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Ministério Público justifica detenção de senador na Mauritânia

Nouakchott, Mauritânia (PANA) – A Procuradoria Geral junto do Tribunal Supremo da Mauritânia justificou a detenção do senador Mohamed Ould Ghadda por "homicídio e ofensas corporais involuntárias", na sequência dum acidente de viação em que o seu carro não tinha seguro.

Numa declaração publicada esta quarta-feira, o Ministério Público explica que Mohamed Ahmed Ould Ghadda está a ser perseguido em virtude de um "processo de flagrante delito por homicídio e ofensas corporais involuntárias, condução sem seguro", factos previstos e puníveis pelo Código Penal (CP) e pela lei lei 20/76 relativa à obrigação de seguro.

Este senador está detido a título preventivo na cadeia civil de Rosso (200 quilómetros a sul de Nouakchott), com base nas disposições dos artigos 46º e 64º do Código de Processo Penal (CPP) e artigo 50 da Constituição mauritana.

A Câmara Criminal do Tribunal de Rosso ordenou a suspensão da ação, a 17 de maio último, na sequência dum pedido apresentado pela Câmara Parlamentar a que pertence o senador, transmitido pelo Ministério Público, baseando-se na última alínea do artigo 50 da Constituição.

Após o encerramento da sessão parlamentar, a 7 de julho de 2017, a mesma jurisdição ordenou a retomada da ação, indica a declarão da Procuradoria Geral.

O senador Ould Ghadda, lembre-se, é o principal animador da contestação contra o projeto de revisão constitucional iniciado pelo Presidente mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz.

Ele é igualmente o instigador duma comissão de inquérito do Senado sobre a origem dos fundos duma fundação criada por um membro da família presidencial.

É acusado de ter provocado um acidente rodoviário que causou a morte duma mulher em estado de gravidez, no início de maio último, na estrada Nouakchott/Rosso.

-0- PANA SAS/IS/IBA/FK/IZ 12julho2017