PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ministros da CEDEAO aprovam proposta de vice-presidência para Cabo Verde
Praia- Cabo Verde (PANA) -- A proposta para Cabo Verde ocupar a vice- presidência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) foi o único ponto de consenso na reunião do Conselho de Ministros que prepara a 38ª Cimeira dos Chefe de Estado e de Governo da organização prevista para esta sexta-feira na ilha cabo-verdiana do Sal, soube a PANA de fonte diplomática.
Falando à imprensa no final da reunião de 12 horas dos chefes da diplomacia da CEDEAO, o ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, José Brito, explicou houve reservas nas propostas do Comité Ad Hoc, constituído pela Nigéria, pela Côte d'Ivoire e por Cabo Verde, no que diz respeito à designação dos países que vão passar a ocupar os cargos de presidente e comissários da organização sub-regional oeste-africana.
"É o próprio processo de decisão que cria esta situação", disse José Brito, precisando que, neste caso, é suficiente um único país criar reservas para não se chegar a consenso.
"Não conseguimos convencer este país", precisou.
Embora o chefe da diplomacia cabo-verdiana não tenha revelado o nome do país que inviabilizou a proposta do Comité Ad Hoc, sabe-se que o facto de ter manifestado à ultima da hora a intenção de ocupar uma das vagas na Comissão terá afastado o consenso entre os chefes da diplomacia sobre os critérios dos novos cargos da organização.
À partida para o Conselho de Ministros da CEDEAO, a Guiné-Bissau não tinha direito ao uso da palavra nem à eleição para nenhum cargo na organização, dado que tinha as quotas em atraso.
No entanto, Bissau revelou, no início do encontro, que tinha pago um terço do montante em causa e que, como tal, voltaria a estar habilitado não só a falar como a eleger representantes para a Comissão, exigindo a nomeação de um comissário, tal como lhe fora prometido há quatro anos.
Esta exigência terá surpreendido as delegações participantes, uma vez que o relatório do Comité Ad Hoc, criado em Fevereiro, estava concluído e aguardava- se uma votação pacífica.
De acordo fontes diplomáticas que participaram na reunião, a partir da exigência da Guiné-Bissau, a Nigéria, o Burkina Faso, o Senegal e o Gana - este último ocupa a presidência e vice-presidência da Comissão - entraram em discussões, que levaram à inviabilização de um consenso.
"O impasse vai ser agora desbloqueado na Cimeira (dos Chefes de estado e de Governo), pois a decisão final terá de ser política", indicaram as fontes, coincidentes na opinião de que "a guerra das nomeações" está também a inviabilizar a discussão de outros temas importantes para a CEDEAO, como a paz e segurança na sub-região.
A rotatividade na presidência da CEDEAO e a eleição dos novos órgãos da Comissão, incluindo os nomes para as presidências do Parlamento e do Tribunal de Justiça, bem como do "Controlador Financeiro", serão assim discutidas na cimeira, uma vez que os chefes da diplomacia já nem sequer se vão reunir, nem separada nem informalmente, garantiram as fontes.
Falando à imprensa no final da reunião de 12 horas dos chefes da diplomacia da CEDEAO, o ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, José Brito, explicou houve reservas nas propostas do Comité Ad Hoc, constituído pela Nigéria, pela Côte d'Ivoire e por Cabo Verde, no que diz respeito à designação dos países que vão passar a ocupar os cargos de presidente e comissários da organização sub-regional oeste-africana.
"É o próprio processo de decisão que cria esta situação", disse José Brito, precisando que, neste caso, é suficiente um único país criar reservas para não se chegar a consenso.
"Não conseguimos convencer este país", precisou.
Embora o chefe da diplomacia cabo-verdiana não tenha revelado o nome do país que inviabilizou a proposta do Comité Ad Hoc, sabe-se que o facto de ter manifestado à ultima da hora a intenção de ocupar uma das vagas na Comissão terá afastado o consenso entre os chefes da diplomacia sobre os critérios dos novos cargos da organização.
À partida para o Conselho de Ministros da CEDEAO, a Guiné-Bissau não tinha direito ao uso da palavra nem à eleição para nenhum cargo na organização, dado que tinha as quotas em atraso.
No entanto, Bissau revelou, no início do encontro, que tinha pago um terço do montante em causa e que, como tal, voltaria a estar habilitado não só a falar como a eleger representantes para a Comissão, exigindo a nomeação de um comissário, tal como lhe fora prometido há quatro anos.
Esta exigência terá surpreendido as delegações participantes, uma vez que o relatório do Comité Ad Hoc, criado em Fevereiro, estava concluído e aguardava- se uma votação pacífica.
De acordo fontes diplomáticas que participaram na reunião, a partir da exigência da Guiné-Bissau, a Nigéria, o Burkina Faso, o Senegal e o Gana - este último ocupa a presidência e vice-presidência da Comissão - entraram em discussões, que levaram à inviabilização de um consenso.
"O impasse vai ser agora desbloqueado na Cimeira (dos Chefes de estado e de Governo), pois a decisão final terá de ser política", indicaram as fontes, coincidentes na opinião de que "a guerra das nomeações" está também a inviabilizar a discussão de outros temas importantes para a CEDEAO, como a paz e segurança na sub-região.
A rotatividade na presidência da CEDEAO e a eleição dos novos órgãos da Comissão, incluindo os nomes para as presidências do Parlamento e do Tribunal de Justiça, bem como do "Controlador Financeiro", serão assim discutidas na cimeira, uma vez que os chefes da diplomacia já nem sequer se vão reunir, nem separada nem informalmente, garantiram as fontes.