PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Morreu ex-Presidente cabo-verdiano
Praia, Cabo Verde (PANA) - O primeiro Presidente da República de Cabo Verde (1975-1991), Aristides Pereira, morreu quinta-feira aos 87 anos de idade nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), em Portugal, onde estava internado desde o início de agosto passado, soube a PANA na Praia de fonte oficial.
Figura ímpar da história da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, Aristides Pereira foi um dos fundadores do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) depois de se juntar a Amílcar Cabral e outros dirigentes para idealizar a independência das duas antigas colónias portuguesas.
Ele estava afastado da vida política ativa há quase 20 anos depois da sua derrota nas primeiras eleições diretas para a Presidência da República por António Mascarenhas Monteiro.
Foi homenageado em janeiro do ano passado, na abertura do XII Congresso do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), força política que ele passou a dirigir depois do golpe de Estado de 14 de novembro de 1981 na Guiné-Bissau que ditou a cisão do PAIGC.
"O meu sonho está cumprido. O sonho da independência, da democracia e do desenvolvimento está cumprido", afirmara na altura Aristides Pereira, visivelmente emocionado.
Embora debilitado fisicamente, permaneceu durante mais de duas horas na cerimónia de abertura do conclave e ouviu, atento, a intervenção de quase 70 minutos do primeiro-ministro José Maria Neves.
Neves dedicou os primeiros 20 minutos do seu discurso, na abertura do congesso do partido no poder em Cabo Verde, à figura do antigo presidente do PAICV.
"Aristides Pereira e os seus camaradas cumpriram [com a conquista da independência e com a construção do Estado de Cabo Verde] a missão com decência, honestidade e patriotismo. Esta nova geração do PAICV está e vai continuar a estar com esse compromisso de Amílcar Cabral perante Cabo Verde, perante o mundo", disse o líder do partido no poder.
Para José Maria Neves, homenagear "um dos principais protagonistas da história de Cabo Verde" é homenagear também todos os antigos combatentes que ficaram pelo caminho, "sacrificando a sua vida pela liberdade".
"Ensinaram-nos a trilhar os caminhos da liberdade. Não vos desapontaremos", acrescentou, insistindo várias vezes na frase "com decência, honestidade e patriotismo".
No final, enquanto era ovacionado de pé, Aristides Pereira emocionou-se e chorou, "fugindo" aos jornalistas, sempre "amparado" por uma multidão de militantes do partido.
Esta foi a última aparição pública do antigo Presidente de Cabo Verde, nascido na ilha da Boa Vista a 17 de novembro de 1923.
O primeiro chefe de Estado cabo-verdiano começou a sua vida profissional como radiotelegrafista e depois foi chefe dos serviços de Telecomunicações na Guiné-Bissau.
A partir dos anos 40, Aristides Pereira envolveu-se na luta pela independência de Cabo Verde. Juntamente com Amílcar Cabral, fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em 1956, assumindo o cargo de secretário-geral, em 1973.
Com a conquista da independência, em 1975, Aristides Pereira tornou-se no Presidente da República de Cabo Verde, cargo que exerceu até 1991.
Em 1981, o PAIGC cabo-verdiano mudou de nome, passando a designar-se Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).
-0- PANA CS/TON 22set2011
Figura ímpar da história da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, Aristides Pereira foi um dos fundadores do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) depois de se juntar a Amílcar Cabral e outros dirigentes para idealizar a independência das duas antigas colónias portuguesas.
Ele estava afastado da vida política ativa há quase 20 anos depois da sua derrota nas primeiras eleições diretas para a Presidência da República por António Mascarenhas Monteiro.
Foi homenageado em janeiro do ano passado, na abertura do XII Congresso do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), força política que ele passou a dirigir depois do golpe de Estado de 14 de novembro de 1981 na Guiné-Bissau que ditou a cisão do PAIGC.
"O meu sonho está cumprido. O sonho da independência, da democracia e do desenvolvimento está cumprido", afirmara na altura Aristides Pereira, visivelmente emocionado.
Embora debilitado fisicamente, permaneceu durante mais de duas horas na cerimónia de abertura do conclave e ouviu, atento, a intervenção de quase 70 minutos do primeiro-ministro José Maria Neves.
Neves dedicou os primeiros 20 minutos do seu discurso, na abertura do congesso do partido no poder em Cabo Verde, à figura do antigo presidente do PAICV.
"Aristides Pereira e os seus camaradas cumpriram [com a conquista da independência e com a construção do Estado de Cabo Verde] a missão com decência, honestidade e patriotismo. Esta nova geração do PAICV está e vai continuar a estar com esse compromisso de Amílcar Cabral perante Cabo Verde, perante o mundo", disse o líder do partido no poder.
Para José Maria Neves, homenagear "um dos principais protagonistas da história de Cabo Verde" é homenagear também todos os antigos combatentes que ficaram pelo caminho, "sacrificando a sua vida pela liberdade".
"Ensinaram-nos a trilhar os caminhos da liberdade. Não vos desapontaremos", acrescentou, insistindo várias vezes na frase "com decência, honestidade e patriotismo".
No final, enquanto era ovacionado de pé, Aristides Pereira emocionou-se e chorou, "fugindo" aos jornalistas, sempre "amparado" por uma multidão de militantes do partido.
Esta foi a última aparição pública do antigo Presidente de Cabo Verde, nascido na ilha da Boa Vista a 17 de novembro de 1923.
O primeiro chefe de Estado cabo-verdiano começou a sua vida profissional como radiotelegrafista e depois foi chefe dos serviços de Telecomunicações na Guiné-Bissau.
A partir dos anos 40, Aristides Pereira envolveu-se na luta pela independência de Cabo Verde. Juntamente com Amílcar Cabral, fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em 1956, assumindo o cargo de secretário-geral, em 1973.
Com a conquista da independência, em 1975, Aristides Pereira tornou-se no Presidente da República de Cabo Verde, cargo que exerceu até 1991.
Em 1981, o PAIGC cabo-verdiano mudou de nome, passando a designar-se Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).
-0- PANA CS/TON 22set2011