PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ministro demissionário diz-se humilhado e abandona Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Depois de ser forçado à demissão na quinta-feira passada pelos seus colaboradores que o acusavam de ser um ex-recluso e um falsário, o ex-ministro burkinabe da Infraestrutura, Moumouni Dieguimdé, declarou sentir-se "humilhado" e, por conseguinte, pronto a deixar o país com destino ao Canadá.
"Fui humilhado no meu próprio país, eu volto para o Canadá para continuar a servir o Burkina Faso", indignou-se numa entrevista concedida ao decano dos diários burkinabes ‘’L’Observateur Paalga’’, pouco depois da sua demissão do Governo.
"Volto para o Canadá para me juntar à minha família e retomar o meu trabalho de embaixador permanente do Burkina Faso pelos Estados da África Ocidental junto do Conselho da Organização Internacional da Aviação Civil Internacional (OACI)", acrescentou.
Desde a sua nomeação, ele era acusado por manifestantes de ser um ex-prisioneiro e um falsificador, partindo de um artigo intitulado "Um ex-prisioneiro no Governo Zida" saído no bimensário de investigação "O Reporter", publicado em meados de dezembro passado, e segundo o qual "o ministro andou na prisão nos Estados Unidos por falsificação de documentos."
"Apesar de ter havido uma condenação de quatro meses, eu não fui o condenado de 1996", defendeu-se o ex-ministro.
Os funcionários do Ministério dizem-se satisfeitos com esta demissão mas que continuarão "vigilantes".
"Diéguimdé partiu, mas, se as autoridades nos derem um outro ministro que não cumpre os termos da Carta de Transição, vamos manifestar-nos", disse à PANA o representante do pessoal, M'bi Yaméogo
O Burkina Faso, país do Sahel de 17 milhões de habitantes, viveu uma insurreição em finais de outubro que derrubou o antigo regime de 27 anos de Blaise Compaoré.
Um Governo de transição de 26 ministros e um Conselho de Transição de 90 membros foram criados para assumir a gestão dos assuntos correntes até à realização de eleições presidenciais e legislativas em novembro próximo.
Desde o início da transição, o Governo enfrenta contestações das populações, tendo dois ministros e vários chefes de empresas públicas e privadas sido demitidos por pressão da rua.
Os membros do Conselho Nacional de Transição (que faz a vez de Parlamento), cujos emolumentos de mais de um milhão e meio de francos CFA tinham sido fortemente contestados pelas populações, reviram sábado o seu salário em baixa em 30 porcento.
-0- PANA NDT/DIM/IZ 13jan2015
"Fui humilhado no meu próprio país, eu volto para o Canadá para continuar a servir o Burkina Faso", indignou-se numa entrevista concedida ao decano dos diários burkinabes ‘’L’Observateur Paalga’’, pouco depois da sua demissão do Governo.
"Volto para o Canadá para me juntar à minha família e retomar o meu trabalho de embaixador permanente do Burkina Faso pelos Estados da África Ocidental junto do Conselho da Organização Internacional da Aviação Civil Internacional (OACI)", acrescentou.
Desde a sua nomeação, ele era acusado por manifestantes de ser um ex-prisioneiro e um falsificador, partindo de um artigo intitulado "Um ex-prisioneiro no Governo Zida" saído no bimensário de investigação "O Reporter", publicado em meados de dezembro passado, e segundo o qual "o ministro andou na prisão nos Estados Unidos por falsificação de documentos."
"Apesar de ter havido uma condenação de quatro meses, eu não fui o condenado de 1996", defendeu-se o ex-ministro.
Os funcionários do Ministério dizem-se satisfeitos com esta demissão mas que continuarão "vigilantes".
"Diéguimdé partiu, mas, se as autoridades nos derem um outro ministro que não cumpre os termos da Carta de Transição, vamos manifestar-nos", disse à PANA o representante do pessoal, M'bi Yaméogo
O Burkina Faso, país do Sahel de 17 milhões de habitantes, viveu uma insurreição em finais de outubro que derrubou o antigo regime de 27 anos de Blaise Compaoré.
Um Governo de transição de 26 ministros e um Conselho de Transição de 90 membros foram criados para assumir a gestão dos assuntos correntes até à realização de eleições presidenciais e legislativas em novembro próximo.
Desde o início da transição, o Governo enfrenta contestações das populações, tendo dois ministros e vários chefes de empresas públicas e privadas sido demitidos por pressão da rua.
Os membros do Conselho Nacional de Transição (que faz a vez de Parlamento), cujos emolumentos de mais de um milhão e meio de francos CFA tinham sido fortemente contestados pelas populações, reviram sábado o seu salário em baixa em 30 porcento.
-0- PANA NDT/DIM/IZ 13jan2015