Agência Panafricana de Notícias

Missão do FMI saúda "bom desempenho" da economia cabo-verdiana em 2016

Praia, Cabo Verde (PANA) - 2016 foi um ano bom para a economia cabo-verdiana que registou um crescimento bem mais forte de 3,9 porcento, especialmente em comparação com o dos quatro anos anteriores, em que a média ficou abaixo de um porcento, declarou esta terça-feira o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Cabo Verde, Max Alier.

Em declaração à imprensa, no final da sua primeira visita a Cabo Verde, o novo chefe de missão do FMI considerou este desempenho como "uma aceleração importante do crescimento económico do país.

Alier perspetivou também que este bom desempenho da economia cabo-verdiana vai manter-se em 2017.

Depois de ter apresentado as perspetivas de crescimento para a região da África Subsariana, Alier predisse um crescimento próximo dos quatro porcento para Cabo Verde, recordando que o país teve um período de crescimento fraco entre 2012 e 2015, com uma média abaixo de um porcento.

Regozijou-se ainda com a melhoria do saldo das contas externas do país, que acumulou reservas internacionais "a um nível historicamente alto, ou seja por volta dos 540 milhões de euros".

Informou que a sua missão ue acaba de ser realizada no arquipélago cabo-verdiano consistiu apenas na recolha de dados sobre o fecho de 2016 e na observação do primeiro trimestre de 2017.

Afirmou que, até final do ano de 2017, em data ainda a definir, acontecerá uma missão de avaliação anual ao abrigo do artigo IV do FMI.

Max Alier esclareceu que esta visita serviu também para "entender melhor a agenda das reformas do Governo", lembrando que, para se conseguir manter um bom desempenho económico ao longo do tempo em Cabo Verde, "é precisa uma série de reformas contínuas".

Quanto à exequibilidade da meta de crescimento médio anual de sete porcento, estabelecida pelo Governo, Max Alier disse ser necessário analisar primeiro o pacote total de medidas do Governo para poder fazer essa avaliação.

“Para já, a nossa avaliação está focada apenas em 2017. Vamos entender 2016 e ver em 2017 como está o desempenho. Quando voltarmos para a missão de avaliação, teremos uma perceção mais de longo prazo", precisou.

-0- PANA CS/DD 27junho2017