PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Muitos passageiros retidos em Cabo verde devido ao cancelamento de voos de TACV
Praia, Cabo Verde (PANA) - Muitos passageiros estão retidos em Cabo verde devido ao cancelamento de 36 voos da companhia nacional aérea de Cabo Verde (TACV), desde o início de setembro corrente, o que está a ter um “impacto importante” no país, constatou PANA no local.
A TACV, que nas últimas semanas, cancelou quase a totalidade dos voos para a Europa, Estados Unidos e Brasil, devido a uma avaria no motor do único avião que opera nessas rotas, revelou ter, durante o referido período, cancelado 30 voos "inicialmente programados com o B757" e mais 6 voos "em consequência de uma avaria idêntica no avião B767 da EuroAtlantic", alugado pela companhia em permanência desde julho último "para fazer face à grande demanda da época alta".
A transportadora adianta que, com recurso ao fretamento de avião de terceiros, conseguiu repor seis voos na linha de Providence e Lisboa e reencaminhar mais de três mil passageiros através de companhias como a TAP, Royal Air Marroc e SATA.
Atarvés de um comunicado, a companhia reconhece que, em vários momentos, “o tempo de espera dos passageiros é maior que o expetável", o que, a seu ver, já levou a TACV a ter gasto um milhão e 800 mil euros em despesas com assistência (hotel, alimentação), reembolsado e reencaminhado passageiros.
Entretanto, o ministro cabo-verdiano das Finanças, Olavo Correia, já reconheceu que o cancelamento de voos da companhia aérea TACV tem um "impato importante" no país, mas não avançou o valor exato dos prejuízos.
Olavo Correia assegurou que o Governo assumirá todos os custos e os salários dos trabalhadores serão garantidos.
"Aconteceu que os clientes finais não podem ser prejudicados, temos que fazer com que todos os clientes sejam colocados no destino, isso custará e esse custo tem de ser assumido por alguém", precisou.
O governante disse que ainda não é possível encontrar um motor para substituir o do avião, visto que, prosseguiu, esta é uma época alta.
No entanto, garantiu que o Governo está a trabalhar para resolver o problema "nos próximos dias e que vamos procurar e vamos conseguir uma solução para atenuar os efeitos desse incidente, que faz parte das companhias aéreas", salientou.
A companhia aérea pública cabo-verdiana está em processo de reestruturação com vista à sua privatização, tendo o Governo assinado com o grupo islandês Icelandair um contrato de gestão do negócio internacional da empresa por um período de um ano.
"O que nós queremos é acelerar rapidamente o processo de reestruturação e privatização da empresa, para que a gestão fique 100 porcento privada", anotou Olavo Correia, acrescentado que o objetivo é "fazer da TACV uma grande empresa na perspetiva de edificação de uma plataforma de transporte aéreo de passageiros e de cargas em Cabo Verde".
Com um passivo acumulado de mais de 100 milhões de euros, a empresa assegura agora apenas as ligações internacionais depois de o Governo ter negociado com a Binter Cabo Verde o exclusivo das ligações no mercado doméstico, empresa na qual entrou com 49 porcento do capital.
A TACV tem ligações aéreas regulares para a Europa, o Brasil e os Estados Unidos.
-0- PANA CS/DD 15set2017
A TACV, que nas últimas semanas, cancelou quase a totalidade dos voos para a Europa, Estados Unidos e Brasil, devido a uma avaria no motor do único avião que opera nessas rotas, revelou ter, durante o referido período, cancelado 30 voos "inicialmente programados com o B757" e mais 6 voos "em consequência de uma avaria idêntica no avião B767 da EuroAtlantic", alugado pela companhia em permanência desde julho último "para fazer face à grande demanda da época alta".
A transportadora adianta que, com recurso ao fretamento de avião de terceiros, conseguiu repor seis voos na linha de Providence e Lisboa e reencaminhar mais de três mil passageiros através de companhias como a TAP, Royal Air Marroc e SATA.
Atarvés de um comunicado, a companhia reconhece que, em vários momentos, “o tempo de espera dos passageiros é maior que o expetável", o que, a seu ver, já levou a TACV a ter gasto um milhão e 800 mil euros em despesas com assistência (hotel, alimentação), reembolsado e reencaminhado passageiros.
Entretanto, o ministro cabo-verdiano das Finanças, Olavo Correia, já reconheceu que o cancelamento de voos da companhia aérea TACV tem um "impato importante" no país, mas não avançou o valor exato dos prejuízos.
Olavo Correia assegurou que o Governo assumirá todos os custos e os salários dos trabalhadores serão garantidos.
"Aconteceu que os clientes finais não podem ser prejudicados, temos que fazer com que todos os clientes sejam colocados no destino, isso custará e esse custo tem de ser assumido por alguém", precisou.
O governante disse que ainda não é possível encontrar um motor para substituir o do avião, visto que, prosseguiu, esta é uma época alta.
No entanto, garantiu que o Governo está a trabalhar para resolver o problema "nos próximos dias e que vamos procurar e vamos conseguir uma solução para atenuar os efeitos desse incidente, que faz parte das companhias aéreas", salientou.
A companhia aérea pública cabo-verdiana está em processo de reestruturação com vista à sua privatização, tendo o Governo assinado com o grupo islandês Icelandair um contrato de gestão do negócio internacional da empresa por um período de um ano.
"O que nós queremos é acelerar rapidamente o processo de reestruturação e privatização da empresa, para que a gestão fique 100 porcento privada", anotou Olavo Correia, acrescentado que o objetivo é "fazer da TACV uma grande empresa na perspetiva de edificação de uma plataforma de transporte aéreo de passageiros e de cargas em Cabo Verde".
Com um passivo acumulado de mais de 100 milhões de euros, a empresa assegura agora apenas as ligações internacionais depois de o Governo ter negociado com a Binter Cabo Verde o exclusivo das ligações no mercado doméstico, empresa na qual entrou com 49 porcento do capital.
A TACV tem ligações aéreas regulares para a Europa, o Brasil e os Estados Unidos.
-0- PANA CS/DD 15set2017