Agência Panafricana de Notícias

Muçulmanos no Togo chamados a abster-se do terrorismo

 

Lomé, Togo (PANA) - O presidente da União Muçulmana do Togo (UMT), El Hadj Inoussa Bouraïma, apelou aos seus colegas crentes para que se absterem do terrorismo, constatou a PANA quarta-feira em Lomé.

Na sua mensagem aos dignitários governamentais e  fiéis muçulmanos por ocasião da celebração de Eid El Fitr, fim do ramadão, Bouraïma elogiou o Islão, pedindo aos muçulmanos para colaborarem com as forças de segurança a fim de que sejam desmanteladas quaisquer redes de criminosos, de falsos crentes de Deus.

Aconselhou-lhes a acolherem nunca um terrorista, porque, sublinhou, "o muçulmano não deve ser comparado a um terrorista mas a alguém que espalhe a boa notícia de Alá".

Para Bouraïma, o Islão é uma religião de paz e os fiéis de Maomé devem promover esta virtude e conviver com homens e mulheres de outras religiões na fraternidade e caridade.

Felicitou o Governo por ter impedido operações terroristas no território togolês, apelando às forças de segurança para que estejam mais vigilantes a fim de preservarem a tranquilidade para todos os  cidadãos.

Os muçulmanos visados aproveitam a oportunidade para sensibilizar os seus jovens a fim de os afastarem da doutrina "perniciosa", de ordem religiosa,  promovida  por "ideólogos do caos", alertou.

Esta comemoração oficial do fim do ramadão teve lugar na presença do primeiro-ministro togolês, Komi Selom Klassou, trajado conforme a ocasião, e de vários membros do Governo togolês.

O Togo, lembra-se, está ameaçado por jihadistas na fronteira com o Burkina Faso, onde já estão a operar.

O chefe  do Estado togolês, Faure Gnassingbé, durante a celebração do 59.º aniversário da festa nacional do país, tomou decisões importantes no sentido de reforçar o arsenal jurídico, bem como medidas de segurança para uma resposta eficaz à criminalidade e a  ameaças terroristas.

Na sequência dum alerta lançado há alguns meses pelos serviços secretos burkinabes sobre a presença de jihadistas nos territórios togolês, ganense e beninense, cerca de 20 destes indivíduos foram detidos no Togo.

Trata-se dos homens de motos acompanhados por menores, alguns dos quais armados com muito dinheiro, assinala-se.

O Governo togolês, a fim de enfrentar os desafios de segurança, relacionados com o terrorismo e a criminalidade transfronteiriça, criou igualmente, por decreto, em conselho de ministros, em meados de maio último, um Comité Interministerial para a Prevenção e de Luta contra o Extremismo Violento (CIPLEV).

-0- PANA FAA/DIM/DD  05junho2019