PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ministro malawiano das Finanças tranquiliza doadores após desvio de fundos
Bruxelas, Bélgica (PANA) – O novo ministro das Finanças do Malawi, Maxwell Mkwezalamba, desloca-se na próxima semana para Bruxelas (Bélgica) no quadro duma missão durante a qual ele negociará para o seu país um acordo de financiamento de 560 milhões de euros para os próximos sete anos no quadro do 11º Fundo Europeu de Desenvolvimento (2014-2020).
As negociações realizaram-se numa altura em que a maior parte dos parceiros de desenvolvimento do Malawi, dos quais a União Europeia (UE), suspenderam os seus apoios orçamentais na sequência dum desvio sem precedentes de fundos públicos na sede do Governo, Capital Hill, batizado « cashgate » pela imprensa.
O escândalo eclodiu na sequência da tentativa de assassinato, a 13 de setembro passado, do diretor do Orçamento, Pal Mphiyo, diante da sua casa em Lilongwe.
Esta tentativa frustrada contra o jovem tecnocrata despoletou o escândalo e permitiu descobrir que funcionários possuíam milhões escondidos nas suas casas.
Mais de 10 funcionários e empresários foram detidos e julgados por fraude, corrupção e desvio de fundos.
A Presidente malawiana, Joyce Banda, demitiu o seu Governo em outubro último na sequência deste escândalo financeiro, o mais grave desde a reintrodução da democracia multipartidária no Malawi em 1994.
« Esta missão representa ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade », declarou a embaixadora do Malawi junto da UE, Brave Ndisale, numa entrevista exclusiva à PANA em Bruxelas.
Ndisale, que representa também o Malawi na Bélgica, em França, na Itália, no Luxemburgo, nos Países Baixos e na Suíça, afirma que estas negociações serão um «desafio », visto que o escândalo « cashgate » ainda é recente.
No entanto, ela julga que é uma « oportunidade » para o Malawi, pois após a eclosão deste caso o Governo mostrou que ele não iria ficar sem reagir.
« O Governo atual descobriu a questão da corrupção e está a fazer face a este fenómeno. A fraude foi descoberta e o Governo reconheceu-a e levou as coisas a sério para assumir as suas responsabilidades », afirmou a diplomata malawiana.
Segundo ela, depois de reconhecer que houve um problema, a forma como o Governo deve fazer face a esta situação é muito importante para o futuro das relações com os parceiros de desenvolvimento, dos quais a UE.
« A forma como resolvemos o problema é uma oportunidade », disse.
« Todos estão a olhar para o Malawi. Nós devemos não apenas enviar uma mensagem política, mas devemos demonstrar como resolvemos a questão a curto e longo prazos”, acrescentou.
Para Ndisale, os doadores estão prontos para ouvir o ministro das Finanças, que é esperado a 1 de dezembro próximo em Bruxelas e que tem a oportunidade de defender o dossiê do Malawi diante dos 28 membros do bloco económico europeu.
« É um desafio ao mesmo tempo uma oportunidade e tenho confiança no Dr. Nkwezalamba », disse a diplomata malawiana, falando do ex-comissário da União Africana para os Assuntos Económicos.
Nkwezalamba e a sua delegação vão encontrar-se com os comissários da UE, incluindo o encarregue do Desenvolvimento, Andris Pielbags.
Ele apresentará o dossiê do Malawi para o 11º Fundo Europeu de Desenvolvimento, que estará orientado para os setores da agricultura, da segurança alimentar, da governação e da educação, incluindo o desenvolvimento de colégios técnicos entre 2014 e 2020.
A Presidente do Malawi, que, ironia da sorte, teve de anular a sua visita a Bruxelas onde ela devia participar na Jornada Europeia de Desenvolvimento, terça e quarta-feira últimas, por causa de restrições orçamentais, designou o ministro das Finanças para lhe ajudar a restabelecer a confiança num Ministério onde biliões de kwachas foram desviados em contratos inexistentes.
-0- PANA RT/SEG/NFB/JSG/FK/TON 29nov2013
As negociações realizaram-se numa altura em que a maior parte dos parceiros de desenvolvimento do Malawi, dos quais a União Europeia (UE), suspenderam os seus apoios orçamentais na sequência dum desvio sem precedentes de fundos públicos na sede do Governo, Capital Hill, batizado « cashgate » pela imprensa.
O escândalo eclodiu na sequência da tentativa de assassinato, a 13 de setembro passado, do diretor do Orçamento, Pal Mphiyo, diante da sua casa em Lilongwe.
Esta tentativa frustrada contra o jovem tecnocrata despoletou o escândalo e permitiu descobrir que funcionários possuíam milhões escondidos nas suas casas.
Mais de 10 funcionários e empresários foram detidos e julgados por fraude, corrupção e desvio de fundos.
A Presidente malawiana, Joyce Banda, demitiu o seu Governo em outubro último na sequência deste escândalo financeiro, o mais grave desde a reintrodução da democracia multipartidária no Malawi em 1994.
« Esta missão representa ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade », declarou a embaixadora do Malawi junto da UE, Brave Ndisale, numa entrevista exclusiva à PANA em Bruxelas.
Ndisale, que representa também o Malawi na Bélgica, em França, na Itália, no Luxemburgo, nos Países Baixos e na Suíça, afirma que estas negociações serão um «desafio », visto que o escândalo « cashgate » ainda é recente.
No entanto, ela julga que é uma « oportunidade » para o Malawi, pois após a eclosão deste caso o Governo mostrou que ele não iria ficar sem reagir.
« O Governo atual descobriu a questão da corrupção e está a fazer face a este fenómeno. A fraude foi descoberta e o Governo reconheceu-a e levou as coisas a sério para assumir as suas responsabilidades », afirmou a diplomata malawiana.
Segundo ela, depois de reconhecer que houve um problema, a forma como o Governo deve fazer face a esta situação é muito importante para o futuro das relações com os parceiros de desenvolvimento, dos quais a UE.
« A forma como resolvemos o problema é uma oportunidade », disse.
« Todos estão a olhar para o Malawi. Nós devemos não apenas enviar uma mensagem política, mas devemos demonstrar como resolvemos a questão a curto e longo prazos”, acrescentou.
Para Ndisale, os doadores estão prontos para ouvir o ministro das Finanças, que é esperado a 1 de dezembro próximo em Bruxelas e que tem a oportunidade de defender o dossiê do Malawi diante dos 28 membros do bloco económico europeu.
« É um desafio ao mesmo tempo uma oportunidade e tenho confiança no Dr. Nkwezalamba », disse a diplomata malawiana, falando do ex-comissário da União Africana para os Assuntos Económicos.
Nkwezalamba e a sua delegação vão encontrar-se com os comissários da UE, incluindo o encarregue do Desenvolvimento, Andris Pielbags.
Ele apresentará o dossiê do Malawi para o 11º Fundo Europeu de Desenvolvimento, que estará orientado para os setores da agricultura, da segurança alimentar, da governação e da educação, incluindo o desenvolvimento de colégios técnicos entre 2014 e 2020.
A Presidente do Malawi, que, ironia da sorte, teve de anular a sua visita a Bruxelas onde ela devia participar na Jornada Europeia de Desenvolvimento, terça e quarta-feira últimas, por causa de restrições orçamentais, designou o ministro das Finanças para lhe ajudar a restabelecer a confiança num Ministério onde biliões de kwachas foram desviados em contratos inexistentes.
-0- PANA RT/SEG/NFB/JSG/FK/TON 29nov2013