PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Militares participam em combate ao aumento de criminalidade em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - As Forças Armadas de Cabo Verde iniciaram terça-feira última ações de patrulhamento, em conjunto com a Polícia Nacional, no sentido de travar o aumento da criminalidade violenta no país, com especial incidência na ilha de Santiago, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte militar.
O recurso a militares para o patrulhamento diário e noturno na cidade da Praia, foi confirmado pelo chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, o general Adalberto Fernandes, na sequência de uma reunião, segunda-feira última, do novo ministro da Defesa Nacional, Rui Semedo, com a hierarquia da instituição militar.
Pronunciando-se esta assunto, Adalberto Fernandes explicou que o Governo tomou a decisão de colocar as Forças Armadas na rua a pedido da Polícia Nacional.
"Por conta desta onda de criminalidade que aumentou em Santiago, o Governo entendeu colocar as FA na rua”, disse a alta patente, frisando que a participação dos militares começa na Praia, mas se for solicitado o seu apoio noutras ilhas, onde têm bases, como São Vicente e Sal, “estamos disponíveis porque há uma diretiva do Governo nesse sentido”.
As Forças Armadas vão atuar de acordo com um Plano de Operações, segundo o qual, de dia, elas farão rondas apeadas junto com a Polícia Nacional devendo, de noite, usar viaturas próprias.
Esta não é a primeira vez que o Governo recorre aos militares para fazer face à onda de criminalidade que se regista nos últimos anos nos principais centros urbanos do pais.
A medida, apesar de merecer a concordância da população que se sente mais segura com a presença dos militares nos locais de residências, não é, todavia, vista com bons olhos por alguns setores da sociedade cabo-verdiana.
Para estes, a missão das Forças Armadas é garantir a segurança externa do país pelo que os militares não têm preparação necessária para atuarem na manutenção da ordem publica.
No entanto, face aos últimos crimes violentos e que se traduziram nomeadamente pelo assassinato da mãe da inspetora da Polícia Judiciária que coordenou a chamada operação “Lancha Voadora” que levou à detenção e condenação dos principais responsáveis dessa rede de tráfico de droga.
A opinião pública cabo-verdiana vem reclamando das autoridades pela tomada de atitudes mais firmes em relação a situações bastante graves que têm acontecido no país e que, segundo admitiu a própria ministra da Administração Interna, Maria Morais, assumem “caraterísticas de violência interpessoal”.
Maria Morais anunciou, semana passada, que o Governo de Cabo Verde vai aplicar um Plano Estratégico para combater a crescente criminalidade no país e analisar as respetivas causas.
A governante falava na apresentação do plano, da autoria do ministério que tutela, que visa garantir melhor segurança interna e reforçar as capacidades técnicas dos serviços que o integram.
Explicou que o plano vai dar corpo àquilo que tem sido a estratégia do MAI e do Governo, não só na parte repressiva, com intervenção no controlo direto do crime, mas também no trabalho integrado de prevenção à criminalidade.
A ministra cabo-verdiana salientou que o MAI tem trabalhado de forma transversal com parceiros ligados à educação, juventude, saúde, organização da sociedade civil e aos municípios, com ações efetivas no campo da prevenção para a diminuir a violência interpessoal e fatores que promovam o crime.
Para Marisa Morais, Cabo Verde é ainda um país seguro com níveis de criminalidade "relativamente baixos", mas é suficiente para perturbar toda a sociedade cabo-verdiana.
"A criminalidade tem sido aflitiva para a sociedade cabo-verdiana e o sentimento de insegurança tem aumentado", admitiu a ministra, salientando que tal é "perfeitamente compreensivo" porque a sociedade cabo-verdiana está pouco habituada a esse tipo de situações.
-0- PANA CS/DD 08out2014
O recurso a militares para o patrulhamento diário e noturno na cidade da Praia, foi confirmado pelo chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, o general Adalberto Fernandes, na sequência de uma reunião, segunda-feira última, do novo ministro da Defesa Nacional, Rui Semedo, com a hierarquia da instituição militar.
Pronunciando-se esta assunto, Adalberto Fernandes explicou que o Governo tomou a decisão de colocar as Forças Armadas na rua a pedido da Polícia Nacional.
"Por conta desta onda de criminalidade que aumentou em Santiago, o Governo entendeu colocar as FA na rua”, disse a alta patente, frisando que a participação dos militares começa na Praia, mas se for solicitado o seu apoio noutras ilhas, onde têm bases, como São Vicente e Sal, “estamos disponíveis porque há uma diretiva do Governo nesse sentido”.
As Forças Armadas vão atuar de acordo com um Plano de Operações, segundo o qual, de dia, elas farão rondas apeadas junto com a Polícia Nacional devendo, de noite, usar viaturas próprias.
Esta não é a primeira vez que o Governo recorre aos militares para fazer face à onda de criminalidade que se regista nos últimos anos nos principais centros urbanos do pais.
A medida, apesar de merecer a concordância da população que se sente mais segura com a presença dos militares nos locais de residências, não é, todavia, vista com bons olhos por alguns setores da sociedade cabo-verdiana.
Para estes, a missão das Forças Armadas é garantir a segurança externa do país pelo que os militares não têm preparação necessária para atuarem na manutenção da ordem publica.
No entanto, face aos últimos crimes violentos e que se traduziram nomeadamente pelo assassinato da mãe da inspetora da Polícia Judiciária que coordenou a chamada operação “Lancha Voadora” que levou à detenção e condenação dos principais responsáveis dessa rede de tráfico de droga.
A opinião pública cabo-verdiana vem reclamando das autoridades pela tomada de atitudes mais firmes em relação a situações bastante graves que têm acontecido no país e que, segundo admitiu a própria ministra da Administração Interna, Maria Morais, assumem “caraterísticas de violência interpessoal”.
Maria Morais anunciou, semana passada, que o Governo de Cabo Verde vai aplicar um Plano Estratégico para combater a crescente criminalidade no país e analisar as respetivas causas.
A governante falava na apresentação do plano, da autoria do ministério que tutela, que visa garantir melhor segurança interna e reforçar as capacidades técnicas dos serviços que o integram.
Explicou que o plano vai dar corpo àquilo que tem sido a estratégia do MAI e do Governo, não só na parte repressiva, com intervenção no controlo direto do crime, mas também no trabalho integrado de prevenção à criminalidade.
A ministra cabo-verdiana salientou que o MAI tem trabalhado de forma transversal com parceiros ligados à educação, juventude, saúde, organização da sociedade civil e aos municípios, com ações efetivas no campo da prevenção para a diminuir a violência interpessoal e fatores que promovam o crime.
Para Marisa Morais, Cabo Verde é ainda um país seguro com níveis de criminalidade "relativamente baixos", mas é suficiente para perturbar toda a sociedade cabo-verdiana.
"A criminalidade tem sido aflitiva para a sociedade cabo-verdiana e o sentimento de insegurança tem aumentado", admitiu a ministra, salientando que tal é "perfeitamente compreensivo" porque a sociedade cabo-verdiana está pouco habituada a esse tipo de situações.
-0- PANA CS/DD 08out2014