PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Morreu ex-primeiro-ministro guineense Jean Marie Doré
Conakry, Guiné-Conakry (PANA) - O antigo primeiro-ministro conakry-guineense de transição (2008-2010), Jean Marie Doré, também vice-presidente da Assembleia Nacional, morreu sexta-feira, em sua casa, em Donka, no distrito de Dxinn, soube-se de fonte oficial.
Nascido em Bossou (sul) em 1939, ficou durante muito tempo doente, mas não acamado. O líder da União para o Progresso da Guiné (UPG) cuja morte foi uma primeira vez anunciada pela imprensa, no início da semana, regressara domingo de Paris onde seguia cuidados médicos.
A classe política guineense saúda a memória dum "líder talentoso, cheio de valores humanos", que desempenhou, segundo vários partidos políticos, um grande papel na ancoragem da democracia da Guiné-Conakry onde foi candidato às presidenciais de 1993 e 1998.
Doré gostava de insistir que fazia parte do círculo fechado dos amigos do defunto e primeiro Presidente guineense, Ahmed Sékou Touré, do qual não se cansava de elogiar os méritos", nomeadamente durante conferências organizadas anualmente pelo Partido Democtrático de Guiné (PDG/RDA, ex-partido único).
Estes encontros eram realizados precisamente a 26 de fevereiro de todos os anos, para celebrar a memória do Presidente Touré, falecido em 1984 em Cleveland (Estados Unidos) depois duma intervenção cirúrgica.
"Sékou Touré teve razão de matar todos os que morreram, por que todos procuravam matá-lo também", declarou durante uma conferência organizada pelo ex-partido único para celebrar a memória do defunto primeiro Presidente guineense.
Tesmunha privilegiada de vários eventos sob a primeira República marcada por enforcamentos "dos inimigos da revolução", detenções e condenações à morte, Doré escreveu livros, mas, segundo as suas próprias declarações, tomou a decisão de não meter tudo na praça pública "porque várias famílias iriam digladiar-se".
É o autor duma frase que ficou célebre quando declarou um dia na imprensa que "a oposição guineense é a mais burra de África".
O homem, que contava que ele e o antigo chefe de Estado eram os mais idosos dos líderes políticos guineenses, predisse a alguns dias das últimas presidenciais, as de 11 de outubro último, "a vitória esmagadora na primeira volta" do candidato Alpha Condé que veio a vencer o escrutínio com 57,83 porcento face a sete outros candidatos.
Licienciado em Direito e Ciências políticas em Unividades francesas, conhecido como um grande orador que estava no centro de acaloradas discussões no Parlamento, o defunto trabalhou no Gabinete Internacional do Trabalho (BIT) em Genebra, na Suíça, desde os primeiros anos da independência da Guiné-Conakry obtida em 1958.
-0- PANA AC/BEH/SOC/MAR/IZ 30jan2016
Nascido em Bossou (sul) em 1939, ficou durante muito tempo doente, mas não acamado. O líder da União para o Progresso da Guiné (UPG) cuja morte foi uma primeira vez anunciada pela imprensa, no início da semana, regressara domingo de Paris onde seguia cuidados médicos.
A classe política guineense saúda a memória dum "líder talentoso, cheio de valores humanos", que desempenhou, segundo vários partidos políticos, um grande papel na ancoragem da democracia da Guiné-Conakry onde foi candidato às presidenciais de 1993 e 1998.
Doré gostava de insistir que fazia parte do círculo fechado dos amigos do defunto e primeiro Presidente guineense, Ahmed Sékou Touré, do qual não se cansava de elogiar os méritos", nomeadamente durante conferências organizadas anualmente pelo Partido Democtrático de Guiné (PDG/RDA, ex-partido único).
Estes encontros eram realizados precisamente a 26 de fevereiro de todos os anos, para celebrar a memória do Presidente Touré, falecido em 1984 em Cleveland (Estados Unidos) depois duma intervenção cirúrgica.
"Sékou Touré teve razão de matar todos os que morreram, por que todos procuravam matá-lo também", declarou durante uma conferência organizada pelo ex-partido único para celebrar a memória do defunto primeiro Presidente guineense.
Tesmunha privilegiada de vários eventos sob a primeira República marcada por enforcamentos "dos inimigos da revolução", detenções e condenações à morte, Doré escreveu livros, mas, segundo as suas próprias declarações, tomou a decisão de não meter tudo na praça pública "porque várias famílias iriam digladiar-se".
É o autor duma frase que ficou célebre quando declarou um dia na imprensa que "a oposição guineense é a mais burra de África".
O homem, que contava que ele e o antigo chefe de Estado eram os mais idosos dos líderes políticos guineenses, predisse a alguns dias das últimas presidenciais, as de 11 de outubro último, "a vitória esmagadora na primeira volta" do candidato Alpha Condé que veio a vencer o escrutínio com 57,83 porcento face a sete outros candidatos.
Licienciado em Direito e Ciências políticas em Unividades francesas, conhecido como um grande orador que estava no centro de acaloradas discussões no Parlamento, o defunto trabalhou no Gabinete Internacional do Trabalho (BIT) em Genebra, na Suíça, desde os primeiros anos da independência da Guiné-Conakry obtida em 1958.
-0- PANA AC/BEH/SOC/MAR/IZ 30jan2016