Militares encerram vias no centro administrativo de Conakry
Conakry, Guiné (PANA) - Os habitantes da capital guineense, Conakry, ficaram surpresos ao descobrir, sexta-feira de madrugada, que todas as ruas que dão à Comuna de Kaloum, sede do Palácio Presidencial, da Assembleia Nacional, do gabinete do primeiro-ministro e vários ministérios, bem como bancos, lojas, entre outros, foram encerrados por militares.
Segundo várias testemunhas contactadas pela PANA, os militares, que durante a noite tomaram de assalto a entrada de Kaloum, instam os peões, os condutores e motociclistas a caminho dos seus locais de trabalho a regressarem às suas casas.
As mesmas fontes explicam que uma tentativa de motim foi frustrada, na noite de quinta para sexta-feira, na Guarnição Militar de Kindia, a cerca de 130 quilómetros da capital.
Diz-se que jovens soldados pegaram em armas para libertar colegas seus presos desde março passado, por terem alegadamente tentado um golpe de Estado na véspera de dois escrutínios, legislativo e do referendário.
Os amotinados, que supostamente apreenderam armas pesadas, mataram Mamadi Condé, comandante do campo de Kèmè Bourama, em Kindia, onde um novo contingente de soldados recebeu recentemente a bandeira nacional, antes de partir para o Mali.
O novo contingente guineense será destacado, em Kidal (norte), no quadro do reforço da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA) para a qual a Guiné fornece tropas desde o ataque, em 2012, da parte norte do seu vizinho por tropas jihadistas.
-0- PANA AC/JSG/MAR/IZ 16out2020