Mobilização contra variola dos macacos no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) - Bujumbura, Burundi (PANA) - O Governo burundês criou um “Comité de Crise” do qual fazem parte sete ministérios e a Polícia Nacional e os Serviços de Informação, com o fito de lutar contra a contaminação e propagação do vírus da variola dos macacos, vulgo Mpox, soube a PANA de fonte oficial.
O Governo dotou esta estrutura de um caderno de encargos a fim de combater esta patologia que já afetou 34 dos 49 distritos sanitários do país desde que o primeiro caso foi declarado no país em finais de julho último, segundo um comunicado oficial.
Este Comiité de Crise inclui os Ministérios do Interior, do Desenvolvimento Comunitário e Segurança Pública, da Saúde Pública e Luta contre le Sida, do Ambiente, Agricultura e Pecuária, das Finanças, Orçamento e Planeamento Económico, da Educação e Pesquisas Científicas, da Hidráulica, Energia e Minas, da Solidariedade Nacional, dos Direitos Humanos e Género.
A esta equipa se junta igualmente o Serviço Nacional de Informação e a Inspeção Geral da Polícia Nacional do Burundi, lê-se no documento.
As últimas informações apontam para um cúmulo de 564 casos reportados, dos quais 245 assinalados só no Distrito Sanitário de Bujumbura-Norte.
Por enquanto, 269 pacientes já receberam alta de hopitais ao passo que 295 outros ainda continuam internados.
Quanto aos meios financeiros, o comunicado fala em apoios de certos parceiros estrangeiros ao Governo burundês na luta contra a Mpox, e de outros que já expressaram as suas promessas neste sentido.
Citado no comunicado, o escritório local do Funto das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou que um terço dos casos da Mpox ciiz respeito a crianças com idade escolar no Burundi.
Desde a confirmação do primeiro caso, a 25 de julho de 2024, o Burundi registou 564 casos de Mpox, dos quais 62,9 por cento são crianças menores dos 19 anos de idade, assim como mais de 1.576 casos suspeitos.
Três distritos sanitários de Bujumbura, a capital económica do Burundi, são o epicentos da epidemia no país onde mais de 3.000.000 de crianças regressaram à escola desde 16 de setembro corrente.
Paralelamente, o UNICEF envida esforços igualmente a fim de combater a estigmatização, apoiar famílias nos centros de isolamento e manter os serviços essenciais, nomeadamente a educação e os serviços de saúde, durante a epidemia.
As principais manifestações da Mpox são geralmente a febre, cefaleias, a dor de garganta, fadiga, o aumento do volume dos gangliões, dores musculares ou ainda a erupção cutânea generalizada, bem como complicações pulmonares, digestivas e cerebrais.
A doença é tida como “altamente contagiosa” pode implicar a morte, se o tratamento for tardio.
O contágio acontece através de qualquer contacto com o paciente ou o animal infestado, gotícolas respiratórias ou aerossois de fraco alcance.
O Ministério burundês da Saúde multiplicou nos últimos tempos apelos ao respeito pelas medidas preventivas como lavar as mãos regular e corretamente com água limpa e dabão ou usar uma solução hidro-alcoólica.
Porém, o respeito destas medidas é dificultado por uma penúria generalizada e persistente de água corrente neste período estival, particularmente em Bujumbura, povoada por mais de 1.200.000 habitantes,lamentam clientes da Empresa de Produção e Distribuição das Águas e Eletricidade (REGIDESO, sigla em francês), a única empresa pública do setor.
-0- PANA FB/JSG/SOC/DD 24setembro2024