa produtora de eletricidade considerou que tal tipo de ligação constitui “um verdadeiro atentado à integridade física de pessoas que circulem nas proximidades".
A Electra informa ainda que depois de permitir à Polícia a recolha de eventuais elementos de prova, uma equipa técnica da empresa irá proceder ao desmantelamento de toda a rede clandestina existente na localidade, ao que se segue as diligências necessárias para notificar todos os moradores das casas alimentadas por essa rede clandestina, para posterior apresentação ao Tribunal.
Esta foi a segunda morte provocada por eletrocussão em semana na ilha de Santiago devido ao roubo de energia elétrica na rede pública de distribuição.
O roubo de energia elétrica em Cabo Verde passou este ano a ser um crime punível com multa e prisão efetiva na sequência da aprovação pelo Parlamento, no passado mês de julho, da proposta de lei que estabelece o regime jurídico de combate à fraude e ao furto de energia.
A lei, que institui também medidas de fiscalização do sistema de fornecimento da energia elétrica em residências, empresas e outras instalações, prevê ainda punições aos funcionários das empresas públicas e privadas de eletricidade que efetuam ligações clandestinas.
O Governo realça a necessidade da nova lei para debelar a fraude e o roubo de energia, responsáveis por 37% das perdas na produção total de eletricidade em Cabo Verde.
Essas perdas acarretam à Electra um custo mensal que oscila entre 200 e 300 mil contos (1,8 e 2,7 milhões de euros), o que tem posto em causa a sua sustentabilidade financeira.
-0- PANA CS/TON 01out2014