PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Moçambique confirma extradição pela Itália de suposto raptor Danish Satar
Maputo, Moçambique (PANA) - A Polícia moçambicana confirmou a extradição, de Itália, de Danish Abdul Satar, indiciado pelas autoridades judiciais nos raptos que, desde 2011, acontecem nas principais cidades do país.
Danish Satar desembarcou a 31 de dezembro passado, no Aeroporto Internacional de Maputo, vindo de Itália, onde foi detido pela Polícia Internacional (Interpol), para continuar a ser ouvido num processo em que estava sendo acusado desde 2012.
O porta-voz do Comando Geral da Polícia, Inácio Dina, disse que, mesmo não havendo acordos de extradição entre Moçambique e Itália, foi possível, pelo interesse de ambas polícias, trazer o foragido por via da cooperação com a Polícia Internacional, da qual Moçambique faz parte.
Segundo a fonte, Danish Satar saiu da prisão sob pagamento de caução, para aguardar julgamento em liberdade, tendo-se, em seguida e sem autorização, ausentado do país.
Falando no habitual briefing semanal com a imprensa, Inácio Dina disse que a detenção de Danish Satar aconteceu em finais de outubro na cidade de Roma (Itália), quando ele pretendia registar-se numa unidade hoteleira e o seu nome chamou atenção por constar da lista de cidadãos procurados pela Interpol.
O cidadão de nacionalidade moçambicana estava foragido desde julho de 2012, quando deixou precipitadamente a capital de Moçambique, Maputo, alegadamente com destino a Dubai, um dia depois de a Polícia ter detido sete cidadãos suspeitos de autoria material dos raptos que continuam a assolar as cidades de Maputo, Beira e Nampula.
Poucos dias antes, Danish Satar havia sido detido pela Polícia de Investigação Criminal (PIC), mas um juiz não legalizou a sua prisão, alegadamente por falta de provas.
Danish é indiciado da prática dos crimes de sequestro, rapto e cárcere privado, e os processos em que é acusado já estão a ser tramitados a nível dos órgãos de administração da Justiça.
Dina diz esperar que as audições que estão a decorrer tragam elementos que ajudem a esclarecer a onda de raptos que acontecem, um pouco pelo país.
Refira-se que Danish Satar é um dos membros da família de criminosos Abdul Satar. É filho de Asslam Abdul Satar, um dos mentores de uma grande fraude bancária ocorrida em 1996, pouco antes da privatização do extinto Banco Comercial de Moçambique (BCM) e que resultou no desfalque de uma soma equivalente a cerca de 14 milhões de dólares americanos na altura.
Momad Assife Abdul Satar (“Nini”), irmão de Asslam e tio de Danish Satar, é outra figura-chave na fraude do BCM. Ele foi condenado por ter sido considerado um dos mandantes do assassinato do jornalista investigativo moçambicano Carlos Cardoso.
Nini Satar viria a ser liberto em 2014 depois de cumprir metade de uma pena de 24 anos de prisão pelo assassinato de Cardoso.
Um dos requisitos para a sua liberdade condicional era ele apresentar-se regularmente ao tribunal. Contudo, ele conseguiu sair do país e encontra-se atualmente a viver na Europa.
-0- PANA AIM/IZ 07jan2016
Danish Satar desembarcou a 31 de dezembro passado, no Aeroporto Internacional de Maputo, vindo de Itália, onde foi detido pela Polícia Internacional (Interpol), para continuar a ser ouvido num processo em que estava sendo acusado desde 2012.
O porta-voz do Comando Geral da Polícia, Inácio Dina, disse que, mesmo não havendo acordos de extradição entre Moçambique e Itália, foi possível, pelo interesse de ambas polícias, trazer o foragido por via da cooperação com a Polícia Internacional, da qual Moçambique faz parte.
Segundo a fonte, Danish Satar saiu da prisão sob pagamento de caução, para aguardar julgamento em liberdade, tendo-se, em seguida e sem autorização, ausentado do país.
Falando no habitual briefing semanal com a imprensa, Inácio Dina disse que a detenção de Danish Satar aconteceu em finais de outubro na cidade de Roma (Itália), quando ele pretendia registar-se numa unidade hoteleira e o seu nome chamou atenção por constar da lista de cidadãos procurados pela Interpol.
O cidadão de nacionalidade moçambicana estava foragido desde julho de 2012, quando deixou precipitadamente a capital de Moçambique, Maputo, alegadamente com destino a Dubai, um dia depois de a Polícia ter detido sete cidadãos suspeitos de autoria material dos raptos que continuam a assolar as cidades de Maputo, Beira e Nampula.
Poucos dias antes, Danish Satar havia sido detido pela Polícia de Investigação Criminal (PIC), mas um juiz não legalizou a sua prisão, alegadamente por falta de provas.
Danish é indiciado da prática dos crimes de sequestro, rapto e cárcere privado, e os processos em que é acusado já estão a ser tramitados a nível dos órgãos de administração da Justiça.
Dina diz esperar que as audições que estão a decorrer tragam elementos que ajudem a esclarecer a onda de raptos que acontecem, um pouco pelo país.
Refira-se que Danish Satar é um dos membros da família de criminosos Abdul Satar. É filho de Asslam Abdul Satar, um dos mentores de uma grande fraude bancária ocorrida em 1996, pouco antes da privatização do extinto Banco Comercial de Moçambique (BCM) e que resultou no desfalque de uma soma equivalente a cerca de 14 milhões de dólares americanos na altura.
Momad Assife Abdul Satar (“Nini”), irmão de Asslam e tio de Danish Satar, é outra figura-chave na fraude do BCM. Ele foi condenado por ter sido considerado um dos mandantes do assassinato do jornalista investigativo moçambicano Carlos Cardoso.
Nini Satar viria a ser liberto em 2014 depois de cumprir metade de uma pena de 24 anos de prisão pelo assassinato de Cardoso.
Um dos requisitos para a sua liberdade condicional era ele apresentar-se regularmente ao tribunal. Contudo, ele conseguiu sair do país e encontra-se atualmente a viver na Europa.
-0- PANA AIM/IZ 07jan2016