PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Migrantes sub-sarianos vendidos como escravos no sul da Líbia, segundo OIM
Genebra, Suíça (PANA) - Funcionários da Organização Internacional para as Migrações (OIM) no Níger e na Líbia indicaram ter registado "terríveis atos" contra os migrantes na África do Norte, região que qualificaram de "mercado de escravos" onde centenas de jovens africanos com destino à Líbia são torturados.
Segundo os mesmos funcionários, citados terça-feira pela Rádio ONU, a venda e a compra de migrantes vindos da África ao sul do Sara decorre no sul da Líbia com o apoio de pessoas vindas do Gana e do Níger que deviam, em princípio, ajudar os migrantes a chegar aos seus destinos.
A OIM recolheu estas informações junto de migrantes regressados da Líbia e que passam por pontos de controlo geridos pela OIM, situados em Niamey e em Agadez, no Níger.
Estes migrantes afirmaram terem sido objeto de ameaça de venda como escravos na cidade líbia de Sebha (sul) por motoristas e populações locais que os obrigavam a trabalhar na cidade, mas que, em vez de lhes pagar, eles vendiam-nos a outros compradores.
No mesmo registo, o chefe do gabinete da OIM na Líbia, Othman al-Bilbissi, afirmou durante, uma conferência de imprensa organizada em Genebra, que os migrantes são como mercadorias nos mercados e vivem uma verdadeira tragédia nos centros de detenção, indicando que o assassinato dos migrantes se tornou numa coisa normal.
Eles são depois enterrados sem identificação, acrescentou, qualificando a situação de "perigosa e preocupante".
Os trabalhadores da OIM conseguiram visitar vários centros de retenção com o objetivo de melhorar as condições de vida, afirmou ainda, o chefe do gabinete da OIM na Líbia, revelando que os migrantes que caem nas mãos dos traficantes sofrem de desnutrição e são vítimas de agressão sexual e as vezes mortos.
-0- PANA AD/IN/JSG/MAR/IZ 12abril2017
Segundo os mesmos funcionários, citados terça-feira pela Rádio ONU, a venda e a compra de migrantes vindos da África ao sul do Sara decorre no sul da Líbia com o apoio de pessoas vindas do Gana e do Níger que deviam, em princípio, ajudar os migrantes a chegar aos seus destinos.
A OIM recolheu estas informações junto de migrantes regressados da Líbia e que passam por pontos de controlo geridos pela OIM, situados em Niamey e em Agadez, no Níger.
Estes migrantes afirmaram terem sido objeto de ameaça de venda como escravos na cidade líbia de Sebha (sul) por motoristas e populações locais que os obrigavam a trabalhar na cidade, mas que, em vez de lhes pagar, eles vendiam-nos a outros compradores.
No mesmo registo, o chefe do gabinete da OIM na Líbia, Othman al-Bilbissi, afirmou durante, uma conferência de imprensa organizada em Genebra, que os migrantes são como mercadorias nos mercados e vivem uma verdadeira tragédia nos centros de detenção, indicando que o assassinato dos migrantes se tornou numa coisa normal.
Eles são depois enterrados sem identificação, acrescentou, qualificando a situação de "perigosa e preocupante".
Os trabalhadores da OIM conseguiram visitar vários centros de retenção com o objetivo de melhorar as condições de vida, afirmou ainda, o chefe do gabinete da OIM na Líbia, revelando que os migrantes que caem nas mãos dos traficantes sofrem de desnutrição e são vítimas de agressão sexual e as vezes mortos.
-0- PANA AD/IN/JSG/MAR/IZ 12abril2017