PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Missão de manutenção da paz da ONU retira-se do Tchad
Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- A Missão de Manutenção da Paz das Nações Unidas no Tchad, que tem igualmente um mandato similar para a República Centro-Africana (RCA), retira-se até ao fim do ano 2010 para ceder o lugar aos soldados tchadianos.
O anúncio foi feito quinta-feira em Nova Iorque por Youssef Mahmoud, representante especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e chefe da Missão das ONU na RCA e no Tchad (MINURCAT) quando apresentava um relatório sobre a sua missão nestes dois países ao COnselho de Segurança da ONU.
Ele disse naquela ocasião que as forças militares tchadianas deverão garantir a segurança no país uma vez retirados os capacetes azuis no fim deste ano.
"Até ao fim de Outubro corrente, todas as tarefas administrativas serão transferidas para o Destacamento Integrado de Segurança (DIS) formado pelas Nações Unidas", indicou quinta-feira Youssef Mahmoud.
"Estamos a fazer tudo para terminarmos esta retirada o mais tardar a 31 de Dezembro próximo.
O Governo tchadiano está a assumir a sua responsabilidade pela proteção dos civis.
No entanto, apesar de uma melhoria da segurança, a situação continua preocupante no Tchad", alertou.
Quanto à situação na vizinha RCA, o responsável onusino declarou-se preocupado com a retirada iminente da MINURCAT.
Ele sublinhou que "a situação de segurança no nordeste do país permanece instável e a capacidade do Governo para manter a segurança na zona está limitada".
Mahmoud indicou também que "assaltantes, supostamente insurretos do Exército de Resistência do Senhor (LRA), rebelião ugandesa, atacaram a cidade de Birao a 10 de Outubro último, pilhando bens da população e raptando 19 pessoas.
"Entre as seis vítimas que se escaparam figuram duas raparigas de 19 anos de idade cada que disseram ter sido violadas", informou.
Segundo o representante onusino, "para evitar um vazio de segurança após a partida da MINURCAT, tudo deve ser feito para ajudar o Governo centro-africano a desdobrar forças suplementares em Birao".
No seu último relatório sobre a MINURCAT, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, frisou que, duma forma geral, a situação de segurança no nordeste da RCA continua marcada por um conflito interretnico e por atividades criminais na fronteira e além-fronteira.
Para reduzir o impacto da retirada da MINURCAT desta zona, Ki- moon propôs a manutenção de uma força de manutenção da paz das Nações Unidas no nordeste da RCA que vai proteger a zona contra a insegurança, bem como garantir a segurança dos atores humanitários até que o Governo instale uma força nacional adequada.
A segunda opção visa reforçar os esforços de instalação de forças nacionais com vista a garantir a segurança e o Estado de direito, preconizando medidas imediatas de reforço das capacidades das forças armadas nacionais no nordeste do país, sugeriu o SG da ONU.
Com base na sua avaliação da situação e da posição do Governo centro-africano, ele disse acreditar que a segunda opção é mais apropriada.
Atualmente, oito instituições das Nações Unidas e 70 Organizações Não-Governamentais (ONG) estão desdobradas no Tchad para ajudar e proteger 262 mil refugiados sudaneses, 68 mil outros provenientes da RCA bem como 168 mil deslocados internos, 48 mil candidatos ao regresso e cerca de 150 mil membros das comunidades acolhedores.
A MINURCAT foi criada em 2007 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para garantir a proteção dos civis e facilitar o acesso à ajuda humanitária para milhares de pessoas que deixaram suas famílias devido à insegurança nos dois países bem como no vizinho Congo.
O Conselho de Segurança optou, em Maio último, pelo fim da missão onusina o mais tardar a 31 de Dezembro, a pedido do Governo tchadiano que promete proteger os civis no seu território.
O anúncio foi feito quinta-feira em Nova Iorque por Youssef Mahmoud, representante especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e chefe da Missão das ONU na RCA e no Tchad (MINURCAT) quando apresentava um relatório sobre a sua missão nestes dois países ao COnselho de Segurança da ONU.
Ele disse naquela ocasião que as forças militares tchadianas deverão garantir a segurança no país uma vez retirados os capacetes azuis no fim deste ano.
"Até ao fim de Outubro corrente, todas as tarefas administrativas serão transferidas para o Destacamento Integrado de Segurança (DIS) formado pelas Nações Unidas", indicou quinta-feira Youssef Mahmoud.
"Estamos a fazer tudo para terminarmos esta retirada o mais tardar a 31 de Dezembro próximo.
O Governo tchadiano está a assumir a sua responsabilidade pela proteção dos civis.
No entanto, apesar de uma melhoria da segurança, a situação continua preocupante no Tchad", alertou.
Quanto à situação na vizinha RCA, o responsável onusino declarou-se preocupado com a retirada iminente da MINURCAT.
Ele sublinhou que "a situação de segurança no nordeste do país permanece instável e a capacidade do Governo para manter a segurança na zona está limitada".
Mahmoud indicou também que "assaltantes, supostamente insurretos do Exército de Resistência do Senhor (LRA), rebelião ugandesa, atacaram a cidade de Birao a 10 de Outubro último, pilhando bens da população e raptando 19 pessoas.
"Entre as seis vítimas que se escaparam figuram duas raparigas de 19 anos de idade cada que disseram ter sido violadas", informou.
Segundo o representante onusino, "para evitar um vazio de segurança após a partida da MINURCAT, tudo deve ser feito para ajudar o Governo centro-africano a desdobrar forças suplementares em Birao".
No seu último relatório sobre a MINURCAT, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, frisou que, duma forma geral, a situação de segurança no nordeste da RCA continua marcada por um conflito interretnico e por atividades criminais na fronteira e além-fronteira.
Para reduzir o impacto da retirada da MINURCAT desta zona, Ki- moon propôs a manutenção de uma força de manutenção da paz das Nações Unidas no nordeste da RCA que vai proteger a zona contra a insegurança, bem como garantir a segurança dos atores humanitários até que o Governo instale uma força nacional adequada.
A segunda opção visa reforçar os esforços de instalação de forças nacionais com vista a garantir a segurança e o Estado de direito, preconizando medidas imediatas de reforço das capacidades das forças armadas nacionais no nordeste do país, sugeriu o SG da ONU.
Com base na sua avaliação da situação e da posição do Governo centro-africano, ele disse acreditar que a segunda opção é mais apropriada.
Atualmente, oito instituições das Nações Unidas e 70 Organizações Não-Governamentais (ONG) estão desdobradas no Tchad para ajudar e proteger 262 mil refugiados sudaneses, 68 mil outros provenientes da RCA bem como 168 mil deslocados internos, 48 mil candidatos ao regresso e cerca de 150 mil membros das comunidades acolhedores.
A MINURCAT foi criada em 2007 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para garantir a proteção dos civis e facilitar o acesso à ajuda humanitária para milhares de pessoas que deixaram suas famílias devido à insegurança nos dois países bem como no vizinho Congo.
O Conselho de Segurança optou, em Maio último, pelo fim da missão onusina o mais tardar a 31 de Dezembro, a pedido do Governo tchadiano que promete proteger os civis no seu território.