Movimento de passageiros caiu 67 por cento nos aeroportos de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O movimento de passageiros nos aeroportos cabo-verdianos caiu 67 por cento no primeiro semestre do ano de 2021, em termos homólogos, devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, apurou a PANA de fonte segura.
De acordo com dados de um relatório estatístico da empresa cabo-verdiana de aeroportos e segurança aérea (ASA), os aeroportos e aeródromos do arquipélago registaram, no primeiro semestre de 2021, um movimento de 5.152 aeronaves em embarques e desembarques (quebra de 43 por cento face a 2020), em voos internacionais e domésticos.
Já o número de passageiros em embarques, desembarques e trânsito foi 100.905 em voos domésticos e 112.933 em voos internacionais, totalizando desta forma um movimento global de 213.838 passageiros, contra os 640.876 em igual período de 2020.
Contudo, os aeroportos nacionais só funcionaram em 2020 até março, tendo sido suspensas todas as ligações aéreas, domésticas (até julho seguinte) e internacionais (até outubro), para conter a pandemia da covid-19.
Segundo os dados da ASA, o Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde e que antes da pandemia registava um movimento anual acima de 1.000.000 passageiros, contou, no primeiro semestre deste ano, com apenas 43.180 passageiros em desembarques e embarques de voos internacionais e domésticos, representando uma quebra de 88 por cento face ao mesmo período de 2020.
Globalmente, os aeroportos do arquipélago movimentaram quase 776.000 passageiros em 2020, perdendo praticamente 2.000.000 passageiros no espaço de um ano (-72 por cento), devido à pandemia.
O relatório da ASA assinala que os voos controlados pela FIR Oceânica do Sal aumentaram para 2.049 em junho, mais do dobro face ao mesmo mês de 2020.
Segundo os dados divulgados, globalmente, este tráfego totalizou 10.600 sobrevoos no primeiro semestre, ou seja, uma quebra de 29 por cento face ao mesmo período de 2020 (15.034) e menos 46 por cento face a 2019 (27.951), neste caso antes dos efeitos da pandemia de covid-19 no tráfego aéreo.
A gestão desta FIR é uma das principais fontes de receitas do sector aeronáutico de Cabo Verde. Os rendimentos da ASA com o sector da navegação aérea cresceram 19 por cento de 2017 para 2018, para 2.945 milhões de escudos, o equivalente a 43 por cento de todas as receitas da empresa pública que gere os aeroportos do país.
A FIR corresponde a um espaço aéreo delimitado verticalmente a partir do nível médio do mar, sendo a do Sal, que existe desde 1980, limitada lateralmente pelas de Dakar (Senegal), das ilhas Canárias (Espanha) e de Santa Maria (Açores, Portugal).
-0– PANA CS/DD 22julho2021