Moratória do Clube de Paris atenua restrição externa da dívida no Congo
Brazzaville, Congo (PANA) - O serviço da dívida do Congo foi suspenso até ao fim deste ano por uma moratória do Clube de Paris alivia a restrição externa do país, anunciou sábado, em Brazzaville, o vice-ministro congolês para o Orçamento, Ludovic Ngatse.
O governante considerou que esta moratória do Clube de Paris "dá novo oxigénio" ao Governo para financiar os gastos ligados à crise sanitária do coronavírus e contribui para a melhoria do equilíbrio orçamental para o ano em curso.
Numa entrevista ao diário pró-governamental “Les Dépêches de Brazzaville”, Ngatse congratulou-se com o « papel decisivo » desempenhado pelo Presidente da República, “coordenou pessoalmente a organização da equipa negociadora do acordo”.
Desde o início do ano, lembrou, a pandemia da covid-19 já causou, além da crise sanitária, uma crise económica sem precedentes, "que tem impactos consideráveis nos equilíbrios macroeconómicos de todos os países do Mundo".
"As medidas de confinamento tomadas pelo Governo congolês para conter a propagação da pandemia, bem como a queda brutal dos preços do barril de petróleo provocaram um duplo choque da oferta e da procura que afetou consideravelmente os equilíbrios interno e externo”, afirmou Ludovic Ngatse.
Assim, a moratória do Clube de Paris, além de dar novo oxigénio ao Governo congolês para financiar as despesas urgentes ligadas à crise do coronavírus, "permite aliviar as restrições externas do país, e contribui de alguma forma para a melhoria do equilíbrio orçamental para o ano em curso".
No entanto, prosseguiu, é preciso ainda relançar os fundamentos macroeconómicos do país, visto que estes dependem mais dos fatores endógenos, nomeadamente da orientação das políticas orçamentais, financeiras e estruturais do Governo congolês.
-0- PANA MB/IS/SOC/FK/IZ 14junho2020