PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Moçambique longe de assegurar futuro melhor às crianças
Maputo, Moçambique (PANA) - Moçambique encontra-se posicionado no 160º lugar, num ranking de 172 países avaliados sobre as garantias para um futuro melhor para as crianças no Mundo, revela a Organização não Governamental (ONG) "Save the Children".
No seu relatório intitulado “Infância Roubada”, divulgado esta quarta-feira, em Maputo, a ONG que luta pelos direitos da criança no país e no mundo explica que esta posição deixa claro que Moçambique ainda está longe de providenciar condições que criem e protejam as crianças.
Entre os aspetos que contribuem para a colocação do país nesta posição, o documento aponta a dificuldade na manutenção ou retenção da criança na escola, a mortalidade neonatal e materna e a desnutrição crónica, que afeta quase 43 porcento de menores até aos cinco anos de idade.
Os desafios são ainda maiores a nível do acesso à proteção, sendo que cerca de 48 porcento das raparigas casam-se antes dos 18 anos de idade, os níveis de pobreza infantil ainda são acentuados e o trabalho infantil afeta cerca de 22 porcento de crianças entre os sete e os 15 anos de idade.
A violência, o abuso e a negligência são outros fenómenos apontados pelo estudo e que continuam a ocorrer de forma acentuada e preocupante.
O diretor-geral da Save the Children em Moçambique, Chance Briggs, disse, durante o lançamento do relatório, que a organização, em parceria com outros atores, continuará a desenvolver ações que visam "devolver à infância a infância roubada".
“A Save the Children, através da sua Estratégia de Parceria, está cometida em aprimorar a sua coordenação e articulação com os diferentes atores a todos os níveis. Isso constitui uma ferramenta importante para a realização dos direitos da criança à sobrevivência, desenvolvimento, proteção social e participação”, referiu.
O relatório, lançado em simultâneo em Moçambique e noutros países do mundo, resulta de pesquisas e dados estatísticos mais recentes e classifica países onde a infância está mais assegurada e onde ela é mais corroída.
A Noruega, a Eslovénia e a Finlândia estão no topo do ranking dos 10 países com maior pontuação para a saúde, a educação e a proteção da criança, enquanto os Estados Unidos ocupam o 36° lugar e o Níger o último lugar, entre os países pesquisados.
Os indicadores utilizados para medir o “Fim da Infância” são mortalidade em menores de cinco anos de idade, desnutrição que retarda o crescimento, deslocamento por conflito e homicídio infantil, casamentos prematuros, entre outros.
O relatório apresenta recomendações como investir em crianças; assegurar que todas as crianças sejam tratadas igualmente, não permitir que crianças morram de doença evitável e/ou de causas tratáveis, garantir acesso à educação de qualidade a todas as crianças, entre outras.
Em reação a este relatório, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apelou ao Governo moçambicano e aos parceiros para reforçarem os sistemas de apoio que forneçam as bases para um ambiente mais protetor nas famílias e nas comunidades.
Este ambiente protetor visa manter as crianças seguras e fortalecer as capacidades familiares, por meio da oferta de cuidados de saúde e sociais básicos, além da promoção da educação.
“Agora, mais do que nunca, devemos assumir a nossa responsabilidade coletiva para com as crianças e assegurar que nenhuma será deixada para trás", exortou Edina Culolo-Kuzma, do UNICEF.
"Temos de fazer todo o possível para abordar as razões por que tantas crianças experimentam vulnerabilidades extremas, são separadas de suas famílias e devemos todos investir em novos esforços para protegê-las, não importando onde elas vivam”, disse
O relatório é lançado um dia antes das celebrações do Dia Mundial da Criança, o 1 de junho.
-0- PANA AIM/IZ 31maio2017
No seu relatório intitulado “Infância Roubada”, divulgado esta quarta-feira, em Maputo, a ONG que luta pelos direitos da criança no país e no mundo explica que esta posição deixa claro que Moçambique ainda está longe de providenciar condições que criem e protejam as crianças.
Entre os aspetos que contribuem para a colocação do país nesta posição, o documento aponta a dificuldade na manutenção ou retenção da criança na escola, a mortalidade neonatal e materna e a desnutrição crónica, que afeta quase 43 porcento de menores até aos cinco anos de idade.
Os desafios são ainda maiores a nível do acesso à proteção, sendo que cerca de 48 porcento das raparigas casam-se antes dos 18 anos de idade, os níveis de pobreza infantil ainda são acentuados e o trabalho infantil afeta cerca de 22 porcento de crianças entre os sete e os 15 anos de idade.
A violência, o abuso e a negligência são outros fenómenos apontados pelo estudo e que continuam a ocorrer de forma acentuada e preocupante.
O diretor-geral da Save the Children em Moçambique, Chance Briggs, disse, durante o lançamento do relatório, que a organização, em parceria com outros atores, continuará a desenvolver ações que visam "devolver à infância a infância roubada".
“A Save the Children, através da sua Estratégia de Parceria, está cometida em aprimorar a sua coordenação e articulação com os diferentes atores a todos os níveis. Isso constitui uma ferramenta importante para a realização dos direitos da criança à sobrevivência, desenvolvimento, proteção social e participação”, referiu.
O relatório, lançado em simultâneo em Moçambique e noutros países do mundo, resulta de pesquisas e dados estatísticos mais recentes e classifica países onde a infância está mais assegurada e onde ela é mais corroída.
A Noruega, a Eslovénia e a Finlândia estão no topo do ranking dos 10 países com maior pontuação para a saúde, a educação e a proteção da criança, enquanto os Estados Unidos ocupam o 36° lugar e o Níger o último lugar, entre os países pesquisados.
Os indicadores utilizados para medir o “Fim da Infância” são mortalidade em menores de cinco anos de idade, desnutrição que retarda o crescimento, deslocamento por conflito e homicídio infantil, casamentos prematuros, entre outros.
O relatório apresenta recomendações como investir em crianças; assegurar que todas as crianças sejam tratadas igualmente, não permitir que crianças morram de doença evitável e/ou de causas tratáveis, garantir acesso à educação de qualidade a todas as crianças, entre outras.
Em reação a este relatório, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apelou ao Governo moçambicano e aos parceiros para reforçarem os sistemas de apoio que forneçam as bases para um ambiente mais protetor nas famílias e nas comunidades.
Este ambiente protetor visa manter as crianças seguras e fortalecer as capacidades familiares, por meio da oferta de cuidados de saúde e sociais básicos, além da promoção da educação.
“Agora, mais do que nunca, devemos assumir a nossa responsabilidade coletiva para com as crianças e assegurar que nenhuma será deixada para trás", exortou Edina Culolo-Kuzma, do UNICEF.
"Temos de fazer todo o possível para abordar as razões por que tantas crianças experimentam vulnerabilidades extremas, são separadas de suas famílias e devemos todos investir em novos esforços para protegê-las, não importando onde elas vivam”, disse
O relatório é lançado um dia antes das celebrações do Dia Mundial da Criança, o 1 de junho.
-0- PANA AIM/IZ 31maio2017