Agência Panafricana de Notícias

Militantes antiesclavagistas denunciam atos de tortura no seu interrogatório

Nouakchott, Mauritânia (PANA) – Treze militantes da Iniciativa de Ressurgimento do Movimento Abolicionista (IRA), uma Organização não Governamental antiesclavagista mauritana, afirmaram, segunda-feira, terem sofrido atos de torturas durante o seu interrogatório em Tribunal, no quadro dum julgamento iniciado a 3 de agosto último.

Estes militantes antiesclavagistas foram detidos por vagas sucessivas e colocados em detenção preventiva conforme o procedimento de flagrante delito desde 1 de julho último.

As suas detenções seguiram-se a uma operação de expulsão de ocupantes dum bairro de Nouakchott que culminou em confrontos entre as forças da ordem e os ocupantes ilegais.

Eles estão a ser julgados num Tribunal Correcional por « violência e agressões contra agentes da força pública e pertença a uma organização não reconhecida ».

A defesa dos militantes da IRA contesta o procedimento do flagrante delito para indivíduos detidos nas suas casas, para alguns, ou no seu local de trabalho para outros.

Este julgamento sob alta tensão foi marcado por numerosos incidentes desde a abertura.

A Mauritânia integrou, há alguns meses, na sua legislação penal a tortura como crime contra a humanidade.

-0- PANA SAS/JSG/FK/IZ 16ago2016