PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ministro líbio dos Negócios Estrangeiros contra intervenção militar prolongada no Mali
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – O ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Mohammed Abdul Aziz, advertiu quinta-feira que a operação militar destinada a restabelecer o poder do Estado no norte do Mali deve ser levada a cabo durante menos tempo possível para evitar a complicação duma situação de segurança já precária na região da África do Norte.
"A nossa própria situação de segurança interna preocupa-nos muito, na sequência desta operação militar no Mali. Temos de nos assegurar que esta operação militar não agrave a nossa situação interna pelo deslocamento de refugiados e pelo tráfico de armas", disse Abdul Aziz à imprensa em Addis Abeba, na Etiópia.
A Líbia e a Argélia têm uma fronteira comum com o Mali, onde se estabeleceram vários mercenários armados que teriam combatido ao lado do ex-dirigente líbio, Muamar Kadafi, durante a guerra civil no seu país.
Abdul Aziz disse que a Líbia estava disposta a conceder todo o seu apoio diplomático à resolução da crise no Mali. Inicialmente, ela era favorável ao diálogo e à intervenção não militar para evitar as consequências negativas duma operação militar.
No entanto, na sequência do lançamento da ofensiva militar francesa contra os grupos islamitas armados no norte do Mali, o ministro líbio disse que Tripoli mudou ligeiramente a sua posição oficial, para permitir à operação armada resistir ao avanço dos rebeldes e restabelecer a autoridade do Estado no Mali.
"França pediu apoio para levar a cabo esta operação, sem fazer vítimas civis. Estamos preocupados com o facto de que uma operação militar prolongada crie fluxo de mercenários e de refugiados", disse Abdul Aziz.
Todavia, ele avisou que "a comunidade internacional está totalmente engajada. Temos de elaborar um calendário para uma operação de manutenção da paz da ONU sem a qual será difícil conter a situação".
As tropas africanas, no quadro da Missão Internacional de Apoio ao Mali (MISMA), começaram a ser dedobradas para ajudar as forças malianas a retomar o norte que se encontra nas mãos dos rebeldes islamitas há cerca de 10 meses.
Por outro lado, as autoridades líbias anunciaram que Tripoli estava pronta a participar na reunião da angariamento de fundos para a MISMA, prevista para 29 de janeiro em Addis Abeba.
O ministro líbio dos Negócios Estrangeiros disse que a situação no Mali não apenas necessita a implicação dos parceiros bilaterais, como também a criação duma rede de segurança mais larga para a enfrentar.
"Não se pode falar duma operação como esta sem outros elementos chaves. Temos de reforçar o apoio regional, incluindo o dos parceiros da CEDEAO", concluiu o chefe da diplomacia líbia.
-0- PANA AO/SEG/FJG/SSB/SOC/CJB/TON 25jan2013
"A nossa própria situação de segurança interna preocupa-nos muito, na sequência desta operação militar no Mali. Temos de nos assegurar que esta operação militar não agrave a nossa situação interna pelo deslocamento de refugiados e pelo tráfico de armas", disse Abdul Aziz à imprensa em Addis Abeba, na Etiópia.
A Líbia e a Argélia têm uma fronteira comum com o Mali, onde se estabeleceram vários mercenários armados que teriam combatido ao lado do ex-dirigente líbio, Muamar Kadafi, durante a guerra civil no seu país.
Abdul Aziz disse que a Líbia estava disposta a conceder todo o seu apoio diplomático à resolução da crise no Mali. Inicialmente, ela era favorável ao diálogo e à intervenção não militar para evitar as consequências negativas duma operação militar.
No entanto, na sequência do lançamento da ofensiva militar francesa contra os grupos islamitas armados no norte do Mali, o ministro líbio disse que Tripoli mudou ligeiramente a sua posição oficial, para permitir à operação armada resistir ao avanço dos rebeldes e restabelecer a autoridade do Estado no Mali.
"França pediu apoio para levar a cabo esta operação, sem fazer vítimas civis. Estamos preocupados com o facto de que uma operação militar prolongada crie fluxo de mercenários e de refugiados", disse Abdul Aziz.
Todavia, ele avisou que "a comunidade internacional está totalmente engajada. Temos de elaborar um calendário para uma operação de manutenção da paz da ONU sem a qual será difícil conter a situação".
As tropas africanas, no quadro da Missão Internacional de Apoio ao Mali (MISMA), começaram a ser dedobradas para ajudar as forças malianas a retomar o norte que se encontra nas mãos dos rebeldes islamitas há cerca de 10 meses.
Por outro lado, as autoridades líbias anunciaram que Tripoli estava pronta a participar na reunião da angariamento de fundos para a MISMA, prevista para 29 de janeiro em Addis Abeba.
O ministro líbio dos Negócios Estrangeiros disse que a situação no Mali não apenas necessita a implicação dos parceiros bilaterais, como também a criação duma rede de segurança mais larga para a enfrentar.
"Não se pode falar duma operação como esta sem outros elementos chaves. Temos de reforçar o apoio regional, incluindo o dos parceiros da CEDEAO", concluiu o chefe da diplomacia líbia.
-0- PANA AO/SEG/FJG/SSB/SOC/CJB/TON 25jan2013