PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Militantes antiesclavagistas condenados a diversas penas de prisão na Mauritânia
Nouakchott, Mauritânia (PANA) – Um Tribunal Criminal de Nouakchott condenou 13 militantes antiesclavagistas e sete ocupantes ilegais a penas de prisão efetiva que vão de três a 15 anos, num veredito proferido quinta-feira à noite, soube a PANA de fontes judiciais.
Os militantes antiesclavagistas em causa são membros da Iniciativa de Ressurgimento do Movimento Abolicionista (IRA), uma Organização não Governamental (ONG) muito ativa na luta contra « a escravatura » ou « as suas sequelas » na Mauritânia.
Os militantes condenados foram declarados culpados de “ revolta, ajuntamento armado e agressão contra a força pública”.
Na origem deste caso, lembre-se, esteve uma operação de expulsão de ocupantes, todos antigos escravos, que ocupavam uma vasta área da comuna de Ksar, em Nouakchott, que culminou em confrontos entre forças da ordem e os sem-abrigo, com um balanço de vários feridos e de importantes danos materiais, segundo a tese das autoridades.
De acordo com os reclusos, o coletivo dos advogados de defesa retirou-se do caso antes do veredito de quinta-feira à noite para protestar contra uma decisão do Tribunal Criminal que se declara « incompetente » para estatuir sobre uma queixa contra elementos da Polícia, por alegações de torturas durante a sua detenção preventiva.
« O veredito foi proferido em condições que não garantem um julgamento equitativo e constitui uma verdadeira regressão da Justiça. Tudo foi feito para censurar os militantes da IRA. Vamos interpor recurso contra a decisão do Tribunal Criminal », anunciou Brahim Ould Ebetty, um dos advogados de defesa.
-0- PANA SAS/JSG/FK/IZ 19ago2016
Os militantes antiesclavagistas em causa são membros da Iniciativa de Ressurgimento do Movimento Abolicionista (IRA), uma Organização não Governamental (ONG) muito ativa na luta contra « a escravatura » ou « as suas sequelas » na Mauritânia.
Os militantes condenados foram declarados culpados de “ revolta, ajuntamento armado e agressão contra a força pública”.
Na origem deste caso, lembre-se, esteve uma operação de expulsão de ocupantes, todos antigos escravos, que ocupavam uma vasta área da comuna de Ksar, em Nouakchott, que culminou em confrontos entre forças da ordem e os sem-abrigo, com um balanço de vários feridos e de importantes danos materiais, segundo a tese das autoridades.
De acordo com os reclusos, o coletivo dos advogados de defesa retirou-se do caso antes do veredito de quinta-feira à noite para protestar contra uma decisão do Tribunal Criminal que se declara « incompetente » para estatuir sobre uma queixa contra elementos da Polícia, por alegações de torturas durante a sua detenção preventiva.
« O veredito foi proferido em condições que não garantem um julgamento equitativo e constitui uma verdadeira regressão da Justiça. Tudo foi feito para censurar os militantes da IRA. Vamos interpor recurso contra a decisão do Tribunal Criminal », anunciou Brahim Ould Ebetty, um dos advogados de defesa.
-0- PANA SAS/JSG/FK/IZ 19ago2016