PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Morreu compositor cabo-verdiano Manuel d'Novas
Praia- Cabo Verde (PANA) -- O músico e compositor cabo-verdiano Manuel d'Novas morreu segunda-feira aos 71 anos na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente, na sequência de complicações resultantes dum Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu há cerca de três anos em Portugal, soube a PANA de fontes familiares.
Manuel d'Novas foi um dos poetas e compositores cabo-verdianos de maior talento e um dos mais produtivos.
As suas composições ganharam projecção internacional através de nomes sonantes da música das ilhas como Cesária Évora, Bana e Ildo Lobo.
De nome oficial Manuel Jesus Lopes, ele nasceu na ilha de Santo Antão a 25 de Dezembro de 1938, mas passou grande parte da sua vida na cidade do Mindelo, na ilha vizinha de São Vicente, terra que serviu de inspiração para grande parte das suas mornas e coladeiras (géneros tradicionais da música cabo-verdiana).
De acordo com especialistas da música do arquipélago, o compositor foi dos primeiros a introduzir uma poética de intervenção social nos seus temas, relegando para plano secundário "o amor e a saudade", eleitos até então pela maioria dos compositores cabo-verdianos.
Da sua vasta obra musical, contam-se temas de grandes sucesso como "Nôs Morna", "Stranger ê um Ilusão", "Lamento d'um Emigrante", "Apocalipse", "Cmé Catchorr", "Cumpade Ciznone", "D.
Ana", "Ess País", "Morte d'um Tchuc", "Nôs Raça" e "Psú Nhondenga", entre outras composição interpretadas por vários cantores cabo-verdianos.
O presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, exprimiu-se "triste" pelo desaparecimento "duma das maiores figura da cultura cabo-verdiana".
"Inclinamo-nos respeitosamente perante a memória de uma das maiores figuras da música e da cultura cabo-verdiana.
Homem de grande argúcia e sensibilidade, deslumbrou-nos durante décadas com o aspecto inovador das suas composições musicais, dando uma inigualável contribuição para a evolução da morna e da coladeira, tanto nos domínios da sua poética, como no da sua estrutura musical", disse Pedro Pires.
Reagindo também à morte de Manuel d'Novas, o ministro da Cultura de Cabo Verde, Manuel Veiga, sublinhou que o compositor foi um dos que "soube desvendar a alma crioula", traduzindo-a em muitas canções.
Adiantou que Manuel d'Novas "foi grande, um grande homem, um grande poeta, que soube como ninguém interpretar a alma crioula à cultura cabo-verdiana".
"Hoje, Cabo Verde perdeu um grande compositor e todos os homens e mulheres da cultura cabo-verdiana estão de luto", precisou.
Pela contribuição na criação literária e musical na morna e coladeira, e pela difusão dos valores cabo-verdianos, Manuel d'Novas foi agraciado com a Primeira Classe da Medalha do Vulcão a 5 de Julho de 1997 pelo então Presidente de Cabo Verde, António Mascarenhas Monteiro.
Este ano, a Câmara Municipal de São Vicente, num gesto de homenagem, dedicou o 19º Festival da Baía das Gatas ao popular compositor que também é a figura inspiradora do Festival da Morna, que terá lugar dentro de dias na ilha da Boa Vista, tida como o berço deste género musical típico de Cabo Verde.
Manuel d'Novas foi um dos poetas e compositores cabo-verdianos de maior talento e um dos mais produtivos.
As suas composições ganharam projecção internacional através de nomes sonantes da música das ilhas como Cesária Évora, Bana e Ildo Lobo.
De nome oficial Manuel Jesus Lopes, ele nasceu na ilha de Santo Antão a 25 de Dezembro de 1938, mas passou grande parte da sua vida na cidade do Mindelo, na ilha vizinha de São Vicente, terra que serviu de inspiração para grande parte das suas mornas e coladeiras (géneros tradicionais da música cabo-verdiana).
De acordo com especialistas da música do arquipélago, o compositor foi dos primeiros a introduzir uma poética de intervenção social nos seus temas, relegando para plano secundário "o amor e a saudade", eleitos até então pela maioria dos compositores cabo-verdianos.
Da sua vasta obra musical, contam-se temas de grandes sucesso como "Nôs Morna", "Stranger ê um Ilusão", "Lamento d'um Emigrante", "Apocalipse", "Cmé Catchorr", "Cumpade Ciznone", "D.
Ana", "Ess País", "Morte d'um Tchuc", "Nôs Raça" e "Psú Nhondenga", entre outras composição interpretadas por vários cantores cabo-verdianos.
O presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, exprimiu-se "triste" pelo desaparecimento "duma das maiores figura da cultura cabo-verdiana".
"Inclinamo-nos respeitosamente perante a memória de uma das maiores figuras da música e da cultura cabo-verdiana.
Homem de grande argúcia e sensibilidade, deslumbrou-nos durante décadas com o aspecto inovador das suas composições musicais, dando uma inigualável contribuição para a evolução da morna e da coladeira, tanto nos domínios da sua poética, como no da sua estrutura musical", disse Pedro Pires.
Reagindo também à morte de Manuel d'Novas, o ministro da Cultura de Cabo Verde, Manuel Veiga, sublinhou que o compositor foi um dos que "soube desvendar a alma crioula", traduzindo-a em muitas canções.
Adiantou que Manuel d'Novas "foi grande, um grande homem, um grande poeta, que soube como ninguém interpretar a alma crioula à cultura cabo-verdiana".
"Hoje, Cabo Verde perdeu um grande compositor e todos os homens e mulheres da cultura cabo-verdiana estão de luto", precisou.
Pela contribuição na criação literária e musical na morna e coladeira, e pela difusão dos valores cabo-verdianos, Manuel d'Novas foi agraciado com a Primeira Classe da Medalha do Vulcão a 5 de Julho de 1997 pelo então Presidente de Cabo Verde, António Mascarenhas Monteiro.
Este ano, a Câmara Municipal de São Vicente, num gesto de homenagem, dedicou o 19º Festival da Baía das Gatas ao popular compositor que também é a figura inspiradora do Festival da Morna, que terá lugar dentro de dias na ilha da Boa Vista, tida como o berço deste género musical típico de Cabo Verde.