PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Morreu cantor Bana, um dos expoentes da música de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O cantor cabo-verdiano Bana, 81 anos, um dos expoentes máximos da música cabo-verdiana, morreu na noite de sexta-feira, num hospital de Lisboa (Portugal), onde vivia há muitos anos, vítima de doença prolongada, apurou a PANA de fonte familiar.
De seu nome próprio Adriano Gonçalves, o cantor foi, a par da também já falecida Cesária Évora, um dos grandes divulgadores da música de Cabo Verde a nível mundial.
Numa primeira reação à morte de Bana, conhecido como o “Rei da morna”, género musical cabo-verdiano neste momento candidato a Património Imaterial da Humanidade, o presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, rendeu homenagem àquele que ele considera como "um dos maiores nomes da música cabo-verdiana".
O chefe de Estado cabo-verdiano recordou também que Bana foi distinguido por ele no ano passado em Lisboa com a Ordem do Dragoeiro, a mais alta condecoração atribuída a agentes culturais em Cabo Verde.
Também o primeiro-ministro José Maria Neves destacou a figura do cantor Bana como um “grande embaixador” de Cabo Verde no mundo, devido ao contributo por ele dado aàdivulgação do folclore musical cabo-verdiano na cena internacional.
José Maria Neves anunciou que o Estado de Cabo Verde, que tinha atribuído em vida uma pensão ao cantor, irá assumir a realização do funeral de Bana que vai ter lugar, domingo, na capital portuguesa, por vontade expressa do falecido.
Natural da ilha de São Vicente, onde nasceu a 05 de maço de 1932, Bana iniciou a sua longa carreira musical, de mais de 70 anos, na sua cidade natal do Mindelo, tendo como um dos mentores o renomado B.Léza, considerado um dos maiores poetas e compositores cabo-verdianos de todos os tempos.
Muito cedo, Bana emigrou para Dakar (Senegal) onde começou a dar os primeiros passos numa carreira musical internacional de sucesso, com a gravação do seu primeiro disco e apresentação em vários espetáculos.
Na capital senegalesa, Bana juntou-se a músicos como Luís Morais do Senegal, e seguiu para Paris (França), onde gravou mais dois Long Plays (LP) e onde permaneceu até 1968, altura em que seguiu para Holanda, país onde editou mais dois LP e dois Extended Plays (EP).
A estreia em Portugal aconteceu em 1969, na inauguração da Casa de Cabo Verde em Lisboa, na companhia de dois dos seus amigos de sempre (Luís Morais e Morgadinho).
Desde então, e paralelamente à sua própria carreira, entre Portugal e Cabo Verde, Bana abriu portas às gerações seguintes da música cabo-verdiana das décadas de 70 do século XX até ao início deste século.
Ao longo da sua carreira musical de mais de sete décadas, gravou mais de 50 LP e viajou pelos quatro cantos do mundo a divulgar música cabo-verdiana.
Da sua vasta discografia, os críticos destacam trabalhos como “Canto de Amores” (2006), “Livro Infinito” (1999), “Bana – A Voz de Cabo Verde” (1991), “Perseguida” (1989), “Gira Sol” (1988), “Grito d’Povo” (1985), “O Encanto de Cabo Verde” (1982) e “Morabeza” (1981).
-0- PANA CS/IZ 13julho2013
De seu nome próprio Adriano Gonçalves, o cantor foi, a par da também já falecida Cesária Évora, um dos grandes divulgadores da música de Cabo Verde a nível mundial.
Numa primeira reação à morte de Bana, conhecido como o “Rei da morna”, género musical cabo-verdiano neste momento candidato a Património Imaterial da Humanidade, o presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, rendeu homenagem àquele que ele considera como "um dos maiores nomes da música cabo-verdiana".
O chefe de Estado cabo-verdiano recordou também que Bana foi distinguido por ele no ano passado em Lisboa com a Ordem do Dragoeiro, a mais alta condecoração atribuída a agentes culturais em Cabo Verde.
Também o primeiro-ministro José Maria Neves destacou a figura do cantor Bana como um “grande embaixador” de Cabo Verde no mundo, devido ao contributo por ele dado aàdivulgação do folclore musical cabo-verdiano na cena internacional.
José Maria Neves anunciou que o Estado de Cabo Verde, que tinha atribuído em vida uma pensão ao cantor, irá assumir a realização do funeral de Bana que vai ter lugar, domingo, na capital portuguesa, por vontade expressa do falecido.
Natural da ilha de São Vicente, onde nasceu a 05 de maço de 1932, Bana iniciou a sua longa carreira musical, de mais de 70 anos, na sua cidade natal do Mindelo, tendo como um dos mentores o renomado B.Léza, considerado um dos maiores poetas e compositores cabo-verdianos de todos os tempos.
Muito cedo, Bana emigrou para Dakar (Senegal) onde começou a dar os primeiros passos numa carreira musical internacional de sucesso, com a gravação do seu primeiro disco e apresentação em vários espetáculos.
Na capital senegalesa, Bana juntou-se a músicos como Luís Morais do Senegal, e seguiu para Paris (França), onde gravou mais dois Long Plays (LP) e onde permaneceu até 1968, altura em que seguiu para Holanda, país onde editou mais dois LP e dois Extended Plays (EP).
A estreia em Portugal aconteceu em 1969, na inauguração da Casa de Cabo Verde em Lisboa, na companhia de dois dos seus amigos de sempre (Luís Morais e Morgadinho).
Desde então, e paralelamente à sua própria carreira, entre Portugal e Cabo Verde, Bana abriu portas às gerações seguintes da música cabo-verdiana das décadas de 70 do século XX até ao início deste século.
Ao longo da sua carreira musical de mais de sete décadas, gravou mais de 50 LP e viajou pelos quatro cantos do mundo a divulgar música cabo-verdiana.
Da sua vasta discografia, os críticos destacam trabalhos como “Canto de Amores” (2006), “Livro Infinito” (1999), “Bana – A Voz de Cabo Verde” (1991), “Perseguida” (1989), “Gira Sol” (1988), “Grito d’Povo” (1985), “O Encanto de Cabo Verde” (1982) e “Morabeza” (1981).
-0- PANA CS/IZ 13julho2013