PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Militares pregam novo susto com revista à casa de ministro em Bissau
Bissau- Guiné-Bissau (PANA) – Como que a confirmar- os receios de “caça às bruxas” contra os seguidores do finado Presidente João Bernardo “Nino” Vieira da Guiné-Bissau, militares fortemente armados revistaram sábado a casa do ministro bissau-guineense da Administração Territorial, Basiro Dabu, em Bissau, alegadamente para prender um dos seus guardas.
Desde as mortes brutais de Nino Vieira e do chefe do Estado-Maior- General das Forças Armadas, o tenente-general Batista Tagme Na Waie, respectivamente a 2 e a 1 de Março corrente, todos os conselheiros e outros colaboradores directos do primeiro continuam escondidos e inacessíveis por temerem pelas suas vidas, segundo as informações disponíveis.
Numa cidade cujos habitantes passaram a assemelhar-se ao “gato escaldado” que até da água fria tem medo, esta nova investida dos militares acabou por pregar um novo susto que só viria a “dissipar- se” mais tarde depois dos depoimentos públicos do ministro visado.
Um susto que, embora efémero e “involuntário”, foi suficiente para criar o pânico entre os citadinos de Bissau que começam a ensaiar o retorno à normalidade enquanto enlutados pelo duplo desaparecimento do seu Presidente e do chefe das Forças Armadas.
O pânico voltou a apoderar-se da cidade já ao fim da tarde, quando, de repente, as ruas ficaram preenchidas por militares armados que “protegiam” a passagem duma caravana escoltada da qual os citadinos vieram a saber, mais tarde, que se tratava, da transladação do corpo de Na Waie da morgue do Hospital Nacional Simão Mendes para a sua residência.
A incursão à casa de Basiro Dabu, situada no Bairro da Ajuda, nas periferias de Bissau, deu-se pelas primeiras horas de sábado e deixou no ar especulações de uma eventual tentativa de assassinato do ministro até que este último veio tentar “desdramatizar” o facto na imprensa.
Mas, pelo menos, ele confirmou que um grupo de militares armados apareceu abruptamente em sua casa, exigindo que lhes fosse permitido o acesso ao interior da mesma mas, segundo alguns analistas, o ministro não foi “suficientemente convincente” quanto à possibilidade de ser ele próprio a pessoa procurada a julgar pela hora que a casa foi visitada, à madrugada.
Segundo o ministro, que falava em conferência de imprensa sábado à tarde, em Bissau, os militares que “visitaram” a sua casa fizeram-no por ordens do porta-voz e coordenador do Comité Militar que está a gerir as Forças Armadas, capitão de fragata José Zamora Induta.
Disse ter conversado por telefone com Induta quem lhe confirmou que a tropa presente no seu quintal tinha ordens superiores para revistar a casa e “prender um dos meus guardas”, procurado, aparentemente, no quadro do inquérito militar em curso sobre a morte de Tagme Na Waie.
“Eles vieram armados de bazucas e metralhadoras mas só entraram em minha casa depois do meu consentimento”, disse o governante, explicando que ele teria transmitido a sua aprovação através da sua esposa porque, na altura, ele pessoalmente se encontrava ausente.
Revelou ter recebido, algumas horas depois, a visita do primeiro- ministro Carlos Gomes Júnior e de outros membros do Governo que, segundo ele, foram manifestar-lhe a sua solidariedade na sequência desta incursão ao seu domicílio.
Instado sobre uma eventual ligação entre esta invasão e os rumores persistentes sobre um eventual plano de perseguição das principais figuras próximas de Nino Vieira, o ministro da Administração Territorial disse, peremptório, não temer intimidações se for o caso.
Descartou qualquer intenção de abandonar o país por receio de ser eliminado devido às suas fortes ligações a Nino Vieira, afirmando ter assumido um forte compromisso com a Guiné-Bissau e com o seu povo pelo que, insistiu, “estou disposto a dar a minha vida por este país”.
Curiosamente, estas palavras de Dabu, conhecido como um dos mais indefectíveis aliados de Nino Vieira, teriam sido basicamente as mesmas que este último pronunciou nos seus derradeiros momentos “quando pressentiu que algo estranho estava para acontecer”.
Segundo fontes familiares, foi exactamente nesses termos que ele se exprimiu diante de conselhos de pessoas amigas e outras individualidades que propuseram a sua retirada da sua residência para um sítio menos exposto, na sequência do assassinato de Tagme Na Waie no atentado à bomba que destruiu parcialmente o Quartel General das Forças Armadas.
Basiro Dabu que já exerceu também as funções de ministro do Interior chegou a ser conselheiro do Presidente Nino Vieira para a Defesa e Segurança, antes de ser nomeado para o cargo que ocupa actualmente.
A incursão à sua residência coincidiu com informações, entretanto não confirmadas oficialmente, até à tarde de sábado, da detenção dos primeiros três presumíveis suspeitos de envolvimento na morte do general Batista Tagme Na Waie no quadro da comissão militar de inquérito que, aparentemente, vai passar a trabalhar em paralelo com uma outra criada pelo Governo para investigar sobre as duas mortes mas que ainda não começou a funcionar.
A comissão governamental criada segunda-feira passada, horas após o assassinato de Nino Vieira, é integrada por elementos do Ministério Público, da Polícia Judiciária e do Tribunal Militar.
Desde as mortes brutais de Nino Vieira e do chefe do Estado-Maior- General das Forças Armadas, o tenente-general Batista Tagme Na Waie, respectivamente a 2 e a 1 de Março corrente, todos os conselheiros e outros colaboradores directos do primeiro continuam escondidos e inacessíveis por temerem pelas suas vidas, segundo as informações disponíveis.
Numa cidade cujos habitantes passaram a assemelhar-se ao “gato escaldado” que até da água fria tem medo, esta nova investida dos militares acabou por pregar um novo susto que só viria a “dissipar- se” mais tarde depois dos depoimentos públicos do ministro visado.
Um susto que, embora efémero e “involuntário”, foi suficiente para criar o pânico entre os citadinos de Bissau que começam a ensaiar o retorno à normalidade enquanto enlutados pelo duplo desaparecimento do seu Presidente e do chefe das Forças Armadas.
O pânico voltou a apoderar-se da cidade já ao fim da tarde, quando, de repente, as ruas ficaram preenchidas por militares armados que “protegiam” a passagem duma caravana escoltada da qual os citadinos vieram a saber, mais tarde, que se tratava, da transladação do corpo de Na Waie da morgue do Hospital Nacional Simão Mendes para a sua residência.
A incursão à casa de Basiro Dabu, situada no Bairro da Ajuda, nas periferias de Bissau, deu-se pelas primeiras horas de sábado e deixou no ar especulações de uma eventual tentativa de assassinato do ministro até que este último veio tentar “desdramatizar” o facto na imprensa.
Mas, pelo menos, ele confirmou que um grupo de militares armados apareceu abruptamente em sua casa, exigindo que lhes fosse permitido o acesso ao interior da mesma mas, segundo alguns analistas, o ministro não foi “suficientemente convincente” quanto à possibilidade de ser ele próprio a pessoa procurada a julgar pela hora que a casa foi visitada, à madrugada.
Segundo o ministro, que falava em conferência de imprensa sábado à tarde, em Bissau, os militares que “visitaram” a sua casa fizeram-no por ordens do porta-voz e coordenador do Comité Militar que está a gerir as Forças Armadas, capitão de fragata José Zamora Induta.
Disse ter conversado por telefone com Induta quem lhe confirmou que a tropa presente no seu quintal tinha ordens superiores para revistar a casa e “prender um dos meus guardas”, procurado, aparentemente, no quadro do inquérito militar em curso sobre a morte de Tagme Na Waie.
“Eles vieram armados de bazucas e metralhadoras mas só entraram em minha casa depois do meu consentimento”, disse o governante, explicando que ele teria transmitido a sua aprovação através da sua esposa porque, na altura, ele pessoalmente se encontrava ausente.
Revelou ter recebido, algumas horas depois, a visita do primeiro- ministro Carlos Gomes Júnior e de outros membros do Governo que, segundo ele, foram manifestar-lhe a sua solidariedade na sequência desta incursão ao seu domicílio.
Instado sobre uma eventual ligação entre esta invasão e os rumores persistentes sobre um eventual plano de perseguição das principais figuras próximas de Nino Vieira, o ministro da Administração Territorial disse, peremptório, não temer intimidações se for o caso.
Descartou qualquer intenção de abandonar o país por receio de ser eliminado devido às suas fortes ligações a Nino Vieira, afirmando ter assumido um forte compromisso com a Guiné-Bissau e com o seu povo pelo que, insistiu, “estou disposto a dar a minha vida por este país”.
Curiosamente, estas palavras de Dabu, conhecido como um dos mais indefectíveis aliados de Nino Vieira, teriam sido basicamente as mesmas que este último pronunciou nos seus derradeiros momentos “quando pressentiu que algo estranho estava para acontecer”.
Segundo fontes familiares, foi exactamente nesses termos que ele se exprimiu diante de conselhos de pessoas amigas e outras individualidades que propuseram a sua retirada da sua residência para um sítio menos exposto, na sequência do assassinato de Tagme Na Waie no atentado à bomba que destruiu parcialmente o Quartel General das Forças Armadas.
Basiro Dabu que já exerceu também as funções de ministro do Interior chegou a ser conselheiro do Presidente Nino Vieira para a Defesa e Segurança, antes de ser nomeado para o cargo que ocupa actualmente.
A incursão à sua residência coincidiu com informações, entretanto não confirmadas oficialmente, até à tarde de sábado, da detenção dos primeiros três presumíveis suspeitos de envolvimento na morte do general Batista Tagme Na Waie no quadro da comissão militar de inquérito que, aparentemente, vai passar a trabalhar em paralelo com uma outra criada pelo Governo para investigar sobre as duas mortes mas que ainda não começou a funcionar.
A comissão governamental criada segunda-feira passada, horas após o assassinato de Nino Vieira, é integrada por elementos do Ministério Público, da Polícia Judiciária e do Tribunal Militar.